(8 a 21/12) Viviane Mosé abre a 3a. Dança se Move Ocupa - "Crise, Risco e Colapso - O que fazer então?"
A poetisa e filósofa Viviane Mosé, que abre a Ocupação no dia 8. |
Entre
8 e 21 de dezembro, o Movimento A Dança se Move, formado por trabalhadores da
dança da cidade de São Paulo, realiza, em parceria com o Centro de Referência
da Dança (CRDSP), seu ato de resistência 2020, na 3ª Ocupação artística e
política, com o tema "Crise, Risco e Colapso - O que fazer, então?".
Pela terceira vez consecutiva, o movimento tem encerrado o ano com a ação ‘A
Dança se Move Ocupa’, a fim de unir forças e marcar presença contra o desmonte
das políticas culturais, promovendo encontros e debates, desta vez, adaptados ao
modo virtual.
A
poetisa, filósofa e psicanalista Viviane Mosé abre a Ocupação no dia 8, às 19h,
com uma conversa ‘ao vivo-online’ transmitida
pelo canal do Youtube do CRD (Centro de Referência da Dança). Mosé, que é
especialista em elaboração e implementação de políticas públicas e suas
palestras têm sempre em vista os desafios do contemporâneo, aceitou o convite
para, com sua maestria, capacidade analítica e bom humor, debater e provocar
questões que envolvem a cultura, as artes e o corpo no nosso tempo.
Durante
as duas semanas, vão acontecer, diariamente (exceto dias 14 e 15), três
vivências práticas, de 90 minutos cada, nos períodos da manhã e da tarde (10h,
14h e 16h), e uma palestra à noite, começando sempre às 19h. Nos dois fins de
semana, também às 19h, serão realizados fóruns, para o debate de temas mais
amplos como “Democracia e Necropolítica”, “Corpo não binárie nas Artes”,
“Políticas Públicas” e “Corpo na Tela”, sempre com um tempo mais elástico, a
presença de mediadores e um número maior de participantes nas discussões.
Querendo funcionar como um
‘laboratório cidadão’, a iniciativa foi pensada como um ato de resistência e de
acolhimento a uma diversidade de atores e repertórios, como resultado de
diferentes processos de formação e consolidação, para uma pluralidade de trocas
e aprendizagens abertas. Por isso, as vivências perpassam pelas danças
clássica, contemporânea, afro e de expressão brasileira, contato improvisação,
breaking, afrobeat, Voguing e dança oriental. As palestras diárias também
trazem uma gama de temas que transitam entre dança, acessibilidade, novas
formas de produção e processos de criação pandêmicos.
Para participar das vivências e palestras, o público deve fazer
inscrição no link https://forms.gle/oihBfqbDv2bHMbq46
A partir do preenchimento do
formulário, será enviado no dia do evento um link para acesso à plataforma
ZOOM, por e-mail e telefone.
Os Fóruns terão acesso livre
no canal do Youtube do CRDSP: https://www.youtube.com/channel/UCnaWP-9P6XLBw2tmaR0NOQw
O Movimento
De modo irrestrito e propositivo,
assim que o isolamento foi decretado na cidade de São Paulo, o ‘A Dança Se
Move’ deu início ao “SOS Dança”, um braço do movimento que tem olhado
especificamente para possibilidades de construir redes de apoio nesse ano de
2020. A partir da realização de um mapeamento dos profissionais da dança
paulistanos, foi ativada uma campanha de financiamento coletivo, organizado um
auxílio emergencial próprio, destinado aos trabalhadores que estavam em maior
vulnerabilidade, distribuídas cestas básicas por meio de uma parceria com a
Secretaria de Cultura do Estado de SP, lançada a “Semana SOS Dança”, com aulas
e palestras semanais, em formato virtual, para seguir arrecadando fundos
aos profissionais da área, e uma plataforma, que está sendo
viabilizada para difundir trabalhos de artistas paulistanos. Estas ações se
deram junto ao Portal MUD – Museu da Dança, e à Cooperativa Paulista de Dança.
