(3 a 14/12) DANÇA SE MOVE OCUPA - abertura Preta Ferreira, Erica Malunguinho, Carmen Luz

Dezembro começa com ‘2º Dança se Move Ocupa’
no Centro de Referência da Dança
Durante duas semanas, evento organizado por artistas da dança de São Paulo, traz 23 apresentações de trabalhos coreográficos, dois debates sobre temas que envolvem a arte e a cultura no cenário atual do país, três residências artísticas e conversas diárias com o público.

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Lucimeire Monteiro em Igbáewe, no segundo dia de apresentações.
 (Foto Curso      Processos Fotográficos Senac Lapa Scipião)
                     
Entre 3 e 14 de dezembro, o Centro de Referência da Dança acolhe a segunda edição do “Dança se Move Ocupa”, encontro de caráter colaborativo e integrativo, concebido pelos artistas do Movimento a Dança se Move - uma organização de trabalhadores da dança paulistana que atua na mobilização, debate e luta por políticas culturais -, com uma programação que propõe residências artísticas, apresentações, debates e palestras.
Esta segunda edição se lança a partir de interrogações sobre o quanto as políticas identitárias têm, na prática, impactado as políticas públicas, como o mercado se apropria da pauta da diversidade, e que lugar é dado à vida, à morte e ao corpo humano, para se pensar o corpo político e compartilhar distintas poéticas que possam transpor os desafios da arte no contexto atual. Além dos participantes do Movimento, foram convidados artistas e pensadores dispostos a atravessarem junto as indagações lançadas.
Na abertura, dia 3/12, às 19h, a carioca Carmem Luz, cineasta e fundadora da Cia Étnica de Dança; a educadora e deputada Erica Malunguinho; a performer e videoartista Estela Lapponi e a apresentadora, cantora e ativista por moradia Preta Ferreira, protagonizam a conversa “Devoramentos e Rupturas”.  Na sequência, o  ator e Dj Eugênio Lima, pesquisador da cultura afro-diaspórica, coloca suas ecléticas criações sonoras na caixa para a conversa continuar pelos corredores do espaço.
Nas duas semanas, a programação oferece residências artísticas durante o dia e apresentações de trabalhos coreográficos à noite, a partir das 19h, sempre seguidas de conversa mediada por um artista convidado.
No dia 4 (quarta), serão apresentados "Eu Em Ti", da Cia Carne Agonizante, inspirado no poema homônimo, escrito por Adalgisa Nery, com quem Ismael Nery, um dos ícones da vanguarda brasileira, viveu por 12 anos; “Lugar de Cavalos”, depoimento cênico das andanças-vivências do artista Afonso Costa em seus trajetos do bairro de Taipas, extremo norte da cidade, até as regiões mais centrais da capital; e “Dissonâncias”, colaboração entre o percussionista Joaquim ‘Zito’ Abreu e a bailarina Gícia Amorim, baseada nos conceitos de independência entre a ação coreográfica e o discurso musical. Ao final, Vera Sala media a conversa entre os artistas e o público.
“Para se ver o que é possível”, criação de Letícia Sekito/ Companhia Flutuante, a favor da dança como forma vital, necessária e possível a todxs; “Filhxs da Rua”, do Coletivo Ara Ijó, que retrata o encontro de três personagens fictícios, vindos de Catulé, para procurar Joaquim, um menino preto, que se perdeu ao longo da viagem, e “Igbàewe”, pesquisa de Lucimeire Monteiro, que reconhece o entendimento do povo negro e seus antepassados em comparativo com a contemporaneidade, são as apresentações da quinta (5/12). A mediação da conversa fica a cargo de Vivian Cardozo.
Mais três trabalhos serão apresentados na sexta (6/12): “Provocações Poéticas”, do Viver núcleo de dança, ação performática que dialoga com o espaço, trazendo para a criação as palavras, os afetos e os corpos com suas (in/de)formações; “Andar_Ilha: Estudos sobre o caminhar”, de Luciana Bortoletto/...AVOA!Núcleo Artístico, que comenta a errância de um corpo que quer dançar e seguir adiante; e “Coisa Huiyin”, criação de Daniel Kairoz para um coro de corpos – Aline Brasil, Guma Muliterno, Erika Malavazzi, Luann Dias, João Pedro, Rafael Carrion e Richard Reis – que se conectam e se movem numa mesma direção. Kleber Lourenço faz a mediação dessa noite.
Sábado (7/12), a programação traz “Povoado de Coisas Vivas”, solo de Helena Bastos/Musicanoar, que flui entre histórias, pessoas, lugares, pensamentos, emoções, caminhos, ideias e tudo que nos envolve em termos de vida nesse mundo; “Pedreira!”,  que versa a dureza e a leveza da pedra, como metáfora de corpos que se deslocam e a luta pela sobrevivência, com Kleber Lourenço/ Visível Núcleo de Criação, e música executada ao vivo por George Ferreira; e “O que se perde”, de Vinicius Santi/ Nenhum Caminho, que faz o contraponto da necessidade de perder-se para, só assim, adentrar o desconhecido de si mesmo. Mediação: Wellington Duarte
