"Grupo de dança Angolano Bailados do Cazenga" prepara-se para voltar ao Brasil pós pandemia

 


"Grupo de dança Angolano Bailados do Cazenga" prepara-se para voltar ao Brasil pós pandemia
 Apresentações estão sendo articuladas para o mês de Novembro
As negociações estão sendo feitas entre uma produtora de SP, com o grupo Bailados do Cazenga e seu diretor para que o espetáculo chegue ao Brasil, no mês de Novembro, "mês das comemorações do Dia da Consciência Negra".
Sendo possível as apresentações pós pandemia, estão sendo programadas para quatro cidades: Porto Alegre, São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro ao ar livre. Os organizadores já estão articulando com futuros patrocinadores e apoiadores para a vinda do espetáculo.
Todos os anos o grupo é convidado pelo ministério da cultura para participar das atividades em alusivo à morte da Rainha Nzinga, "Mbandi" no dia 17 de dezembro. Diretores e elenco já escolheram quem será a celebridade brasileira que  representará  a Rainha  Nzinga no espetáculo aqui no Brasil.
Rainha  Nzinga:
Ana de Sousa (c. 1582, - 17 de dezembro de 1663) foi a rainha reinante (Angola) do Reino do Dongo entre 1624 e 1626 e fundadora e rainha do Reino da Matamba, reinando de 1631 até sua morte em 1663. Nascida com o nome de Jinga ou Ginga Ambande ou Ambandi (em quimbundo: Nzinga Mbande ou Nzinga Mbandi) foi uma importante estrategista militar e política durante a presença portuguesa nas regiões correspondentes à atual Angola. Travou grandes batalhas e tratados de aliança e paz com os portugueses, na qual envolvia a vassalagem dos reinos nativos africanos e escravidão dos mesmos para a Europa e o Brasil.
Rainha Jinga reinou por 37 anos e se tornou uma heroína na história de Angola, sendo até hoje lembrado por seus feitos políticos e militares. Uma das principais ruas de Luanda, capital da atual Angola leva seu nome e, na mesma cidade, encontra-se uma estátua no Largo do Quinaxixi, construída a mando do presidente José Eduardo dos Santos em comemoração aos 27 anos de independência do país.




Sobre o Grupo:
O grupo Angolano de Danças Ancestrais, foi fundado a 10 de Março de 2004 pelo Sr. Wilson Manuel Serafim. É caracterizado pelas danças patriarcais, tendo como principais objetivos: desenvolver a harmonização cultural e   expandir as danças patriarca Angolanas ( tchianda, gerreira, moda cabecinha, xinguilamento, contemporâneo africano etc). Tendo como vocação principal a preservação do mosaico étnico cultural e costumeiro angolano, espetáculos, palestras e conferência.
Tudo começou quando um grupo de três rapazes que ensaiavam num quintal de chapa, decidiram formar um grupo de dança com os Bailados do FIFI SHOW. Este grupo foi criado para mostrar às pessoas que o município do Cazenga não tem apenas bandidos, também tem pessoas talentosas e que podem fazer a diferença. Começamos a dançar em casamento e alambamento. Em menos de três meses a demanda era demais que havia a necessidade de ter as nossas próprias meninas e acrescentar mais dois rapazes.
Passaram dois anos, e a coisa estava a ficar mais séria com clientes de grandes empresas nacionais. Então tivemos que legalizar e trocar o nome os Bailados do fifi show para Bailados do Cazenga, apesar de sermos aliciados a trocar de nome devido ao município.
Após 10 anos, o grupo conta com 20 bailarinos, sete meninas, 13 rapazes, 4 percussionistas e 2 marimbeiro. Dentre eles tem o Diretor Geral, Sr. Diogo Pedro, Diretor Artístico, Sr. Francisco dos Santos e o Diretor de Intercâmbios, Sr. Martins Romão Mota.