Para
encerrar o ano, o Movimento se debruça sobre a organização e produção desse
novo ato-resistência, que, em parceria com o Centro de Referência da Dança –
CRDSP, é um convite para unir, discutir e pensar ações em tempo de crise,
risco, colapso e, igualmente, luta.
__________________________
Serviço
3ª A Dança se Move Ocupa - "Crise, Risco e Colapso - O que
fazer, então?"
De 8 a 21/12
18 Vivências artísticas, 6 Palestras e 4 Fóruns de discussão.
Vivências e palestras - Inscrições gratuitas
pelo formulário: https://forms.gle/oihBfqbDv2bHMbq46
No dia do evento será
enviado um link para acesso à plataforma ZOOM, por e-mail e telefone.
Foruns - acesso livre no canal do Youtube do
CRDSP: https://www.youtube.com/channel/UCnaWP-9P6XLBw2tmaR0NOQw
Programação completa (também no site xxxxxxx)
3ª Dança Se Move Ocupa 2020
Crise, Risco e Colapso: O Que Fazer, Então?
Abertura
Dia 08/12 (terça feira) – 19h
Crise, Risco e Colapso: O que fazer, então?
Convidada: Viviane Mosé
Palestra interativa para debater
e provocar questões que envolvem a cultura, as artes e o corpo, especialmente
nesses tempos de pandemia e isolamento social.
Viviane Mosé -
poeta, filósofa, psicóloga, psicanalista e especialista em políticas públicas é mestra e doutora em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências
Sociais, da UFRJ. Publicou sua tese “Nietzsche e a grande política da linguagem”, em 2005, pela editora Civilização Brasileira. Em 2005 e 2006, apresentou o quadro Ser ou não ser, no Fantástico, com temas de filosofia em
linguagem cotidiana. Participou, como comentarista, do programa Liberdade
de Expressão, na Rádio CBN, com Carlos Heitor Cony e Artur Xexéo. Tem diversos livros de poesia, filosofia e psicanálise
publicados. É sócia e diretora de conteúdo da Usina Pensamento e colaboradora
do programa Encontro
com Fátima Bernardes.
Vivian Cardozo |
Dia 09/12
(quarta-feira)
10h às 11h30
– Vivência 1:
Práticas
Corporais para Encantar o Corpo – Vivian Cardozo
Pensando em criar um
espaço acolhedor para despertar as potencialidades criativas do corpo, que está
tão isolado e inerte neste
momento, propõe trabalhar a flexibilidade, a
consciência corporal, estados de atenção
cênica através de práticas respiratórias e sensibilizar o corpo para explorar
os movimentos.
Vivian Cardozo é artista residente no CRD (Centro de Referência de Dança), com a
investigação artística “Experimentos Sonoros#2”, junto à musicoterapeuta Helena
Peters. Em 2018, estreou o espetáculo solo “Vozes”, no CRD, participou do
“Poema Cênico”, dirigido por Patrícia Noronha, e da formação de intérprete de
dança orientada por Marcos Moraes. É graduada em Artes Cênicas pela
ECA/USP (2006), com Especialização em Dança e Consciência Corporal pela
Universidade Estácio de Sá (2017), Hatha Yoga (2018) e Vinyasa Yoga
(2019).
14h às 15h30 – Vivência 2:
Incêndio do
Ânimo – José Artur Campos
Aula prática de dança
contemporânea onde se compartilham procedimentos de criação a fim de aquecer os
contornos do corpo com exercícios de encantamento do espaço. Pretende acessar o
humor, a coragem e o desejo de sensibilizar o corpo e a casa, por meio de práticas
que envolvem o uso das mãos como portadoras de uma comunicação única e poética,
trabalhar princípios de invisibilidade e estimular o vigor e a fúria presos no
corpo em isolamento social.
José Artur Campos é bailarino, coreógrafo e pesquisador. No Brasil, graduou-se em Teoria
Teatral, Artes Circenses e Comunicação Social. Em Portugal, formou-se em Dança
Clássica, Moderna e Contemporânea. Mestre em Educomunicação e em Cinema,
atualmente trabalha com as companhias Carolina Bianchi y Cara de Cavalo e Clarice
Lima e Gente Fina, Elegante & Sincera, em São Paulo.
