Dona Irene acredita em um grande desfile em 2022 com a reedição de "Narciso Negro", já quem em 1997 a Nenê fez um grande desfile com o enredo.
Não são julgadas,
e nem seria justo, pois são senhoras que já dedicaram muitos anos ao carnaval e
sua agremiação, mas são presenças imprescindíveis,
obrigatórias no desfile.
Muitas
dessas senhoras já passaram por alas da
escola e outras que já chegaram para serem parte das baianas, elas são o
exemplo de amor e dedicação ao pavilhão, e representam sabedoria as “Mães
Baianas”.
Domingo ,
dia 14, estive na quadra da Nenê de Vila
Matilde para acompanhar o primeiro
ensaio da Águia Guerreira da Zona Leste, e tive a oportunidade de conversar com
duas senhoras da Ala de Baianas da azul e branco.
Dona Irene Gimenez e Preta Jóia |
Dona Irene Gimenez que é Coordenadora da Ala , e está a 30 anos na agremiação, convidada pelo antigo coordenador já falecido “Waltinho” (Sr. Walter Cardoso), com o qual ela aprendeu muito, principalmente que a baiana deve sempre sorrir.
“Seo Nenê e
a esposa Dona Tereza tinha muito carinho pelas baianas”, comenta D. Irene.
Ela sempre
passa para as baianas orientações como : a baiana não deve sambar no pé,
enquanto paramentada, não deve cumprimentar o pavilhão se não estiver com a
saia e a cabeça coberta, os braços também
devem estar sempre cobertos até a metade, ou roupa com manga ou babado que os
cubra.
No carnaval
as baianas costumam ir em dois ou três ônibus reservados para elas, e para o
próximo ano como a agremiação irá desfilar no Acesso 2, ela deve desfilar com no máximo 35 baianas,
já que o número necessário é 25.
Todo mês ,
Dona Irene pede às baianas a colaboração
de R$ 10,00 reais que é usado para o feitio de roupas para apresentações em
shows, coroa de flores ou brindes para serem ofertados em visitas em outras
agremiações.
Sobre
exercícios de aquecimento, eram feitos antigamente, mas no momento, após a
volta aos ensaios, a escola não tem um profissional que possa realizar esse trabalho, mas
gostaria que alguém habilitado a cuidar da terceira idade de propusesse à essa
tarefa.
Em sua trajetória na Nenê, D. Irene teve dois
desfiles marcantes, o primeiro em 1996 , enredo “Comunicação” do carnavalesco
Joãozinho Trinta, e o desfile de 1997 “Narciso Negro”, do carnavalesco Tito
Arantes, quando a escola fez um desfile inesquecível e toda comunidade estava
animada mas o campeonato não veio, e sua esperança é nessa reedição para o
desfile de 2022, ter finalmente um desfile grandioso e que venha a vitória tão
aguardada para esse tema.
Algumas baianas
antigas por problemas de saúde estão
afastadas da agremiação, e a sra. Doralice Malafaia, 89 anos, é a Baiana Guardiã,
e desfila no carro alegórico.
Dona Lurdes Simone |
Outra baiana com quem conversei foi a Sra. Lurdes Simone, que desfila pela Nenê, desde 2009, convidada por uma amiga, e o ambiente, o contato com as integrantes da ala nos chás das baianas que aconteciam todos os segundos domingos de cada mês, fez com que se sentisse acolhida.
Ela disse que antes dessa época , casada ,nem pensava em desfilar, até ser convidada para a Bateria da Terceira Idade do Parque da Água Branca e lá conheceu a pessoa que a levou para escola de samba.
Ela não mora
próximo à escola, mas faz questão de estar sempre presente nos ensaios.
O desfile
que mais a marcou nesses anos desfilando foi o enredo de 2017, “Coré Etuba. A Ópera de Todos os Povos, Terra
de Todas as Gentes, Curitiba de Todos
os Sonhos”, do carnavalesco Alex Fão, cuja fantasia ela achou linda toda
florida.
Dona Lurdes Simone |
O enredo da Nenê de Vila Matilde para o próximo Carnaval, como citado anteriormente será reedição de 1997, “Narciso Negro”, carnavalesco responsável Fábio Gouveia,Interprete oficial Clóvis Pe, gestão de Rinaldo Andrade , o Mantega.
O interprete Clovis Pe com as baianas |
A fantasia da ala das baianas em 2017 |
Que texto lindo, muito obrigada pela visita . Um Salve repleto de Amor a Nossas Baianas de todas Agremiações.
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