Por que não vivemos?, da obra Platonov, de
Anton Tchekhov que estreia em São Paulo em fevereiro
Anton Tchekhov que estreia em São Paulo em fevereiro
Texto inédito no Brasil, o drama mostra pessoas que gostariam de estar em outro lugar, mas vão caindo na armadilha de ficar onde estão
Foto de Nana Moraes
Com direção de Marcio Abreu, a obra estreia em São Paulo após temporadas no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília. No elenco, Camila Pitanga, Cris Larin, Edson Rocha, Josi Lopes, Kauê Persona, Rodrigo Bolzan, Rodrigo Ferrarini e Rodrigo dos Santos. A peça é finalista do Prêmio Shell do Rio de Janeiro nas categorias direção (Marcio Abreu) e cenário (Marcelo Alvarenga) e do Prêmio Cesgranrio em direção (Marcio Abreu). Em São Paulo, a estreia é no Teatro Cacilda Becker, na Lapa.
Após se dedicar à criação de dramaturgias originais, montagens e traduções de autores contemporâneos inéditos, a companhia brasileira de teatro retorna aos clássicos sem perder, no entanto, o caráter de inovação. Escrita pelo dramaturgo russo Anton Tchekhov (1860-1904) por volta dos 20 anos, a história do professor Platonov foi descoberta nos arquivos do seu irmão após a sua morte, e publicada em 1923. Inédita no Brasil, a obra recebeu nesta adaptação dirigida por Marcio Abreu o nome Por que não vivemos?. A peça faz duas temporadas em São Paulo, a primeira entre 14 de fevereiro e 01 de março e a segunda temporada entre 20 de março e 19 de abril, no Teatro Cacilda Becker.
A vontade da companhia de montar esse texto vem desde 2009. Marcio Abreu, Nadja Naira e Giovana Soar assinam a adaptação da obra, feita a partir de uma tradução original do russo por Pedro Augusto Pinto e de versões francesas. Embora não tenha um título oficial, a peça foi publicada em diversos países como Platonov em homenagem a um dos personagens, o professor Mikhail Platonov. Foi somente no final da década de 1990 que a obra ganhou traduções e montagens em diversos teatros da Europa. Em 2017, os atores Cate Blanchett e Richard Roxburgh estrearam uma versão do texto na Em Sidney, na Austrália, com o título de The Present. Giovana conta que o processo de adaptação também contou com atualizações sobre dinâmicas e relações que não fariam tanto sentido de serem postas em cena nos dias de hoje. “Também reduzimos o número de personagens, fizemos cortes e reposicionamos cenas para que os assuntos centrais do texto não fossem perdidos, mas sim condensados”, explica Giovana.
Por ser uma obra sem título oficial, o grupo batizou a peça com uma pergunta chave que está inserida no texto: por que não vivemos como poderíamos ter vivido?. “Essa questão, que se abre para tantas outras, é um pouco a alma dessa peça”, diz Marcio. “Quando esse texto foi resgatado, não havia capa nem título. Como outras peças em que o personagem principal dá nome ao texto, como Ivanov, se deu esse nome Platonov”, conta Giovana Soar, que ressalta que o título escolhido pela companhia traduz o drama que permeia o espetáculo. “São pessoas que gostariam de estar em outro lugar, mas não fizeram nada para isso. Mostra como a trama da vida vai se desenrolando e as pessoas vão caindo na armadilha de ficar onde estão”.
A vontade da companhia de montar esse texto vem desde 2009. Marcio Abreu, Nadja Naira e Giovana Soar assinam a adaptação da obra, feita a partir de uma tradução original do russo por Pedro Augusto Pinto e de versões francesas. Embora não tenha um título oficial, a peça foi publicada em diversos países como Platonov em homenagem a um dos personagens, o professor Mikhail Platonov. Foi somente no final da década de 1990 que a obra ganhou traduções e montagens em diversos teatros da Europa. Em 2017, os atores Cate Blanchett e Richard Roxburgh estrearam uma versão do texto na Em Sidney, na Austrália, com o título de The Present. Giovana conta que o processo de adaptação também contou com atualizações sobre dinâmicas e relações que não fariam tanto sentido de serem postas em cena nos dias de hoje. “Também reduzimos o número de personagens, fizemos cortes e reposicionamos cenas para que os assuntos centrais do texto não fossem perdidos, mas sim condensados”, explica Giovana.