A segunda semana começa na terça, dia 10/12, com o Fórum “Arte e censura hoje”, também às 19h. O debate é encabeçado pelos artistas da dança e arte-educadoras Cléia Plácido, Deise de Brito e Luciana Bortoletto; o escritor e dramaturgo Dorberto Carvalho, presidente do Sindicato dos Artistas; Elle de Bernardini, artista plástica e bailarina não-binária; a vereadora Juliana Cardoso; Rafael Oliveira, diretor do Núcleo IÊÊ; a diretora teatral e atriz  Regina Galdino; Rudifran Pompeu, presidente da Cooperativa Paulista de Teatro e diretor do Grupo Redimunho de Investigação Teatral, e Sandro Borelli, diretor da Cia Carne Agonizante e presidente da Cooperativa Paulista de Dança.
Na quarta (11/12) tem “Zona”, trabalho colaborativo do coletivo Menos 1Invisível, que propõe uma experiência sobre o uso do tempo,  identidade e território; “Relações Possíveis na Encruzilhada”, pesquisa da Fragmento Urbano, de composição com a cidade e movimentações que transitam entre as danças urbanas e as danças brasileiras; e “Quero sentir toda a realidade que é estar com você”, performance do Coletivo Sobrepor, que traz as possíveis construções de um relacionamento homoafetivo. A mediação da conversa é de Ana Sharp.
Do Núcleo Djalma Moura, “Boi da cara preta”, uma dança cíclica que escava estratégias de resistência às normatividades da vida contemporânea, criando fissuras para promover a potencialidade ancestral, é a primeira apresentação de quinta (12/12). Depois vêm “Relation X”, do NIC - Núcleo Improvisação em Contato, em cenas que sugerem a narrativa de conflitos e explorar os limites físicos de situações a que estão sujeitas todas as relações; e “Um primeiro movimento”, experiência viva-transformadora que Luciana Beloli/ Dança Acontecimento partilha do corpo-maternidade. Mediação: Cléia Plácido
No dia 13 (sexta), Estela Lapponi, em “!la assimetria es más rica!”,  faz uso da repetição como estratégia de dilatação de uma ideia que se quer propagar;  na sequência, “Fluidos Dilatantes - Uma metáfora com possibilidades afetivas”, pesquisa de  Alexandre Yudi e Thiago Mor baseada no estudo dos Fluidos Não-Newtonianos, propõe refletir sobre as nuances de uma relação a dois; e “Filhxs --da-- P°##@ - T O D A”, do Coletivo Calcâneos, que transpõe as dores da periferia delimitadas aos corpos que compõem os altos índices de preconceitos sociais. Mediação: Michele Carolina
Dois espetáculos encerram o Dança se Move Ocupa/2019, no sábado (14/12): “A última mulher do mundo”, investigação cênica do Núcleo Patrícia Noronha, no limiar entre a dança e o teatro, em torno da noção do vazio e do tempo suspenso, onde realidade e ficção se confundem; e “Zona provisória”, reflexão poética de Rubia Braga acerca da percepção do tempo, cuja essência é a transformação constante. Helena Bastos faz a mediação entre os artistas e o público.
Residências artísticas
Durante as duas semanas do evento, acontecem três residências artísticas, com compartilhamento da pesquisa no último dia. De 4 a 6 (quarta a sexta), das 14h às 17h, Cléia Plácido e Ricardo Neves orientam “Olhares da Improvisação na dança”, dirigida a pessoas que se interessem por improvisação e performance, com ou sem experiência.
Na segunda semana, acontecem outras duas residências: de 10 a 13/12, das 10h às 13h, “Pedagogias das danças”, com Ana Sharp e Paula Petreca, oficina teórica e prática dirigida a professores, pesquisadores, estudantes e interessades no tema, que pretende refletir sobre as possibilidades e caminhos de ensino e aprendizagem da dança, e ampliar o olhar para outras perspectivas pedagógicas e de processos de criação; e “Dança e(m) Espaços Urbanos”, de 10 a 14/12, das 14h às 17h, conduzida por uma equipe transdisciplinar composta pelas dançarinas Michele Carolina e Mônica Cristina Bernardes, pelo músico Jovem Palerosi e pela Videomaker Fernanda Ligabue, que propõe, entre outros procedimentos, exercícios em sala de ensaio, intervenções em espaços urbanos, derivas, estudos topológicos e geográficos, estudos sonoros e audiovisuais, leitura de textos e documentos que descrevem e regulam os usos do espaço público.
Todas as atividades têm entrada / participação gratuita.

