A CCIR e CEAP encerram neste domingo, as atividades da 13ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa.
11a Caminhada / Foto : Henrique Esteves
Em meio à pandemia e dentro de um novo normal, a 13º Caminhada de Combate à Intolerância Religiosa finaliza no próximo domingo, 27 de setembro as atividades. Essa edição, fez abertura no dia 27 de agosto, transmitindo lives por 13 dias, alusivo aos 13 anos de Caminhada. Contou com a participação de representantes de diferentes segmentos religiosos, professores, ativistas, escritores e defensores públicos, abordando temas como "O Lugar do Idoso - Fardo ou Porto Seguro?", "Intolerância e Racismo Religioso", "Intolerância Religiosa no Século XXI: Desafios da contemporaneidade", entre outros. A grade transmitiu também um Webinário (no dia 24/09). Recebeu representantes internacionais como Isobel Andrade - de Portugal, Laurent Lamy - França, Irmã Marianne Dacy - Austrália, Delegado Henrique Pessoa, Coronel Ubiratan Ângelo, Defensor José Roberto Tambasco, Promotora Eliane Pereira, Mãe Ignez D'Yansã, Og Sperle - União Wicca do Brasil, Paulo Maltz, Vera Porto, Rafael Soares de Oliveira, Reverenda Evie Vernon, Bispo Eduardo Grillo, Diane Kuperman - Conselheira da Associação Religiosa Israelita, entre outras lideranças religiosas. Contabi
A 13ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, evento inter-religioso, ao longo dos últimos 13 anos, se consolidou no Brasil, e principalmente na cidade do Rio de Janeiro, como uma das ações mais pontuais em defesa da liberdade religiosa e o estado laico. Surgida em 2008, após os episódios de intolerância religiosa na Ilha, onde adeptos das religiões de matrizes africanas foram expulsos por traficantes. Revelando uma das mais tristes facetas do racismo dentro da sociedade brasileira: a intolerância religiosa sobre os adeptos e praticantes das religiões de matrizes africana. E em busca de saídas possíveis, religiosos de diferentes denominações se uniram, fundando a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR). A comissão é a única no mundo a reunir diversos tipos de credos em uma manifestação, com representantes do candomblé, umbanda, católicos, budistas, muçulmanos, judeus, wiccanos, hare krishnas, ciganos, mórmons e bases evangélicas, que lado a lado fazem uma caminhada na Orla de Copacabana, sempre no terceiro domingo de setembro, onde recebe em torno de 100 mil pessoas. Mas nesse ano aconteceu no formato virtual, respeitando todas as medidas propostas pela OMS.
E fechando a grade das atividades da 13º Caminhada de Combate à Intolerância Religiosa, a ASA - Association Sholem Aleichem, será palco para a última ação, com reforço de Pai Renato e Mãe Miriam, como mestres de cerimônia, comandando as atrações musicais, participação ao vivo de lideranças religiosas, transmissão de vídeos (previamente gravados, com mensagens de religiosos, artistas e figuras públicas), em prol da liberdade religiosa, tolerância da equidade religiosa.
"Mesmo com todas as questões e situações ocasionadas pela pandemia, e diante da intolerância religiosa que cresceu expressivamente nesses últimos meses, conseguimos fazer um alerta e levar à reflexão. A Caminhada busca gerar debates possíveis para a construção da equidade religiosa, se faz presente e atuante cada vez mais, uma das formas de chamar atenção das autoridades públicas para os descaso", declara o Prof. Dr. Babalawô Ivanir do Santos -
Interlocutor da CCIR.
Dia 27 de setembro, inicia às 10h com vídeos, contendo mensagens de religiosos de todo o Brasil, com depoimentos sobre a importância de combater à intolerância religiosa.
Às 12h apresentação do cantor gospel KLEBER LUCAS, no repertório, clássicos como "Eu vou seguir com fé", "Deus cuida de mim", "Aos pés da cruz", entre outros
"É muito importante para nós religiosos estarmos unidos nesse tempo, onde a maior expressão da nossa fé estará no cuidado com nosso próximo. A caminhada contra a intolerância religiosa é, sobretudo, uma caminhada que visa o respeito democrático de espacialidades dentro do Brasil laico", sentencia o músico, que é Pastor na Igreja Soul, na Barra.
Kleber Lucas
Às 13h20, apresentação do AWURÊ, o grupo tem como objetivo exaltar a influência africana na cultura do carioca e resgatar a ancestralidade usando a música, os cânticos e a poesia em forma de samba, o Awurê foi criado em 2017 por quatro produtores cariocas, tendo como principal diretriz evidenciar os ritmos brasileiros e sons africanos, romper intolerâncias e fazer cultura popular a partir da ancestralidade. A cantora Fabíola Machado e o cantor Arifan Jr, ganham reforço dos músicos Daniel Delavusca, Lúcio, Fayomi Encarnação e Fabrício. Com Anderson Quack na Direção.
A transmissão será simultânea pelo YouTube Cultne: https://www.youtube.
Algumas chamadas:
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