16h às 17h30 – Vivência 3:
Poéticas do
Movimento Afro Contemporâneo – Lucimeire Monteiro
Aula prática de dança
afro contemporânea, traz a suavidade e destreza dos movimentos na gestualidade
e ritmos da cultura afro-brasileira. Será abordada a simbologia dos
Orixás, com base nos gestos e sonoridade mitológica e trabalhados os movimentos
de maneira espontânea ligados aos elementos da natureza, formando o que
chamamos de “Poética Dança dos Orixás”.
Lucimeire Monteiro – bailarina, arte-educadora, capoeirista e diretora da Novo
Corpo Cia de Dança é graduada em Educação Física pelo Centro Universitário
Adventista (UNASP). Professora de danças brasileiras do Grupo Multiplicarte,
fez curso de extensão “Prática e Reflexão da dança na Contemporaneidade”, na
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), e a especialização ‘Prescrição do Exercício Físico e Saúde em Pilates’, pela Estácio de Sá. Pesquisa as questões corporais que
cercam o indivíduo, propondo, pela dança, caminhos para o encontro com a
sua ancestralidade.
19h às 20h30 – Palestra 1:
“Acessibilidade
comunicacional para além da contrapartida” – Estela Lapponi
Sobre recurso de
acessibilidade audiodescrição nas artes cênicas, a partir da exibição do curta
experimental “profanAÇÃO”, de sua autoria, que trata a temática da deficiência
e a acessibilidade comunicacional de forma performática e poética. A partir
desta conversa, os artistas terão uma noção do quanto este trabalho pode ser
coletivo e colaborativo entre o artista e o profissional de audiodescrição e
intérprete tradutor de LIBRAS.
Estela Lapponi é performer e videoartista, que tem como foco de pesquisa o
discurso cênico do corpo com deficiência, o relacional com o
público e o trânsito entre as
linguagens cênicas e visuais. Idealizadora do espaço Casa de Zuleika,
desde 2009, realiza práticas artísticas sobre o conceito que criou – Corpo
Intruso e seu contêiner Zuleika Brit, uma investigação cênica, visual e
conceitual. Em 2018, dirigiu seu primeiro curta-metragem – profanAÇÃO
– com apoio do Edital de Produção de Curtas da
SPCine.
10h às 11h30
– Vivência 4:
Derivações
Brasileiras – Ivan Bernadelli
Especialmente pensada
para pequenos espaços, a oficina trabalhará passos, ritmos e dinâmicas de
movimento das danças brasileiras, com foco no desenvolvimento da coordenação
motora, a partir de desafios simples, possibilitando a integração entre corpo e
mente e permitindo que os movimentos encontrem sistemas próprios, para além dos
modos que nos movemos convencionalmente.
Ivan Bernardelli é diretor e bailarino da Cia. Dual. Desenvolve processos artísticos a
partir de mitologias e fenômenos históricos relacionados à cultura brasileira,
investigando as bases técnicas e estruturais das danças desenvolvidas no Brasil
ao longo dos séculos, em relação aos seus contextos culturais, sociais e
filosóficos. Foi premiado pelo FETEG MG 2019, Prêmio Arte e Inclusão 2018,
Prêmio Brasil Criativo 2016 e indicado aos Prêmios APCA e Bravo 2017.
14h às 15h30 – Vivência 5:
O Breaking e
sua singularidade – Bboy Thyaguin
A proposta consiste em demonstrar a dança breaking, um dos elementos do
Hip Hop, a partir dos fundamentos e movimentações originais, possibilitando
métodos facilitadores para explorar a criatividade em novos passos dentro do
que já existe nesta modalidade.
Bboy Thyaguin – bailarino, produtor cultural e orientador sócio-educativo, iniciou suas
pesquisas nas danças urbanas em 2008. Campeão da eliminatória BOTY América
Latina (Battle of the Year Latin America), representou o Brasil em
Braunschweig, Alemanha, em um dos maiores eventos mundiais de Breaking. Depois
de desenvolver uma consistente pesquisa apoiada, em 2014, pelo programa VAI (Valorização a Iniciativas Culturais), passou a integrar o
quadro de fazedores de arte paulistanos, circulando com espetáculos nos espaços
públicos da cidade.