Links:
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Serviço
Dança se Move Ocupa – Espetáculos, Forum de discussões, conversas e residências artísticas
de 3 a 14/12 (terça a sábado), 19h
Centro de Referência da Dança de São Paulo – CRDSP
Baixos do Viaduto do Chá, s/nº - ao lado do Theatro Municipal – próximo às estações Anhangabau, República e São Bento
03/12 (terça) – 19h
Abertura  “Devoramentos e Rupturas” – debate com Carmem Luz, Erica Malunguinho, Estela Lapponi e  Preta Ferreira | Dj Eugênio Lima | Acessível  em libras

Eu em Ti - Carne Agonizante / Foto : Gustavo Moliterno 

04/12 (quarta) – 19h  
“Eu em Ti” – Cia Carne Agonizante
“Lugar de Cavalos” – Afonso Costa
“Dissonâncias” – Gícia Amorim e Joaquim “Zito” Abreu
Mediação: Vera Sala

Para se ver o que é Possivel - Leticia Sekito 

5/12 (quinta) – 19h
“Para se ver o que é possível” –  Letícia Sekito/ Companhia Flutuante
“Filhxs da Rua” – Coletivo Ara Ijó
“Igbàewe” – Lucimeire Monteiro
Mediação: Vivian Cardozo



6/12 (sexta) – 19h
“Provocações Poéticas” – Viver núcleo de dança
“Andar_Ilha: Estudos sobre o caminhar” – ...AVOA!Núcleo Artístico
“Coisa Huiyin” – Kairoz
Mediação: Kleber Lourenço

Povoado de Coisas Vivas / Helena Bastos

7/12 (sábado) – 19h
“Povoado de Coisas Vivas” – Musicanoar
“Pedreira!”–Visível Núcleo de Criação
“O que se perde” – Nenhum Caminho –
Mediação: Wellington Duarte


10/12 (terça) – 19h
Fórum “Arte e censura hoje” – Cléia Plácido, Deise de Brito, Dorberto Carvalho, Elle de Bernardini, Juliana Cardoso, Luciana Bortoletto, Rafael Oliveira, Regina Galdino, Rudifran Pompeu e Sandro Borelli.

Zona Menos Invisivel / Foto : Aro Ribeiro 

11/12 (quarta) – 19h
“Zona” – 19h Menos 1Invisível
“Relações Possíveis na Encruzilhada”  Fragmento Urbano
“Quero sentir toda a realidade que é estar com você” – Coletivo Sobrepor
Mediação: Ana Sharp

Boi da Cara Preta - Djalma Moura / Foto : Érico Santos 

12/12 (quinta) – 19h
“Boi da cara preta” – Núcleo Djalma Moura
“Relation X” NIC  Núcleo Improvisação em Contato
“Um primeiro movimento” – Luciana Beloli / Dança Acontecimento
Mediação: Cléia Plácido


 Filhxs--da--P°##@! -T O D A - Calcâneos+foto Jack Bones

13/12 (sexta) – 19h
“!la assimetria es más rica!”  Estela Lapponi
“Fluidos Dilatantes - Uma metáfora com possibilidades afetivas” – Alexandre Yudi e Thiago Mor
“Filhxs --da-- P°##@ - T O D A” – Coletivo Calcâneos
Mediação: Michele Carolina