Por ser uma obra sem título oficial, o grupo batizou a peça com uma pergunta chave que está inserida no texto: por que não vivemos como poderíamos ter vivido?. “Essa questão, que se abre para tantas outras, é um pouco a alma dessa peça”, diz Marcio. “Quando esse texto foi resgatado, não havia capa nem título. Como outras peças em que o personagem principal dá nome ao texto, como Ivanov, se deu esse nome Platonov”, conta Giovana Soar, que ressalta que o título escolhido pela companhia traduz o drama que permeia o espetáculo. “São pessoas que gostariam de estar em outro lugar, mas não fizeram nada para isso. Mostra como a trama da vida vai se desenrolando e as pessoas vão caindo na armadilha de ficar onde estão”.
O diretor complementa ainda que o título estabelece uma dinâmica política ao apontar simultaneamente para o passado que não foi vivido e para uma convocação a um futuro que pode ser construído. Para ele, a encenação busca propor reflexões sobre as singularidades dos sujeitos, a conexão coletiva e uma consciência sobre as diferenças. “Os corpos dos atores se reconheceram na estrutura de um texto escrito no final do século XIX e as dinâmicas estabelecidas nos ensaios fizeram com que ele se atualizasse, conferindo ainda mais força à dimensão política da peça”, conclui.
A peça trata de temas recorrentes na obra de Tchekhov, como o conflito entre gerações, as transformações sociais através das mudanças internas do indivíduo, as questões do homem comum e do pequeno que existem em cada um de nós, o legado para as gerações futuras – tudo isso na fronteira entre o drama e a comédia, com múltiplas linhas narrativas. “É o primeiro texto de Tchekhov, um texto muito jovem, mas muito revisitado em diversos países porque tem nele o que depois vem a ser o cerne do Tchekhov”, diz o diretor.
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A encenação propõe uma perspectiva de convivência e proximidade com o público através de deslocamentos dos atores pelo espaço e pela quebra da frontalidade. Dessa forma, o público deixa de ser apenas espectador para também se tornar coparticipante das ações que ocorrem em cena
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“A montagem tem um foco muito específico nas personagens femininas. São elas que causam transformação, que caminham, que querem e mudanças, contravenções e que enfrentam conceitos pré-estabelecidos na sociedade da época” , conta Giovana. A artista complementa que esses traços estavam no texto de Tchekhov, mas foram acentuados na adaptação. Para ela, o olhar do autor causava uma espécie de premonição para os movimentos futuros que se sucederam.
Por que não vivemos? estreou em julho deste ano no CCBB do Rio de Janeiro, fez temporada no CCBB Brasília no mês de setembro e no CCBB Belo Horizonte entre 18 de outubro e 18 de novembro de 2019. Em 2020, o espetáculo chega a São Paulo no Teatro Municipal Cacilda Becker, devido à reforma que está ocorrendo no teatro do CCBB São Paulo, em duas curtas temporadas que vão de fevereiro a abril, desta vez com patrocínio do Banco do Brasil e Eletrobras Furnas.
Por que não vivemos? estreou em julho deste ano no CCBB do Rio de Janeiro, fez temporada no CCBB Brasília no mês de setembro e no CCBB Belo Horizonte entre 18 de outubro e 18 de novembro de 2019. Em 2020, o espetáculo chega a São Paulo no Teatro Municipal Cacilda Becker, devido à reforma que está ocorrendo no teatro do CCBB São Paulo, em duas curtas temporadas que vão de fevereiro a abril, desta vez com patrocínio do Banco do Brasil e Eletrobras Furnas.