16h às 17h30 – Vivência 6:
Corpas Pretas
e Periféricas em Movimento (Voguing) – Dani Anjos
Fortalecer e afirmar a
existência de corpas LGBTQIA+ por meio da dança, promovendo diálogo, integração
social e acesso à cultura Ballroom e criando uma rede de formação de público, a
fim de possibilitar perspectivas positivas para as nossas corpas.
Dani
Anjos artista
periférica, não binária, coreógrafa e bailarina, por meio de processos investigativos
em danças acadêmicas e urbanas e seus estudos corporais, contribui com o fazer artístico e transforma vidas. Atualmente é
filha da Casa de Mutatis, onde vive, fomenta e contribui para o fortalecimento
e crescimento da cena ballroon na cidade de São Paulo.
*A Cultura Ballroom
surge nos anos 1960, nas periferias de Nova York, da necessidade e urgência da
existência das pessoas LGBTQIA+, que encontravam nesse espaço refúgio e
acolhimento.
Roberto Santos |
19h às 20h30 – Palestra 2:
“Dança Afro-brasileira
contemporânea – Fragmentos da cultura nàgó
iyorùbá” – Roberto Santos
Apresenta as
influências da cultura religiosa presentes nos terreiros de candomblé, que se
deslocaram para as escolas de samba, salas de dança e teatro e, nesse percurso,
aliou-se à dança moderna, a partir de coreógrafos, elevando-a a um patamar de importância
no cenário nacional e internacional.
Roberto dos Santos é artista, educador e pesquisador, graduado e pós-graduado em Artes
Cênicas pela FPA – Faculdade Paulista de Artes, e mestrando da UNESP -
Instituto de Artes.
Tem flertado com a fotografia, performance, teatro
contemporâneo, relacionando experiências referentes ao corpo negro nas artes.
Possui experiências artístico-educativas em instituições culturais como MAM,
Porão das Artes, Rede Sesc, CCBB, Oca Ibirapuera e Itaú Cultural.
Mi Chang Tchung |
10h às 11h30
– Vivência 7:
Contato
Improvisação “a la argentina” – Mi Chan Tchung
Soltar, até esquecer
quem sou. Desde esse estado de limpeza de hábitos e expectativas, observar a
dança cósmica, que inclui e conecta todos os corpos. Entregar-se ao devir dos
movimentos e nomear tudo isso de dança. Aula convite a lavar a alma da própria
dança, colocá-la no varal e esperar que seque para voltar a vesti-la.
Mi Chan Tchung bacharel em Comunicação das
Artes do Corpo (PUC/SP), é praticante e
difusora de Contato Improvisação desde 2005, com grande influência da
comunidade Argentina, onde viveu por 12 anos. Produziu e deu aulas no Festival
ContactTango Brasil; participou do 10º Festival Sul em Contato
(POA), 7º Encuentro Diciembre mdp (Mar del Plata), no EmCIma da Chapada 2019
(BA), 1º e 2º Festín Mundial de CI (Buenos Aires), e ministra aulas na Matilha Cultural (SP). Integra a
Coletiva NossaJam, que fomenta a única Jam semanal de CI em Sampa (2019 no CRD,
2020 virtual).
14h às 15h30 – Vivência 8:
Dança à Tona
– Ana Noronha
A dança
contemporânea com base nos princípios do balé
clássico unidos com as danças populares de Pernambuco como Maracatu,
Caboclinho, Frevo e Ciranda, com um olhar somático e consciente do corpo,
serviram como estímulo criativo para trabalhar conceitos como transferência de
peso, alavancas e ritmo.
Ana Noronha Bacharel
em Comunicação e Artes do Corpo e mestranda em Comunicação e Semiótica
(PUC-SP), desde 2009, trabalha com Cristiane Paoli Quito e, a partir de 2013,
desenvolve um trabalho com ela e a bailarina Gisele Calazans. É instrutora de
Pilates e dançou na Cia Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira e na Cia Silenciosas, dirigida por Diogo Granato.