“A última mulher do mundo” – Núcleo Patrícia Noronha

14/12 (sábado) – 19h
“A última mulher do mundo” – Núcleo Patrícia Noronha
“Zona provisória” – Rubia Braga
Mediação: Helena Bastos


Residências artísticas
04 a 6/12 (quarta a sexta) – 14h às 17h
“Olhares da Improvisação na dança” – Cléia Plácido e Ricardo Neves
Inscrições: no dia 03/12, no local da residência (CRDSP), por ordem de chegada |
20 Vagas
10 a 13/12 (terça a sexta) – 10h às 13h
“Pedagogias das danças” – Ana Sharp e Paula Petreca
Inscrições através do link: https://forms.gle/fonzfnQWSbN5ufEP7 | 20 Vagas
10 a 14/12 (terça a sábado) – 14h às 17h
“Dança e(m) Espaços Urbanos” – Fernanda Ligabue, Jovem Palerosi, Michele Carolina e Mônica Cristina Bernardes
Inscrições: no dia 03/12, no local da residência (CRDSP), por ordem de chegada |
30 Vagas

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Programação completa - link: http://online.fliphtml5.com/gqsbm/cpjj/

2º Dança se Move Ocupa – Espetáculos, Forum de discussões, conversas e residências artísticas
de 3 a 14/12 (terça a sábado),
03/12 (terça) – 19h
Abertura
“Devoramentos e Rupturas” – debate com Carmem Luz, cineasta e fundadora da Cia Étnica de Dança; Erica Malunguinho, educadora e deputada; Estela Lapponi, performer e videoartista;  Preta Ferreira, apresentadora, cantora e ativista por moradia.
Dj Eugênio Lima, pesquisador da cultura afro-diaspórica.
Acessível em libras
04/12 (quarta) – 19h – apresentações | Mediação: Vera Sala
“Eu em Ti” – Cia Carne Agonizante
"Eu Em Ti" tem como fonte de inspiração o poema de mesmo nome, escrito por Adalgisa Nery, companheira de Ismael Nery, um dos ícones da vanguarda brasileira. O foco é a abstração do corpo erótico e santificado, despojado de vida no tempo e no espaço, em busca da preservação dos elementos essenciais à existência.
Direção, Concepção e Coreografia: Sandro Borelli | Intérpretes: Alex Merino, Rafael Carrion e Renata Aspesi | Trilha sonora: Arvo Part (Fratres) | Luz: Sandro Borelli | Figurino: Elenco | Direção de Produção: Júnior Cecon.

Lugar de Cavalos / Afonso Costa 

“Lugar de Cavalos” – Afonso Costa
Em “Lugar de cavalos”, Afonso Costa constrói um depoimento cênico de suas andanças-vivências. Em busca de compreender o que é permitido ao corpo periférico que habita a cidade, o artista narra seus trajetos do bairro de Taipas, extremo Norte da cidade, até as regiões mais centrais.
Criação: Afonso Costa | Sonoplastia: Martim Gueller | Operação de luz: Ana Bonetti

Dissonancias - Gicia Amorim+Joaquim Zito+Foto Arnaldo J.G. Torres

“Dissonâncias” – Gícia Amorim e Joaquim ‘Zito’ Abreu
Processo colaborativo do percussionista Joaquim ‘Zito’ Abreu e a bailarina Gícia Amorim,” baseado nos conceitos de independência entre a ação coreográfica e o discurso musical, “Dissonâncias” apresenta obras com linguagens composicionais bastante distintas dentro do universo contemporâneo.
Coreografia/bailarina: Gícia Amorim | Percussão: Joaquim Zito Abreu | Fotografia: Arnaldo J.G. Torres



