CPT_SESC em parceria com a Fundação Japão realiza encontro com Hiroshi Koike, Eduardo Okamoto e Emilie Sugai

  

A dançarina de butoh Emilie Sugai | Foto: Ivan Nisida  

Atividade reúne o diretor teatral japonês Hiroshi Koike, a dançarina de butoh Emilie Sugai e o ator e professor Eduardo Okamoto para compartilharem suas experiências artísticas de intercâmbio nas artes do corpo, seja na dançateatro e performance sob a influência do butoh e das artes japonesas; a mediação é da professora Michiko Okano 




 

No dia 01 de setembro, quarta-feira, às 20h, acontece o encontro on-line da série Diálogos e Intercâmbios, do Centro de Pesquisa Teatral Sesc, que abre espaço para compartilhamento de experiências sobre o fazer teatral entre artistas, grupos, encenadores, diretores e pesquisadores de diferentes países.  


Em parceria com a Fundação Japão, o encontro reúne três artistas de gerações diferentes, o diretor, dramaturgo e coreógrafo japonês Hiroshi Koikeque produziu montagens, integrando artistas internacionais e adotando temáticas de outros países e os nipo-brasileiros, o ator Eduardo Okamoto e a dançarina de butoh Emilie Sugai, com suas experiências e conexões estabelecidas em suas atuações e pesquisas multiterritoriais.  


O bate-papo é uma conversa entre Brasil e Japão nas artes do corpo, quer seja na dança, no teatro ou na performance, a partir da vivência dos artistas convidados, que dialogam sobre os processos criativos, particularidades com mostra de vídeos curtos de seus trabalhos experiências de parcerias entre eles, como Emilie Sugai, que atuou na montagem dirigida por Hiroshi Koike, inspirada na obra "Cem Anos de Solidão" de Gabriel Garcia Marquez.  


“Absolutamente fascinantes os espetáculos que assisti aqui (no Brasil). Os trabalhos apresentados cruzavam gêneros, dança, teatro, canto e artes visuais. O que vivi lá (Tokyofoi esta experiência fazendo parte de seu elenco de atores-dançarinos”, comenta Emily. 


A mediação é da professora Michiko Okano, que trabalhou com Hiroshi Koike na Fundação Japão, em 2003 e 2004, e é coordenadora de Estudos Arte Ásia. O encontro será realizado na plataforma Zoom, com recursos de tradução simultânea em português e japonês e o público poderá enviar perguntas e comentários por meio do chat para os convidados. 


As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site sescsp.org.br/cpt entre os dias 23 e 30 de agosto, com vagas limitadas.  

 

Hiroshi Koike | Emilie Sugai | Eduardo Okamoto | Michiko Okano | Foto: Divulgação 

 


 

Sobre os convidados 




Hiroshi Koike é diretor, dramaturgo, coreógrafo e cineasta japonês. Com a empresa, Pappa TARAHUMARA (1982 a 2011), realizou 55 produções, levando uma geração de artes cênicas japonesas a cruzar gêneros de drama, dança, arte e música. Em 2012, lançou o Hiroshi Koike Bridge Project (HKBP) com foco na produção de projetos colaborativos baseados na educação, divulgação e criatividade, onde escreveu, dirigiu e coreografou 21 produções pela Ásia. Realizou trabalhos em 10 países, com suas produções apresentadas em mais de 40. Atuou como Diretor Artístico da Fundação Cultural Tsukuba, Presidente do Fórum Asiático de Artes Cênicas, Membro do Comitê da Fundação Japão (2005 - 2011). É professor da Musashino Art University, onde foi o primeiro diretor de teatro nomeado para o Departamento de Cenografia, Exibição e Design de Moda e diretor-fundador do Performing Arts Institute (P.A.I.). É autor de dois livros, uma coleção de ensaios sobre a interseção da arte e da sociedade: Ouça a Voz do Corpo e o livro sobre sua teoria da direção: Teoria das Artes Cênicas - Fushi Kaden para o Século 21. Em 2018, publicou sua primeira antologia de peçasViagem para a noite e o fim do mundo.Realizou. No Brasil, em parceria com o Sesc São Paulo, realizou Ship in a view, no Sesc Vila Mariana e As três irmãs, no Sesc Pinheiros. 