16h às 17h30 – Vivência 9:
Vem Cacuriá!
E Bora Rebolá! – Arantxa Mel
Aula de dança da
expressão cultural brasileira Cacuriá com enfoque somático. Após um
resumo histórico, será dado aquecimento focado nos pés e na região da cintura
pélvica, orientando sensibilizações baseadas na Técnica Klauss Vianna. Em
continuidade, os participantes brincarão dançando
três músicas conhecidas dessa manifestação e, ao final, um breve
relaxamento.
Arantxa Mel formada
em dança pela Etec de Artes, é pedagoga e arte-educadora atuando pela
prefeitura de SBC. Atualmente, escreve a monografia do curso de especialização
em Técnica Klauss Vianna (PUC), onde aborda o ensino de danças tradicionais
afro-brasileiras pela Técnica Klauss Vianna. Integrou vários grupos
e cias de danças brasileiras.
19h às 20h30 – Palestra 3:
Hackear e
Multiplicar: novas formas de produção cultural – Rafael Limongelli
É possível criar sistemas de cooperação e autogestão com a sociedade
civil, organizações sociais, iniciativas públicas e privadas, sem perder a
Independência? Essa palestra aborda a experiência de produção da Rizoma Livros
e da Flipei, Festa Literária Pirata das Editoras Independentes, como
disparadora para novas formas de produção cultural na dança e nas artes cênicas.
Rafael Limongelli é doutorando em Educação (UNICAMP), Mestre em Educação (UNIFESP, 2017),
bacharel em Ciências Sociais (PUC, 2013), técnico em Artes Cênicas (INDAC,
2008) e integra o grupo de pesquisa Transversal (PPGE/UNICAMP). É idealizador e
articulador cultural da Rizoma Livros (@rizomalivros) e da FLIPEI - Festa
Literária Pirata das Editoras Independentes (www.flipei.net), e colaborou com o
Podcast Zona Autônoma Literária (bit.ly/zalpodcast).
12/12
(sábado) – 19h às 21h
Fórum - Democracia e Necropolítica, com Marcial
Macome e Suze Piza
Mediação:
Helena Bastos
13/12
(domingo) – 19h às 21h
Fórum - Transpologia: Corpo trans e não binárie nas
artes, com Renata Carvalho e Pedro Galiza
Mediação:
Wellington Duarte
Dia 16/12
(quarta-feira)
10h às 11h30
– Vivência 10:
Memórias em
movimento – Mika Rodrigues
Com base no estudo e na prática da cultura tradicional e na
movimentação dos orixás na dança afro-brasileira, o encontro direciona o
olhar e a vivência para as nossas memórias.
Mika Rodrigues é dançarina-intérprete, pesquisadora e percussionista. Formada em
Educação Física pela Unip, atualmente, estuda História da África - Educação,
Cultura e Relações Internacionais, na Unifai. Integrou a Cia Antonio Nóbrega de
Dança, fez parte do elenco de dançarinos do filme “Brincante” e do “Baile dos
Orixás”, dirigido por Irineu Nogueira, com Guga Stroeter & Big Band
HB e Aloísio Menezes.
14h às 15h30 – Vivência 11:
Na Nossa
Memória – Manuela Aranguibel
Compartilhamento de
exercícios de dança e movimento, acompanhados com música ao vivo, focados no
estudo da tridimensionalidade do corpo dançante e que incentivem o repertório
próprio de cada participante. A pesquisa entende o “corpo” como unidade viva
que pensa, atua, desenvolve, sente, reage, aciona, conduz, gera, produz e se
movimenta. Dirigido para todas as pessoas interessadas em dança e
movimento.