SINOPSE CURTA
Na adaptação da companhia brasileira de teatro, a história não se desenrola num lugar definido, tampouco na época em que foi escrita. Ambientada numa propriedade rural de uma jovem viúva, a história se passa durante uma grande festa, na qual está presente Platonov, um aristocrata falido. Ele se tornou professor, por despeito e para camuflar sua revolta contra seu falecido pai e a sociedade. Bem articulado, brilhante e sedutor, ele é admirado e invejado. Seu reencontro com Sofia, um amor de juventude, reaviva seu desespero.
SOBRE A COMPANHIA
A companhia brasileira de teatro é um coletivo de artistas de várias regiões do país fundado pelo dramaturgo e diretor Marcio Abreu em 2000, em Curitiba, onde mantém sua sede num prédio antigo do centro histórico. Sua pesquisa é voltada sobretudo para a criação contemporânea. Entre suas principais realizações, peças com dramaturgia própria, escritas em processos colaborativos e simultâneos à criação dos espetáculos, como “PRETO” (2017), “PROJETO BRASIL” (2015), “Vida” (2010), “O que eu gostaria de dizer” (2008), “Volta ao dia...” (2002). Há ainda uma série de criações a partir da obra de autores inéditos no país: “Krum” (2015), de Hanock Levin; “Esta Criança” (2012), de Joël Pommerat; “Isso te interessa?” (2011), a partir do texto “Bon, Saint-Cloud”, de Noëlle Renaude; “Oxigênio” (2010), de Ivan Viripaev. A companhia realiza frequentes intercâmbios com outros artistas no país e no exterior. Estreou na França em 2014 o espetáculo “Nus, ferozes e antropófagos” em parceira com o coletivo francês Jakart. Mantém um repertório ativo e que circula com frequência. Recebeu os principais prêmios das artes no país. Mais informações: www.
FICHA TÉCNICA
Por que não vivemos?
Da obra Platonov, de Anton Tchekhov
Direção: Marcio Abreu
Assistência de Direção: Giovana Soar e Nadja Naira
Elenco: Anna Petrovna - Camila Pitanga
Maria Griékova - Cris Larin
Sofia Egoróvna - Josi Lopes
Mikail Platonov - Rodrigo Dos Santos
Nicolai Triliétski - Rodrigo Ferrarini
Sergei Voinitsev - Kauê Persona
Porfiri Glagoliev - Edson Rocha
Ossíp - Rodrigo Bolzan/Vanderlei BernardIno (em alternância)
Da obra Platonov, de Anton Tchekhov
Direção: Marcio Abreu
Assistência de Direção: Giovana Soar e Nadja Naira
Elenco: Anna Petrovna - Camila Pitanga
Maria Griékova - Cris Larin
Sofia Egoróvna - Josi Lopes
Mikail Platonov - Rodrigo Dos Santos
Nicolai Triliétski - Rodrigo Ferrarini
Sergei Voinitsev - Kauê Persona
Porfiri Glagoliev - Edson Rocha
Ossíp - Rodrigo Bolzan/Vanderlei BernardIno (em alternância)
Adaptação: Marcio Abreu, Nadja Naira e Giovana Soar
Tradução: Pedro Augusto Pinto e Giovana Soar
Direção de Produção: José Maria
Produção Executiva: Cássia Damasceno
Assistência de Produção: Leonardo Shamah
Tradução: Pedro Augusto Pinto e Giovana Soar
Direção de Produção: José Maria
Produção Executiva: Cássia Damasceno
Assistência de Produção: Leonardo Shamah
Iluminação: Nadja Naira
Trilha e efeitos sonoros: Felipe Storino
Direção de movimento: Marcia Rubin
Cenografia: Marcelo Alvarenga | Play Arquitetura
Figurinos: Paulo André e Gilma Oliveira
Trilha e efeitos sonoros: Felipe Storino
Direção de movimento: Marcia Rubin
Cenografia: Marcelo Alvarenga | Play Arquitetura
Figurinos: Paulo André e Gilma Oliveira
Direção de arte das projeções: Batman Zavareze
Edição das imagens das projeções: João Oliveira
Câmera: Marcio Zavareze
