OFICINA | Tablado de Arruar abre inscrições para o núcleo VERDADE-DELÍRIO

 


Depois de realizar o ciclo de debates e leituras "Parece guerra, porque é guerra, só não é a guerra que parece ser - Militares e a Guerra híbrida no Brasil atual", o grupo Tablado de Arruar lança mais uma etapa do projeto Verdade - Tablado de Arruar, 20 anos: a oficina VERDADE-DELÍRIO - Estudos sobre a Paranoia, Fascismo e outras questões contemporâneas. As inscrições estão abertas até 13 de setembro - o formulário: bit.ly/tablado_inscrição.

 

O Núcleo vai pesquisar formas artísticas - cênicas, dramatúrgicas, performáticas - que dialoguem com a ideia de delírio, paranoia, transe. E assim refletir sobre este modus operandi do caos da sociedade brasileira dos últimos anos.

 

A ideia é criar um Núcleo para compartilhar ideias e projetos artísticos, com dois módulos sequenciais: o primeiro voltado ao estudo prático e teórico de materiais relacionados ao tema nesta oficina que está com inscrições abertas ao público; e um segundo voltado à criação de um espetáculo/peça/performance que será aberto ao público no encerramento do núcleo.

 

Para ajudar a clarear a proposta, no dia 14 de Setembro acontece uma live/bate-papo com o psicanalista e cineasta Tales Ab´Saber, que dirigiu junto com Gabriel Aranda e Rubens Rewald o longa-metragem Intervenção, o amor não quer dizer grande coisa, que trata do clima paranoico e delirante dos momentos que antecederam o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.


Desde 2011, o Tablado de Arruar tem pesquisado sobre política, em obras polêmicas como Mateus, 10 e a trilogia Abnegação - todos textos de Alexandre Dal Farra (vencedor do prêmio Shell, indicado a APCA, Governador do Estado de SP, entre outros). Agora, às vésperas de completar duas décadas de criação, o grupo - que ainda conta com Clayton Mariano e Ligia Oliveira -, se debruça no projeto VERDADE (com estreia programada para 2022). O foco do novo trabalho é a atual militarização do poder em curso no país. A companhia vai tratar de questões políticas tendo como objeto de estudo as estratégias contemporâneas utilizadas pelos militares brasileiros para a ocupação do poder no Brasil, cuja gênese remete à Lei da Anistia (1979) e à Comissão da Verdade (2011-14).

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