Com obra inédita, Ciça Ohno celebra
30 anos de trajetória autoral
O trabalho, cujo processo criativo foi surpreendido pela pandemia e o isolamento social instaurados no país, teve que sofrer adaptações, foi filmado por André Menezes e será apresentado online (linktr.ee/JardimdosVentos), em formato de vídeodança, em sessões nos dias 27 e 28 de março, e 3 e 4 de abril, em vários horários, pensando em contemplar também públicos de outros cantos do mundo.
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Ciça Ohno em uma das performances de Quando todas as folhas caem. Foto: Alberto Lefréve |
Quando todas as folhas caem, obra inédita de Ciça Ohno, com colaboração do núcleo Fu Bu Myo In, estreia na próxima sexta, dia 27 de março, como marco de celebração dos 30 anos de sua trajetória cênica autoral. Mergulho profundo no conceito de impermanência, retratando no corpo as mudanças das estações, o trabalho se baseia nos haicais do livro homônimo de autoria da artista, contemplado no edital ProAC Primeira Publicação de Livro/2011.
Em diálogo entre a arte performativa e prática meditativa que tomam o corpo como campo de investigação, as performances tentam contextualizar a noção de impermanência dentro de uma compreensão mais ampla de “caminho” e apreciar o tema da “morte-renascimento” de diferentes perspectivas.
Criadas e filmadas nos vários ambientes do jardim da Casa do Vento – sede da companhia projetada por Toshi Tanaka, com a proposta de promover a relação do homem com a natureza -, as performances integram o haicai, a caligrafia sho, figurino, voz, movimento e cerâmicas concebidas pela própria artista, resultando numa poética performance-haicai.
Para Ciça Ohno, Quando todas as folhas caem é o retorno do corpo ao ritmo da natureza.
Fogueira-Ciça Ohno-Foto : Alberto Lefévre
Encontro aberto
Como forma de manter viva uma rede de troca de conhecimento e compartilhá-la com o público, o projeto, que já ofereceu o curso Introdução ao corpo sensível e a residência artística Corpo sensível e o haicai, promove no dia 2 de abril, a partir das 18h, o encontro aberto Contemplação da impermanência no corpo – diálogos entre as artes performativas e budismo, com Cassiano Quilici, professor no Instituto de Artes da Unicamp e pesquisador que já praticou do-ho, em três horas de palestra e exercícios práticos.
Quando todas as folhas caem é parte de projeto contemplado no edital ProAC 03/ 2019 – Produção e Temporada de Espetáculos Inéditos de Dança no Estado de São Paulo, e conta com o apoio institucional da Fundação Japão.
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Serviço:
Quando todas as folhas caem – dança-haicai de Ciça Ohno
(Núcleo Fu Bu Myo In – orientado por Toshi Tanaka)
Dias 27 e 28/3, 3 e 4/4 (sábados, às 16h e 20h; domingos, 8h e 20h)
Acesso: linktr.ee/
Encontro aberto “Contemplação da impermanência no corpo – diálogos entre as artes performativas e budismo” - Cassiano Quilici,
Dia 2/4 (sexta-feira), das 18h às 21h
Acesso: linktr.ee/
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Velas-Ciça Ohno-foto Alberto Lefévre |
Ficha técnica
concepção e coordenação geral Ciça Ohno
núcleo Fu Bu Myo In Toshi Tanaka e Ciça Ohno
performance, figurino e produção núcleo Fu Bu Myo In
criação do jardim, iluminação e orientação corporal Toshi Tanaka
haicai, caligrafia sho e cerâmica Ciça Ohno
foto Alberto Lefèvre
vídeo e transmissão André Menezes
design gráfico Rafael Miyashiro
residentes Laura Arantes, Karina Nakahara, Luciana Beloli e Mônica Montenegro
palestrante Cassiano Quilici
assessoria de imprensa Elaine Calux
assistente de produção Juma Tanaka
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