5/12 (quinta) – 19h – apresentações | Mediação: Vivian Cardozo
“Para se ver o que é possível” – Letícia Sekito | Companhia Flutuante
Pesquisa artística que acontece desde 2016, realizada em residências nas cidades de São Paulo, Florianópolis e Lisboa, este “Para se ver o que é possível”, criado especificamente para a 2a Ocupação Dança se Move, é uma prática urgente em favor da dança como forma vital, necessária e possível a todxs. 
Pesquisa e performance: Leticia Sekito|Companhia Flutuante | Parcerias: Beto de Faria, Elisabete Finger, Estela Lapponi, Fernanda Raquel, Gil Grossi, José Renato M Fonseca, Júlia Bergman, Inês Corrêa, Maíra Silvestre, Manuel Pessoa Lima, Mariana Viana, Mônica Siedler, Paula Nogueira Ramos, Paula Viana, Peter Michael Dietz, Plinio Higuti, Rodrigo Gontijo, Rubia Braga, Sofia Neuparth, Suiá  Burger Ferlauto, Ramiro Murillo, Valentina Parraviccini,  Cais Produção Cultural, CEO - Centro de Estudos Orientais, Projeto Cartografia do Possível-CRD, Terça Aberta no Kasulo.

 FilhXs da Rua-Ara Ijó+Crédito_Joyce Marques

“Filhxs da Rua” – Coletivo Ara Ijó
Espetáculo itinerante, criado em 2018, “Filhxs da Rua” aconteceu nas ruas, vielas e escadões do Jd. Maracanã - Zona Norte. Três personagens fictícios, Agnes, Deusdete e Zé, vindos de Catulé, se encontram para procurar Joaquim, um menino PRETO, que se perdeu ao longo da viagem. Neste percurso, os três são tomados por lembranças que se misturam com a realidade dos intérpretes-criadores.
Intérpretes: Thico Lopes, Reny Magalhães, Ingrid Marucci, Amanda Prates | Figurino e Fotografia: Caru Leão | Preparação Corporal: Urubatan Miranda | Produção: Renan Marangoni
“Igbàewe” – Lucimeire Monteiro
Do dialeto iorubá, igbá (cabaça), e ewe (folhas). “Igbàewe” resulta de pesquisa que reconhece o entendimento do povo negro e seus antepassados, preservando suas oralidades e contextualizando a mulher negra na cena afro-contemporânea.
Direção Geral: Val Ribeiro | Intérprete: Lucimeire Monteiro | Cenografia e Maquiagem: Gil Oliveira | Figurino: Talita Santana Alberto | Produção: Renan Marangoni

 Provocações Poéticas-Viver+Foto Thaís Taverna 

6/12 (sexta) – 19h – apresentações | Mediação: Kleber Lourenço
“Provocações Poéticas” – Viver núcleo de dança
“Provocações poéticas:... não se vive, não se morre e não se dança no retângulo de uma folha de papel” propõe uma ação performática que dialoga com o espaço, trazendo para a criação as palavras, os afetos e os corpos com suas (in/de)formações. Contemplado pelo 25º edital de Fomento a Dança.
Coordenação geral e direção artística: José Maria Carvalho | Dançarinos: Carlos Henrique, Paula Beatriz, Ronilson Silva, Thainá Souza | Paisagem sonora: Cecilia Miglorância | Cenografia/Figurinos: Roberta Santana | Luz: Ligia Chain | Video e Site: Graziela M. Cardoso | Foto: Thaís Taverna | Coord. de Produção: Thiago Camargo | Produção executiva: Jota Rafaelli | Produção: Espaço Viver Prod. Art.

Andar_ Ilha / Paulo Cesar Lima 

“Andar_Ilha: Estudos sobre o caminhar” – Luciana Bortoletto | ...AVOA!Núcleo Artístico
O ato de caminhar é ponto de partida para o gesto de dança. É também metáfora; comenta a errância de um corpo que quer dançar e seguir adiante. Ao interrogar-se sobre como a História esculpe sua estrutura e seu caminho sempre que impõe força e peso sobre suas trajetórias, elabora-se um autodepoimento.
Concepção, criação, interpretação: Luciana Bortoletto | Iluminação: Décio Filho | Realização: ...AVOA! Núcleo Artístico | Apoio: Aqui, Ali Dança e Cultura - Palacete Teresa Toledo Lara

Coisa Huiyin-Kairoz

“Coisa Huiyin” – Kairoz
“Coisa” são estudos práticos das forças coreográficas que conectam os corpos e os movem numa mesma direção. Corpos Elétricos Cosmopolíticos. Palácio da energia yin, Huiyin é o Portal da Vida e da Morte. Primeiro ponto do vaso concepção, que o conecta com o vaso governador e o vaso penetrador.
Coreografia: Daniel Fagus Kairoz | Dança: Aline Brasil, Guma Muliterno, Erika Malavazzi, Luann Dias, João Pedro, Rafael Carrion e Richard Reis.