Entre as principais participações destacam-se:
2013— Abertura do Mundial de Hoquei em Patins em Angola, dirigido pelos professores Sacramento João de Deus e Ana C. Guerra Marques. 2014— Participação no Fena-Cult. 2015— Abertura do intercâmbio de teatro Angola Namibia  na República da Namibia. 2016-  Participação no colóquio sobre a Rainha Jinga, Semba comunicação. 2016-2017; abertura do ano académico e participação na outorga de diploma da Universidade Oscar Ribas.  2017- 2018- Atuações na “Chevron” alusivo ao dia de África (25 de maio) e em novembro dia 11 alusivo ao dia da Dipanda. 2018 participamos no lançamento do Orange Carners Angola no dia do Rei Willem—Alexander, organizado pela “Embaixada do Reino dos Países Baixos em Angola”. 2018— Participamos na abertura da Feira do Ambiente fazendo a recepção da Ministra. 2019‒ Espetáculo para a celebração dos 70 anos de  Aniversário da Fundação da República Popular da China. 2019‒ torne alusivo o dia de África, no Estado do Espírito Santo, na República Federativa do Brasil. 2019‒ Entrega de moldura ao governador na feira do Empreendedor.




Sobre seu diretor:
Foto divulgação: Diretor Geral Sr. Diogo Pedro
Diogo Francisco Sebastião Pedro, Angolano, natural de Cazenga, Província de Luanda. Nascido aos 29 de dezembro de 1986, Diretor do grupo Angolano de dança Ancestrais "Bailados do Cazenga" desde 10 de Março de 2011.


Em 2002 Diogo começou a aprender a dançar o semba e o kizomba na escola de dança os bailados do fifi‒show. Dois anos mais tarde, foi nomeado como uns dos melhores bailarinos em semba, e como já tinha uma visão ampla de novos projetos, o diretor Wilson serafim chamou-me para integrar na direção como ensaiador, mais pra isso tive de passar por uma formação de danças clássicas com o professor Luís Miguel como a Valsa, Salsa e a Rumba. Tudo isso porque passaríamos a dançar em casamentos e alambamento.


Em 2011 o diretor cessante decide ausentar-se da escola, atualmente Bailados do Cazenga, e deixa o grupo em minhas mãos como o diretor geral. Foi então a partir deste momento que teve a ideia de fazermos unicamente danças nacionais, mais pra isso tive de fazer outras formações prática, tendo passagem em alguns grupos de dança folclórica de renome como o kussanguluca para a devida formação nas canções em línguas nacionais, teve de aprender a tocar alguns ritmos percussivos e conhecer os instrumentos, aprendendo a identificar as danças regionais, suas roupas, penteados, pinturas e aprendeu também a dançar no tempo e espaço ao som do batuque e da marimba.


Após essa formação em danças folclórica, estava capacitado a mudar a forma dos meus bailarinos representar as danças tradicionais. "Sim, porque as danças tradicionais angolanas são representativas".
Como não dava para ensinar e ao mesmo tempo tocar os instrumentos, Diogo chamou um músico da igreja  que já sabia tocar em batuque, para ensinar os ritmos regionais, em seguida chamou um marimbeiro.
E de lá pra cá tenho continuado a formar bailarinos.



No dia 20 de maio do ano 2019, o grupo de danças Ancestrais Bailados do Cazenga, foi convidado pela Federação das Associações de Movimentos Populares do Estado Espírito Santo (FAMOPES) da
República Federativa do Brasil na pessoa do sr Mário César Moreira. O objetivo do convite foi participar de uma tournée no estado do Espírito Santo de 23 de maio a 11 de junho.
O grupo ensinou a quizomba, o semba e o kuduro em Escolas, Praças, Quilombos e Casas culturais. Também foram graduados com certificados de mérito, na casa dos deputados em Espírito Santo, e fomos graduados pela vice-governadora Jacqueline em baixo Nguandu e pelo governador Casagrande.

Fotos de divulgação: Arquivo pessoal do Grupo
Saiba mais sobre o grupo Bailados do Cazenga, localizado no município do Cazenga bairro da comissão do Cazenga em Angola, no Facebook: https://www.facebook.com/Grupo-de-dan%C3%A7a-bailado-do-cazenga-1513803905577712/
Assista o Vídeo: 


https://youtu.be/8Qtc1iz07hA


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