​Reflexões e contribuições no combate ao racismo, intolerância religiosa e o preconceito

 

Gilberto Totinho - SIRDH com Ivanir dos Santos e Manu

Nos dias atuais, muitos vêm debatendo a questão do racismo e intolerância religiosa. Entretanto, a questão racial ainda é um grande óbice nos grupos dos pesquisadores da educação, mas principalmente diante da sociedade.

 Por isso, algumas ações se destacam por introduzir conceitos importantes, assim como discutir como o racismo se desenvolveu ao longo dos anos. O Prof. Ivanir dos Santos, no último sábado (23), participou do início da programação do “Novembro Negro”, em Campos de Goytacazes. Abriu o Curso de Imersão sobre Intolerância Religiosa e Racismo Estrutural, com o propósito de uma formação continuada para servidores públicos, principalmente das áreas de assistência social, saúde, educação e cultura.

 A aula inaugural "A história social da intolerância religiosa", comandada pelo Pós-Doutor em História Comparada pela UFRJ - (PPGHC/UFRJ). o Babalawô Ivanir dos Santos ocorreu na parte da manhã, no Teatro de Bolso, no Centro.

 Para o Secretário de Desenvolvimento Humano e Social, Rodrigo Carvalho, a atividade é de grande dimensão – “Importantíssima essa discussão na atual sociedade, não basta dizer que não é racista, temos que ser antirracista, a gente tem que massificar, temos que marcar posição, auxiliar e ajudar principalmente aqueles que mais precisam”, pontuou.

 

Dahare Darshana e Mannu Ramos 

O curso, com entorno de 50 ouvintes foi conferido pela professora de inglês Dahare Darshana, que estava à tiracolo com Romeo, de 3 anos - “Meu objetivo aqui nesse curso hoje, é aprender e está inserida na sociedade, e claro, até criar para o meu pequeno uma sociedade mais justa”. A Conselheira Tutelar Mannu Ramos, também estava com o seu Eniolá, de 1 ano e 8 meses.

 A aula contou com a presença de Maíra Carrera Silva, Andrea Oliveira -  Secretaria de Saúde de Quissamã, Edson Antônio G. Cordeiro e Neusinha da Hora - Coordenadora Artística do Teatro de Bolso, que recebeu o evento. As próximas agendadas: 30 de outubro, 6 e 13 de novembro, cada participante ganha ainda certificação.

 

Promovido pela SIRDH/SMDHS, em parceria com o Fórum Municipal de Religiões

Afro-brasileira (FRAB); Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP);

Coordenadoria de Experiências Religiosas Tradicionais Africanas, Afro-brasileira, Racismo e

 Intolerância Religiosa do Laboratório de História das Experiências Religiosas da UFRJ –

(ERARIR/LHER/UFRJ); Rede de Professores Antirracistas; Movimento Negro Unificado (MNU),

 Núcleo Interdisciplinar de Estudos, Pesquisas e Extensão Serviço Social, Questão Racial,

Direitos Humanos e Religiosidades (NUSSRADIR) da Escola de Serviço Social da Universidade

 Federal Fluminense (UFF).

 

Segundo a Ms. Lavine Castro, da Rede de Professores Antirracistas, que comandou a aula

"Leituras evangélicas e a lei nº 10.639/03", na parte da tarde. - “A minha palestra foi baseada

 na minha dissertação de mestrado, onde pude observar o quanto a hegemonia judaico cristã

está presente nos valores de nossa sociedade, isso nos impede enxergar a universalização da

 cultura cristã nas escolas brasileiras em detrimento da pluralidade cultural”, declarou

 Mesmo depois de 4h de viagem, de Campos de Goytacazes para a Vila Mimosa. 

O Prof. Ivanir dos Santos foi prestigiar o lançamento do livro - "INQUÉRITO nº 1.199/DF”,

do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro - Siro Darlan 

 A noite de autógrafo foi na Vila Mimosa. O livro traz diversas fotos e 70 depoimentos, como de

 Cid Benjamin, Ricardo Cravo Albin, Marinete da Silva, Luis Nassif, entre outras personalidades.

 Os leitores têm a chance de refletir sobre a vida e o trabalho do juiz, defensor de muitas causas

 do povo, incluindo os direitos da infância e da juventude. Inclusive surgiu na Tribuna da

Imprensa Livre a série “Somos Todos Siro Darlan” e o projeto editorial do livro, inspirado após

o afastamento do desembargador do TJRJ por 180 dias.

 

Na Vila Mimosa - Siro Darlan 

Em local peculiar, a Vila Mimosa, na Praça da Bandeira, onde 

as ruas bucólicos se transformam com o cair da noite, e é ali 

que funciona a zona de prostituição mais famosa da cidade. 

O Bar 34 serviu de cenário para Siro, que recebeu amigos com 

a blusa da campanha "Somos todos Siro Darlan". Em discurso 

improvisado, abriu já avisando que era a primeira vez que

 discursava em um "puteiro", a gargalhada foi geral e emendou

 - "De perseguidor, uma pessoa que vinha procurar defeitos e 

 vim encontrar aqui famílias, pessoas, mães e mulheres de 

grande sensibilidade .E fiz daqui um projeto de vida para poder

 resgatar todos aqueles erros da sociedade que faço parte", declarou.   

 O evento contou com música ao vivo de André Henrique, que

 mandou ver com clássicos da MP B. Siro destinou as vendas dos livros às ações sociais de proteção à

 mulher. Encabeçado pelo movimento Vila Mimosa Cultural, com o objetivo de arrecadação de recursos 

para manter os projetos sociais e acima de tudo, resgate à cidadania, comandado pela assistente social 

Cleide Almeida (Diretora da AMOCAVIM - Associação da Vila Mimosa), em uma legítima luta pelos

direitos das mulheres da Vila Mimosa. 

Fotos de Rozangela Silva  

Neusinha da Hora com Ivanir dos Santos



 


Rodrigo Carvalho - Ivanir dos Santos -  Gilberto Totinho 

Vila Mimosa - Cleide Almeida

Vila Mimosa - Lançamento do livro

Vila Mimosa - Siro Darlan e convidado 


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