7/12 (sábado) – 19h – apresentações | Mediação: Wellington Duarte
“Povoado de Coisas Vivas” – Helena Bastos | Musicanoar
“Meu corpo é um povoado / Povoado de coisas vivas / Carrego no peito alguns povos/ Carrego no tempo muitos povos". Este fragmento de um poema maior intitulado “Povoado de Coisas Vivas” é o disparo para o espetáculo solo de Helena Bastos, que evoca memórias entre coisas vividas e vivas. Coisas é tudo que nos envolve em termos de vida nesse mundo. Pessoas, cidades, espaços, pensamentos, emoções, caminhos, ideias.
Concepção, Coreografia e Atuação: Helena Bastos | Provocador coreográfico: Raul Rachou | Preparação de atuação: Ney Piancentini | Plano de Luz: Musicanoar | Produção: Cristiane Klein e Juliana Vinagre.

Pedreira!-Kleber Lourenço-Foto Felipe Sales

“Pedreira!”– Kleber Lourenço | Visível Núcleo de Criação
“Pedreira!” versa sobre justiça, sobre a dureza e a leveza da pedra como metáfora para falar de  corpos que se deslocam em diáspora do terreiro para a cidade, em ações de luta e sobrevivência.
Criação e Interpretação: Kleber Lourenço | Criação sonora e execução de música ao vivo: George Ferreira | Colaboração na dramaturgia sonora: Missionário José | Colaboração dramatúrgica: Luciana Lyra | Direção de arte: Victor Paula | Criação e execução de luz: Clébio Ferreira (Dedê) | Operação sonoplastia: Gervásio Braz | Fotografia: Felipe Sales | Marketing Digital: Rafael Ventuna | Produção e realização: Visível Núcleo de Criação.

O que se perde-Vinícius Santi

“O que se perde” – Vinícius Santi – Nenhum Caminho
Em "O que se perde", os gestos envolvidos na dança espreitam a possível potência vital que deles possam emergir. Perder-se para adentrar o desconhecido de si mesmo e ganhar seu próprio mundo. Para um novo pensar é necessário que o indivíduo se vá. Como nos ritos, uma dança, uma passagem e uma morte.
Dançarino: Vinicius Santi | Trilha sonora: Cecilia Miglorancia | Luz: Canejo
10/12 (terça) – 19h – Fórum “Arte e censura hoje”
Convidados: Cléia Plácido, Deise de Brito, Luciana Bortoletto (bailarinas, artistas-educadoras), Dorberto Carvalho (presidente do Sindicato dos Artistas); Elle de Bernardini (artista plástica e bailarina não-binária), Juliana Cardoso (vereadora), Rafael Oliveira (diretor do Núcleo IÊÊ), Regina Galdino (diretora teatral e atriz), Rudifran Pompeu (Cooperativa Paulista de Teatro e diretor do Grupo Redimunho de Investigação Teatral) e Sandro Borelli (diretor da Cia Carne Agonizante e presidente da Cooperativa Paulista de Dança).
11/12 (quarta) – 19h – apresentações | Mediação: Ana Sharp
“Zona” – Menos 1Invisível
Zona é um lugar de acontecimentos onde materialidades se dispõem e não se sobrepõem, se acoplam e se dissolvem, propondo uma experiência sobre o uso do tempo, território e identidade. Contemplado pelo 25º edital de Fomento a Dança.
Direção geral: Cléia Plácido | Direção artística: Luisa Coser | Performance e criação: Cléia Plácido, Rafael Carrion, Rafael Markhez e Patricia Pina Cruz | Colaboração Dramatúrgica: Wellington Duarte | Desenho de Luz: Hernandes Oliveira | Ambiente sonoro: Pedro Pagnuzzi | Fotografia: Arô Ribeiro | Direção de produção: Solange Borelli – Radar Cultural.

Relações possíveis na encruzilhada-Fragmento Urbano+Foto Marcos Bacagine

“Relações Possíveis na Encruzilhada” – Fragmento Urbano
Em “Relações Possíveis na Encruzilhada”, quatro dançarinos se confrontam com suas marcas sociais e relacionais na cidade. Tomando a rua enquanto paisagem dramatúrgica, este experimento traz uma pesquisa de composição com a cidade e com movimentações que transitam entre as danças urbanas e as danças brasileiras.
Direção: Douglas Iesus | Corpos em cena: Anelise Mayumi, Douglas Iesus,Tiago Silva e convidadxs | Apoio cênico: Iolanda Costa e Liana Cunha | Mídias Sociais: Alice Yuki | Produção: Anelise Mayumi.


