Wagner Esteves / Foto: Léo Franco |
O ritmista Wagner Esteves, conhecido no Carnaval de São Paulo como Gavião Esteves, naipe repinique, da bateria Pegada da Coruja, da escola de samba Estrela do Terceiro Milênio, está se preparando para participar, pela primeira vez, da Paralimpíada na modalidade atletismo. Há 14 anos tocando na PDC, Gavião mudou completamente sua vida depois de sofrer um acidente de moto, em 2018, e descobrir que tinha um tumor ósseo benigno chamado osteocondroma e que acabou se agravando. Após três cirurgias sem sucesso, a equipe médica decidiu pela amputação de parte da perna direita.
Por conta da pandemia os treinos foram temporariamente suspensos, mas sua rotina pesada de treinos como jogador de futebol adaptado pelo time da Associação de Esportes Adaptados Bola Pra Frente e atletismo modalidades salto em altura, arremesso de peso e lançamento de dardo pelo Clube Espéria, vão retornar em breve.
“Foi durante minha reabilitação na Rede Lucy Montoro que entendi que a vida continua, mesmo passando por uma amputação ou tendo qualquer deficiência seja ela qual for. Busquei o esporte como forma de superação e conexão com Deus”, conta o ritmista que completa reforçando a importância de lutar pelos direitos dos deficientes na sociedade.
Ainda sem patrocínio ou apoio esportivo, Gavião continua lutando pelo seu sonho. “Já perdi as contas de quantas vezes fui treinar e não tinha dinheiro pra comer um lanche ou uma fruta. E quantas vezes estive no campo ou na pista e não ter material esportivo para treinar. Mas não será isso que vai me fazer desistir e eu vou chegar lá”, declara.
“Para nós, músicos da PDC, é motivo de orgulho ter um exemplo de superação, garra e esperança. Gavião é querido por todos, é um dos mais animados e está sempre presente. Ele ama essa energia incrível que vem da nossa bateria”, afirma Vitor Velloso, mestre da Pegada da Coruja.
Assessoria de imprensa bateria Pegada da Coruja (Estrela do Terceiro Milênio)
Lara Schulze
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