Manuela Aranguibel Molano é bailarina e performer natural da
Venezuela. Estudou dança moderna e contemporânea na Escuela Nacional de
Danza Contemporánea (VE), na Folkwang University of the Arts (DE), na École de
Sables (SN) e na P.A.R.T.S. (BE). Desde 2015, desenvolve a pesquisa Espirais em
Queda, apresentada em diferentes formatos no Brasil e Alemanha. Dançou nas
companhias alemãs Szene 2wei Inklusive Tanzkompanie e Thegarden //performing
arts e em 2019, participou do intensivo de Improvisação, com David
Zambrano, na Bélgica. Integra os elencos da
Jorge Garcia Companhia de Dança e do Núcleo Improvisação em Contato.
16h às 17h30 – Vivência 12:
Dança com P.
– Afrobeat – Vanessa Soares
A oficina traz a dança
afrobeat, ritmo criado nos anos 70, pelo multi instrumentista nigeriano Fela
Kuti e o baterista Tony Allen, somando influências das mulheres Funmilayo
Anikulapo-Kuti e Sandra Izsadore. Conta com a leitura de trechos de poemas e a
exibição de um curta metragem gravado em Lagos/Nigéria, seguido de um
bate-papo. O link do vídeo será disponibilidade e exibido na aula.
Vanessa Soares dançarina, produtora cultural e arte-educadora, pesquisa o Afrobeat
há mais de 10 anos. Já dançou no Fela-Festival Latinoamericano de Afrobeat em
Buenos Aires (2012), Fela Kuti na UERJ (2014),
Felabration na Nigéria e Paris (2015), Fela
Day na Kebrada e Fela Day da Futuráfrica, em Santos, e em 2019, no Fela Day de
Belo Horizonte. Participou dos clipes “Black Woman”, do Seun Kuti, e “A Coisa
Tá Preta”, do Rincon Sapiência, e de shows de Tony Allen, Antibalas (NY),
Abayomy Afrobeat Orquestra (RJ) e Èkó Afrobeat (SP). Deu workshops em Lagos e
Oshogbo, na Nigéria, e, pelo Brasil, ministra oficinas de dança em escolas,
Centros Culturais, Fábricas de Cultura, CEUs, Fundação Casa e
Penitenciárias.
19h às 20h30 – Palestra 4:
Programas Performativos Pandêmicos – Igor Gasparini
Traz a experiência
que o T.F.Style vem encontrando de continuar a pesquisa em andamento,
dividindo suas ações entre grupo de estudos, vivências práticas e realização de
programas performativos, com objetivo de reforçar os “Elos” à distância e de
investigação de outras relações com o espaço: o espaço-casa, o espaço-tela e os
desafios do corpo em 360º nas telas bidimensionais.
Igor Gasparini é formado em Jornalismo (PUC-SP) e Educação Física e Saúde (USP),
Pós-Graduado em Jornalismo Cultural, com ênfase em Crítica de Dança (PUC-SP),
Mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e Doutorando pelo Instituto de Artes
da UNICAMP. É diretor e intérprete-criador da T.F.Style Cia de Dança,
contemplada por editais do Fomento à Dança de São Paulo e PROAC de Circulação
de Espetáculos no Estado de São Paulo. Com ELO, recebeu o Prêmio APCA de Melhor
Estreia (www.tfstyle.com.br).
Dia 17/12
(quinta-feira)
10h às 11h30 – Vivência 13
Arquitetando
o Corpo online – Paulina Alves
Tendo como base a técnica de dois grandes artistas brasileiros: Klauss
Vianna e Ivaldo Bertazzo, visa proporcionar autoconhecimento corporal,
fortalecimento do corpo e da autoestima e trazer movimento consciente e dança
de forma gradual, respeitando a singularidade e os limites de cada corpo.
Paulina Alves é bailarina, atriz, criadora-intérprete e arte-educadora. Especialista
em Técnica Klauss Vianna, Graduada em Comunicação e Artes do Corpo, possui
formação no Método Bertazzo. Já atuou no Japão, Coréia do Sul, Rússia, Uruguai
e Angola. É integrante da Cia Queremos Saber_Artes do Corpo e do Centro de
Estudos do Balé (CEB), coordenado por Zélia Monteiro.