Quero sentir toda a realidade-Coletivo Sobrepor

“Quero sentir toda a realidade que é estar com você” – Coletivo Sobrepor
Pensando em como os relacionamentos se constroem e se dão os laços com a simplicidade do afeto, "Quero sentir toda realidade que é estar com você" traz visões das realidades num relacionamento homoafetivo, com seus risos, riscos e clichês.
Intérpretes e Dramaturgia: Luan Rodrigues e Luciano Carvalho | Iluminação: Alexandre Yudi | Sonoplastia: Thiago Mor.
12/12 (quinta) – 19h – apresentações | Mediação: Cléia Plácido
“Boi da cara preta” – Núcleo Djalma Moura
“Boi da cara preta” marca a chegada do vento-bicho. Com o entendimento de uma dança cíclica, que arrebata qualquer temporalidade ocidental e escava estratégias de resistência às normatividades da vida contemporânea, cria fissuras entre mundos para promover a potencialidade ancestral.    
Concepção, Direção e Dança: Djalma Moura | Concepção de Luz: Fernando Melo | Operação técnica e Produção: Erico Santos | Apoio: Plataforma dos Exercícios Compartilhados - orientação Adriana Grecchi.

Relation X-NIC+Foto Humberto Silva

“Relation X” – Núcleo Improvisação em Contato – NIC
O contato improvisação é elemento fundamental da pesquisa a que se propõe o Núcleo. As relações de corpo e movimento fizeram emergir questões como aceitação, rejeição, preconceito, discriminação, poder. Em cenas que sugerem uma narrativa de conflitos, através da improvisação cênica exploram-se os limites físicos de certas situações a que estão sujeitas todas as relações.
Direção: Ricardo Neves | Contatistas criadores-intérpretes: Dresler Aguilera, Mariana Tacques, José Andrés, João Gomes, Ryan Lebrão, Ricardo Aparecido Silva e Ricardo Neves | Figurino: NIC.

Um primeiro movimento -Luciana Beloli

“Um primeiro movimento” – Luciana Beloli / Dança Acontecimento
“Um primeiro movimento” é uma dança que partilha do corpo-maternidade. Após dois anos e nove meses de muitas danças solitárias ou em parceria com o bebê, questionamentos e o criar-se ao criar nessa experiência viva-transformadora expõem o corpo que está e o corpo que se produz nessa dança-acontecimento.
Dançarinos: Luciana Beloli e Aion Beloli Santi | Iluminação: Alfredo Nora Neto | Som: Cecilia Miglorancia.

La assimetria-Estela Laponi+foto Leticia Maia


13/12 (sexta) – 19h – apresentações | Mediação: Michele Carolina
“!la assimetria es más rica!” – Estela Lapponi
A repetição como estratégia de dilatação de uma ideia que se quer propagar: a cada vez que a frase ¡La asimetría es mås rica! é dita, ganha-se mais camadas do que isso vem a significar. A lida do corte de cada fruta se dá no momento presente e as dificuldades de se cortar usando apenas uma mão, também.
Concepção e performance: Estela Lapponi | Painel: Valter Nu.


