Curta-metragem de 2019 é a primeira produção cinematográfica do Centro Cultural Vale Maranhão e foi exibido em festivais internacionais, um deles no México, em 2020
Na quinta-feira ( dia 18 ), às 19h, os amantes da cultura popular brasileira e do cinema nacional terão a oportunidade de assistir gratuitamente no Youtube o curta ‘Caboclo de Pena’, que traz um olhar contemporâneo sobre a dança Bumba Meu Boi, presente na cultura popular maranhense. O filme é a primeira produção cinematográfica do Centro Cultural Vale Maranhão – CCVM e foi exibido no ano passado em três festivais, sendo dois deles internacionais: Shorts México, que representa o maior festival de curtas-metragens da América Latina; Calcutta International Short Film Festival 2020; e no 43º Festival Guarnicê de Cinema, um dos mais antigos do Brasil.
‘Caboclo de Pena’ mostra o bailado de 29 caboclos de pena, que fazem parte de onze bois de sotaque de matraca, todos oriundos de cidades maranhenses. Existem cerca de 40 bois de matraca no Maranhão. O Caboclo de Pena é uma das figuras emblemáticas deste sotaque característico de quatro municípios da Ilha de São Luís e da cidade de Icatu. A produção é de 2019 e é fruto primogênito do projeto Coreografias Maranhenses, do CCVM, que visa destacar a qualidade da dança presente na cultura popular maranhense.“Foi um prazer trabalhar e retratar a beleza e a força dessa expressão popular. Vemos, em cada passo registrado, como a cultura brasileira se formou e continua a ser forjada pelas tradições moventes. Percebemos histórias de resistência, fé e devoção, o que nos faz perceber quão viva e contemporânea é a cultura popular. , afirma Gabriel Gutierrez, Diretor e Coordenador Artístico do CCVM. No roteiro e direção de ‘Caboclo de Pena’, além de Gabriel, assinam também a historiadora Paula Porta e o bailarino Calu Zabel.
No elenco participam profissionais da dança de todas as idades. Os bailantes escolhidos pela curadoria artística do projeto têm idades entre 12 e 102 anos. O decano, Sr. Guará, natural de Icatu, atua no Bumba Meu Boi há 46 anos e não pensa em parar. ‘Caboclo de Pena’ revela curiosidades sobre a dança Bumba Meu Boi, como o fato de que a criação dos passos é totalmente livre, e obedece a ginga e estilo de cada um.
Um dos pontos altos é a demonstração da dança em relação a indumentária de penas de ema, composta por onze peças, que podem chegar a pesar trinta quilos. “Alguns dos caboclos de pena reunidos no projeto são também artesãos de roupa de pena. O processo de confecção é bastante trabalhoso e vai da escolha das penas pelo comprimento até a montagem, passando pelo tingimento, costura, bordado e fabricação da estrutura metálica do chapéu”, explica Gabriel.
Além do curta-metragem, também estão disponíveis episódios individuais com todos os protagonistas do filme, contando suas histórias de devoção ao São João, suas trajetórias e suas visões sobre a dança e a criação. Ao fim dos vídeos, solos de dança incríveis completam o registro e mostram as variações criadas por cada um. O filme Caboclo de Pena e toda a série Cabloco de Pena: os protagonistas, ficarão disponíveis permanentemente no canal do Youtube da instituição: www.youtube.com/
O CCVM tem em sua programação diversas atrações culturais como exposições, mostras de cinema, apresentação de dança e rodas de conversas, tudo em formato virtual, que ficam disponíveis no site e canal do Youtube da instituição com o objetivo de fomento à arte e cultura local. A proposta do CCVM com a vasta programação é disseminar o trabalho de artistas locais para além do Maranhão e proporcionar um ambiente de trocas de experiências entre a produção cultural maranhense e o que está acontecendo no Brasil.
*Faça download de imagens do filme AQUI*
Serviço
O quê: Exibição do filme ‘Caboclo de Pena’
Quando: 18 de março, às 19h
Onde: Canal do CCVM no YouTube: https://www.youtube.com/
Sobre o Centro Cultural Vale Maranhão
O Centro Cultural Vale Maranhão (CCVM) é um espaço cultural mantido pelo Instituto Cultural Vale , por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, com o objetivo de contribuir na democratização do acesso à cultura e valorização das mais diversas manifestações e expressões artísticas da região.
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