Emilie Sugai é coreógrafa, dançarina de butoh e performer. Desenvolveu uma linguagem singular a partir de influências das atividades realizadas em parceria com seu mestre Takao Kusuno, no período de 1991 a 2001, de pesquisas relacionadas às memórias do corpo nipo-brasileiro, da ancestralidade e de colaborações com artistas da dança, teatro e cinema. Recebeu os prêmios de Dança Funarte Klauss Vianna (2006/ 2007), APCA de melhor concepção em dança para “Hagoromo” (2008), Denilto Gomes pela Cooperativa Paulista de Dança de melhor espetáculo (2013), entre outros. Participou das montagens Foi Carmen (2005 e 2008), dirigida por Antunes Filho, em homenagem a Kazuo Ohno, Heart of Gold (2005), baseada na obra Cem Anos de Solidão de Gabriel Garcia Marquez, sob direção de Hiroshi Koike e de festivais internacionais de teatro na Alemanha, Cuba, Japão e Brasil.  





Eduardo Okamoto é ator e professor de teatro. Bacharel em Artes Cênicas, Mestre e Doutor em Artes pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde também ensina Artes Cênicas. Realizou estágio de pós-doutorado no Theatre and Performance Department of Goldsmiths University of London (2019). Possui experiências com criadores como Maria Thais, Marcio Aurelio, Marie Garielle RotieYumiko Yoshioka, entre outros. Apresentou espetáculos no Brasil e no exterior: Espanha, Suíça, Alemanha, Marrocos, Kosovo, Escócia e Polônia. Participou de séries exibidas pela TV Cultura, para o Canal AXN e atuou no curta Natureza Morta. É autor do livro Hora de Nossa Hora: o menino de rua e o brinquedo circense. Recebeu o Prêmio APCA (2012). 


Eduardo Okamoto / Foto : Nina Pires 

 


Michiko Okano é Mestre e Doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). É professora de História da Arte da Ásia na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), professora colaboradora na pós-graduação da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Língua e Cultura Japonesa, da Universidade de São Paulo (USP). É coordenadora do Grupo de Estudos Arte Ásia. Curadora da exposição de 21 artistas nipo-brasileiros, Olhar InComum: Japão Revisitado (2016), no Museu Oscar Niemeyer em Curitiba e da exposição de artistas nipolatinosTranspacific Borderlands: The Art of Japanese Diaspora in Lima, Los Angeles, Mexico City and São Paulo (2017 e 2018), no Japanese American National Museum, Los Angeles. Autora dos livros Maentre-espaço da arte e comunicação no Japão e Manabu Mabe. O foco de sua pesquisa é o diálogo criado pelas migrações da arte e artistas entre o Japão e o Ocidente, com particular interesse nos artistas nipo-brasileiros. 




 

 

Serviço 

 

Diálogos e Intercâmbios - 3ª edição 

Com Hiroshi Koike, Emilie Sugai, Eduardo Okamoto e mediação de Michiko Okano 

Um encontro sobre a construção artística e os processos de intercâmbio e colaboração entre artistas. 

 

Dia 01 de setembro de 2021, às 20h.  

Inscrições gratuitas: de 23 a 30 de agosto, a partir das 14h, em www.sescsp.org.br/cpt 

Classificação: 14 anos 

Plataforma Zoom com tradução simultânea em português e japonês 

Vagas limitadas 

 

 

Sobre o CPT_SESC    

 

O Centro de Pesquisa Teatral foi criado em 1982 como laboratório permanente de criações teatrais, formação de atrizes, atores, dramaturgas e dramaturgos. Ao longo das décadas, ganhou reconhecimento da crítica e de seus pares no Brasil e em outras partes do mundo como referência no fazer teatral. Foi coordenado por Antunes Filho por 37 anos, período no qual formou mais de mil profissionais das artes cênicas e apresentou 46 espetáculos. Em 2020, passado um ano da morte do diretor, o CPT expandiu suas ações em busca do constante desenvolvimento que o teatro contemporâneo exige, mantendo o diálogo com o seu legado.   

 

A programação, disposta em cinco eixos temáticos - Formação de Atores; Criação e Experimentação; Dramaturgia; Cenografia; e Memória, Acervo e Pesquisa - apresenta ciclos de debates, mostras digitais, cursos, podcasts, oficinas, entre outras atividades, com artistas e técnicos de diversas formações e instâncias da produção teatral, a fim de buscar a realização de um trabalho interdisciplinar a que sempre se propôs o CPT_SESC. 

 

Confira a programação completa em bit.ly/CPTSESC_Agenda e nas redes sociais:    

 

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