 Fluídos Dilatantes-Alexandre Yudi foto Letícia Rodrigues

“Fluidos Dilatantes – Uma metáfora com possibilidades afetivas” – Alexandre Yudi e Thiago Mor  
Pesquisa de Contato Improvisação que se baseia no estudo dos Fluidos Não-Newtonianos. Através das percepções e experiências dos dançarinos-pesquisadores, o trabalho utiliza as interações afetivas como aliadas da física, propondo uma reflexão sobre as nuances de uma relação a dois.
Performance: Alexandre Yudi e Thiago Mor | Som: Luan Rodrigues | Luz: Luciano Carvalho
“Filhxs --da-- P°##@ - T O D A” – Coletivo Calcâneos
O pulso do coração da humanidade parou. “Filhxs --da---Pº##@! - T O D A” transpõe as dores da periferia delimitadas aos corpos que compõem os altos índices de preconceitos sociais.
Núcleo de Direção Geral: Joelma Souza, Victor Almeida e Vinicius Longuinho | Direção Artística: Victor Almeida | Pesquisadores corporais (elenco): Bárbara Oliveira, Joelma Souza, Lucas Pardin, Marina Lima, Richard Pessoa, Thainá Souza e Victor Almeida | Musicistas: Alex Barbosa e Fefê Camilo | Ensaiador: Rivaldo Ferreira | Figurino: Adélia Wellington | Cenário: Victor Almeida | Trançadeira: Iolanda Costa | Iluminação: Juliana Jesus | Fotografia: Jack Bones | Designer Gráfico e Digital: Felipe Pardini | Social media: Joelma Souza | Produção: Coletivo Calcâneos.
14/12 (sábado) – 19h – apresentações | Mediação: Helena Bastos
“A última mulher do mundo” – Núcleo Patrícia Noronha
Investigação cênica em torno da noção do vazio e do tempo suspenso. A refeição, talvez a última, de uma mulher que seria a Última Mulher do Mundo. Em meio a depoimentos de estupro, instaura-se a dúvida sobre realidade e ficção. A presença de seu voluntarioso cãozinho intensifica essa dúvida e avoluma a sensação de irrealidade.
Concepção, dramaturgia e direção: Patrícia Noronha | Elenco: Patrícia Noronha e Nick of Spring | Sonoplastia: Patrícia Noronha | Operação de Som: Mariá Portugal e Patrícia Noronha | Operação de luz: Mariá Portugal


Zona provisória-Rubia Braga

“Zona provisória” – Rubia Braga
Os estudos para esta dança situam-se na percepção do tempo enquanto um labirinto que opera conexões de forma não linear, cuja essência é a transformação constante. Somos corpos de passagem, configurações sempre provisórias. Tudo está em constante movimento e transformação. 
Criação e dança: Rubia Braga | Som: Music for a distance - Rolf Julius |  Agradecimentos: Oficina Cultural Oswald de Andrade e Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo
Residências artísticas
04 a 6/12 (quarta a sexta) – 14h às 17h
“Olhares da Improvisação na dança” – Cléia Plácido e Ricardo Neves
A proposta, que integra a pesquisa dos dois artistas, é oferecer ferramentas e estratégias de criação e composição a partir de técnicas de rolamento, fluidez, respiração, quedas, jogos, carregamentos, vôos, escuta cênica (relação, sensação, tempo). No último dia, sessão de compartilhamento da pesquisa.
Público-alvo: pessoas que se interessem por improvisação e performance, com ou sem experiência.
Inscrições: no dia 03/12, no local da residência (CRDSP), por ordem de chegada
20 Vagas
10 a 13/12 (terça a sexta) – 10h às 13h
“Pedagogias das danças” – Ana Sharp e Paula Petreca
Oficina teórica e prática dirigida a professores, pesquisadores, estudantes e interessades no tema, que pretende refletir sobre as possibilidades e caminhos de ensino e aprendizagem da dança, e ampliar o olhar para outras perspectivas pedagógicas e de processos de criação
Público-alvo: Professores, pesquisadores, estudantes e interessades no tema
Inscrições através do link: https://forms.gle/fonzfnQWSbN5ufEP7
20 Vagas
10 a 14/12 (terça a sábado) – 14h às 17h
“Dança e(m) Espaços Urbanos” – Fernanda Ligabue, Jovem Palerosi, Michele Carolina e Mônica Cristina Bernardes
Conduzida por uma equipe transdisciplinar composta pelas dançarinas Michele Carolina e Mônica Cristina Bernardes, pelo músico Jovem Palerosi e pela Videomaker Fernanda Ligabue, propõe, entre outros procedimentos, exercícios em sala de ensaio, intervenções em espaços urbanos, derivas, estudos topológicos e geográficos, estudos sonoros e audiovisuais, leitura de textos e documentos que descrevem e regulam os usos do espaço público.
Público-alvo: Artistas da dança, música, audiovisual, artes plásticas e literatura.
Inscrições: enviar email para coletivoruinas@gmail.com, com um breve compartilhamento do interesse pelo trabalho a ser desenvolvido durante a residência e a linguagem que deseja focar sua atuação, caso haja.
30 Vagas

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