Técnico de som | projeções: Pedro Farias
Assistente de câmera: Ana Maria
Edição das imagens das projeções: João Oliveira
Câmera: Marcio Zavareze
Técnico de som | projeções: Pedro Farias
Assistente de câmera: Ana Maria
Operador de Luz: Henrique Linhares e Ricardo Barbosa
Operador de vídeo: Marcio Gonçalves e Michelle Bezerra
Operador de som: Bruno Carneiro e Felipe Storino
Contrarregragem: Hevaldo Martins e Alexander Peixoto
Máscaras: José Rosa e Júnia Mello
Operador de vídeo: Marcio Gonçalves e Michelle Bezerra
Operador de som: Bruno Carneiro e Felipe Storino
Contrarregragem: Hevaldo Martins e Alexander Peixoto
Máscaras: José Rosa e Júnia Mello
Fotos: Nana Moraes
Programação Visual: Pablito Kucarz
Assessoria de Imprensa São Paulo: Canal Aberto
Difusão Internacional: Carmen Mehnert | Plan B
Produção: companhia brasileira de teatro
Programação Visual: Pablito Kucarz
Assessoria de Imprensa São Paulo: Canal Aberto
Difusão Internacional: Carmen Mehnert | Plan B
Produção: companhia brasileira de teatro
Projeto realizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura
Apoio: Secretaria Municipal da Cultura
Patrocínio: Banco do Brasil e Eletrobras Furnas
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil, Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Governo Federal.
Apoio: Secretaria Municipal da Cultura
Patrocínio: Banco do Brasil e Eletrobras Furnas
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil, Secretaria Especial da Cultura, Ministério da Cidadania e Governo Federal.
companhia brasileira de teatro
Direção de Produção: Giovana Soar e José Maria
Administrativo e Financeiro: Cássia Damasceno
Assistente Administrativo: Helen Kaliski
Direção de Produção: Giovana Soar e José Maria
Administrativo e Financeiro: Cássia Damasceno
Assistente Administrativo: Helen Kaliski
SERVIÇO
Por que não vivemos?
Temporada 1: 14 de fevereiro a 1º de março de 2020
Quintas, Sextas e Sábados, 20h; e Domingos, 19h.
Temporada 2: 20 de março a 19 de abril de 2020
Sextas e Sábados, 20h; e Domingos, 19h.
Sessão extra dia 13 de fevereiro, quinta-feira, 20h.
Local: Teatro Municipal Cacilda Becker (Rua Tito, 295, Lapa).
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
Clientes BB tem 50% de desconto em até 4 ingressos. Os ingressos para o público começam a ser vendidos em 5 de fevereiro.
Capacidade: 198 pessoas.
Duração: 150 min.
Gênero: Comédia Dramática.
Classificação indicativa: 16 anos.
Por que não vivemos?
Temporada 1: 14 de fevereiro a 1º de março de 2020
Quintas, Sextas e Sábados, 20h; e Domingos, 19h.
Temporada 2: 20 de março a 19 de abril de 2020
Sextas e Sábados, 20h; e Domingos, 19h.
Sessão extra dia 13 de fevereiro, quinta-feira, 20h.
Local: Teatro Municipal Cacilda Becker (Rua Tito, 295, Lapa).
Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
Clientes BB tem 50% de desconto em até 4 ingressos. Os ingressos para o público começam a ser vendidos em 5 de fevereiro.
Capacidade: 198 pessoas.
Duração: 150 min.
Gênero: Comédia Dramática.
Classificação indicativa: 16 anos.
Horário da bilheteria: somente nos dias de espetáculo, a partir das 18h.
Evite filas! Baixe do App da SYMPLA para Android ou IOS na App Store ou Google Play e adquira seu ingresso pelo celular com antecedência.
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Informações: (11) 4298-1270
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