14h às 15h30 – Vivência 14:
Ballet
clássico e autocuidado no isolamento social – Carol Paes de Barros
Dirigida aos níveis
intermediário e avançado, a aula busca auxiliar o bailarino a encontrar
autonomia e cuidado de si na prática do balé, necessárias para aqueles que
estão praticando sozinhos em casa. Mais do que a reprodução da forma, o balé
pode ser uma ótima ferramenta de investigação corporal e percepção de limites,
qualidades e dificuldades.
Carol
Paes de Barros é
bailarina independente, pesquisadora e Bacharel em Ciências Sociais pela USP. Como bailarina, atuou
em produções do Núcleo Tentáculo (Liliane de Grammont), São Paulo Companhia de
Dança (Inês Bogéa) e Especial Academia de Ballet (Guivalde Almeida).
Desenvolveu uma pesquisa de iniciação científica com o tema Gênero e
Performance na Dança Clássica, sob orientação do Prof. Dr. John Dawsey, do
Núcleo de Antropologia, Performance e Drama (NAPEDRA). Investiga a ressignificação
do balé clássico como ferramenta de potencialização e emancipação.
16h às 17h30 – Vivência 15:
Dança
Oriental Somática – Bruna Milani
A dança oriental como caminho para a consciência corporal,
expressividade, auto estima e conexão com o feminino. Através de ferramentas da
educação somática, essa oficina busca proporcionar autoconhecimento e
desenvolver a propriocepção, respeitando e buscando explorar ao máximo a
singularidade e potencialidade de cada participante.
Bruna Milani
é dançarina formada em Comunicação das Artes do Corpo, cursa o terceiro ano da
Formação em Eutonia pelo Instituto Brasileiro de Eutonia. Especializada em
dança oriental há 15 anos, desenvolve uma metodologia detalhada de estratégias
criativas para ampliar o processo de ensino e aprendizagem. Integra o Coletivo
Tarab e faz shows com o Zikir Trio, Yaqin Ensemble, Orkestra Bandida, Tarab Jazz
e projetos de pesquisa entre música e movimento ao lado do músico Mario Aphonso
III.
19h às 20h30 – Palestra 5:
Genealogia do gesto: Um "Déjà
Vu Afrofuturista” –
Leandra Silva
Compartilhamento, a
partir de fragmentos da pesquisa e criação do espetáculo “Déjà Vu Afrofuturista
1º Ato - Ancestralidade High Tec”, em torno do que a coreógrafa nomeia
“Genealogia do Gesto”, e a experiência de desenvolver processos artísticos com
base em tecnologias ancestrais que se conectam com a contemporaneidade.
Leandra Silva é artista da dança que coloca em
pauta a presença negra nas telas, palcos e holofotes, fora de lugares
estigmatizados e estereotipados, trazendo ao centro as perguntas: o
que é arte, o que é corpo e presença na perspectiva afro diaspórica?
Dia 18/12
(sexta-feira)
Vivência
16: 10h às 11h30
CORP@-ALG4RISM0:
dispositivos caóticos para r3s1st1r – Guma Muliterno
Promover o encontro digital entre GUM4 e quem quiser descobrir juntes
novas formas físicas de resistir em contexto caótico. O ambiente digital
permite que cada um dos integrantes participe de forma autônoma, trazendo suas
singularidades para a discussão. Os dispositivos da fisicalidade procuram,
através de exercícios de respiração e, depois, criação, colocar xs corpxs em
estado de atenção e presença.
Gum4 é
transartista e se expressa através das artes visuais e corporais. Dançou e
obteve formação clássica no Cisne Negro (2016-2019); em 2019, participou de
trabalhos da Cia Carne Agonizante, além de gestos coreográficos dirigidos por
Helena Bastos, Zumb.boys e Daniel Kairós. Fez parte do elenco de “Situação de
atrito 3: uma coisa muda”, dirigida por Wellington Duarte, e, em 2020, foi
residenta do Centro
de Referência da Dança e do “mOno festival de solos”,
criando o experimento digital “r(e)_c0L3t4”, gravado
ao vivo do espaço 28 patas furiosas.
Ana Caroline Recalde |
14h às 15h30 – Vivência 17:
Processos
dissonantes – um experimento a partir da improvisação em dança – Ana Caroline
Recalde
Aula prática a partir
dos procedimentos de investigação feitos para o trabalho "Dissonâncias
em metamorfose", em desenvolvimento pela artista em residência no Centro
de Referência da Dança, com proposta de improvisação a partir do livro "A
metamorfose", de Franz Kafka, onde propõe-se metamorfoses de movimento
utilizando como dispositivo o espaço físico e relatos individuais.
Ana Caroline Recalde é bailarina e professora, graduada em dança pela FPA
- Faculdade Paulista de Artes, e técnica em dança pela Etec de Artes. É
intérprete-criadora na companhia independente InCorpo, e integra a Hélio Lima
Companhia de Danças e o grupo de jazz do Studio Giselle Danças. Residente no
Centro de Referência da Dança desde 2018, cursa Técnico em Teatro, pela Etec de
Artes, e Produção Cultural, na Fundação das Artes de São Caetano do Sul.
16h às 17h30 – Vivência 18:
Dança afro brasileira
contemporânea – Pablo Neves
Metodologia oriunda de
Salvador-BA, trazida para São Paulo por Tainara Cerqueira, Priscila Borges,
Firmino Pitanga e tantas outras personalidades negras inseridas nesse meio.
Agrupando influências africanas trazidas pelos povos bantu no séc XVIII, possui
elementos da religiosidade de Mãe África conduzida por um sistema iniciado por
Mercedes Baptista no início do séc XX e, posteriormente, por Mestre King e seus
descendentes. Com fortes influências da dança moderna negra, danças clássicas e
tradicionais africanas, deixa de ser apenas um movimento étnico para se
transformar num movimento artístico, resistente e revolucionário.
Pablo Neves
iniciou seus estudos em dança e jogos teatrais/educativos no Projeto Joaninha
do Ballet Stagium, em 2010; passou pelo Projeto Núcleo Luz, e frequentou o
Curso de Formação em Dança, da Escola de Dança de São Paulo (EDASP), do 5º ao
7º ano. Formado em Teatro pelo Estúdio de Treinamento Artístico – ETA, concluiu
sua formação profissional em dança no Ballet Stagium, onde dançou cerca de 18 obras
do repertório durante dois anos, período em que também foi professor, monitor e
ensaiador do Projeto Joaninha. Em 2018, se aproximou das danças de matrizes
africanas e estuda atualmente a Dança Afro Contemporânea e suas vertentes.
19h às 20h30 – Palestra 6:
Ao Fim da
Dança – Isabel Ramos Monteiro
Partindo de escritos
deixados por dois escritores franceses que fazem parte da pesquisa de mestrado
da artista, Paul Valéry (1871-1945) e o contemporâneo Pascal Quignard, que
falam de danças que só temos acesso por meio da palavra, a palestra reflete
sobre o nosso atual estado de suspensão da dança, no contexto da pandemia, e
quer tocar a imaginação dos participantes numa fala próxima a um ensaio,
encadeando poeticamente a ideia de como se dão os movimentos da dança.
Isabel Ramos Monteiro é dançarina, educadora e pesquisadora das relações
entre a dança e a escrita. Graduada em Dança pela Unicamp, em Letras pela USP e
mestranda em Teoria Literária na FFLCH-USP, publicou “Ramos”, seu primeiro
livro de poesias, em 2017, pela Editora É - selo de língua. Desde 2014, é
intérprete-criadora da Balangandança Companhia. Co-criou e co-dirigiu I M
A G I N E (2019), premiado pelo Festival Cultura Inglesa, em parceira com Beatriz
Sano, Eduardo Fukushima e Júlia Rocha.
19/12
(sábado) – 19h às 21h
Fórum: Políticas Públicas, com Rui
Moreira e Zé Renato
Mediação:
Valéria Cano
20/12
(domingo) – 19h às 21h
Fórum: Corpo na tela, com Christine Greiner e
Gabi Gonçalves
Mediação: Leticia
Sekito
21/12
(segunda-feira) – 19h
Encerramento
com conversa aberta e reflexões sobre a Ocupação.
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