Rincon Sapiência (Andreh Santos/Divulgação) |
Fonte : Equipe Auditório Ibirapuera
Rincon Sapiência sobe ao
palco do Auditório Ibirapuera, acompanhado do DJ Mista Luba e de sua banda –
formada por Nunah Oliveira (percussão), James Bantu (backing vocal), Kiko de
Souza (teclado), Maurilio Santiago (bateria), Nicolas Carneiro (baixo) e Robson
Heloyn (guitarra) – para fazer um dos últimos shows da turnê que comemora os
dois anos de lançamento de seu primeiro disco, Galanga Livre (2017).
Além das músicas desse álbum, o repertório é composto do primeiro sucesso do
artista – “Elegância” –, de hits do EP SP Gueto BR (2014)
e de singles mais
recentes, como “Placo” e “Mete Dança (Verso Livre)”.
“Esse show vai ser muito especial”,
fala Rincon Sapiência. “Quando lançamos Galanga Livre, a ideia era
reproduzi-lo ao vivo no palco com o máximo de fidelidade possível em relação ao
álbum. Mas com o passar do tempo fomos repaginando a apresentação. Agora, a
ideia é fazer uma mescla, mantendo o equilíbrio de trazer a energia de sua
sonoridade – que passa pelo rock e pela música afro, entre outros gêneros
musicais –, mas com novidades e de forma impactante para quem está vendo”, diz.
“Posso adiantar que teremos surpresas, inclusive na forma como a banda vai
mostrar as músicas.”
Além de subir aos palcos país afora
com os shows da turnê de Galanga Livre, o MC vem realizando, nos
últimos tempos, trabalhos nas áreas de dublagem (na animação Ugly
Dolls, com a voz do personagem Ugly Dog), de publicidade e de
produção musical. Ele conta que desde 2018 está atuando como empresário de sua
carreira, como diretor do seu próprio selo musical – MGoma – e na construção de
seu novo disco (com lançamento previsto para este ano). Rincon diz que está
aprendendo bastante e se divertindo muito com todo o processo que envolve “a
nova atividade” e a produção do futuro álbum.
“Dois anos é um tempo considerável
para ter novas ideias e posturas em relação a como construir, conduzir, compor
e tudo mais. E de 2017 [data de lançamento de Galanga Livre] para
cá muita coisa mudou na política, na música, no choque geracional”, fala.
“Surgiram novos artistas fazendo trabalhos grandiosos que influenciam o público
e, inconscientemente, outros artistas também. E isso é cíclico. Sempre tem
aquela fonte inspiradora mais velha, depois o sangue novo se inspira nesse mais
velho e traz novidades. Então se colocar com personalidade dentro desse
processo todo é um desafio. Porém, diria que estou num momento muito especial,
não só pelo aniversário de Galanga Livre, mas pela
construção do disco novo”.
Grande
fã de álbuns, Rincon acrescenta que apesar de todas as novas tecnologias
existentes e do imediatismo da internet – que possibilita ao artista lançar
trabalhos inteiros nas plataformas digitais – dá muito valor ao álbum não só
como produto, mas também como registro de memória e rica fonte de linguagem e
informação. E que agora, com o selo MGoma, pretende gerenciar e produzir novos
artistas e projetos que tragam contribuição para o cenário musical.
“Sou
um cara que dá muito valor para álbuns, mesmo sabendo que hoje em dia, com a
velocidade das coisas da internet, ele é mais um ‘cartão’, um registro de
memória, do que necessariamente o trabalho essencial de um artista”, diz. “Eu
me apaixonei por música ouvindo bons discos – de samba, de música pop, de
música norte-americana, de rap nacional e internacional, entre outros. A capa,
a fonte, a arte gráfica desses trabalhos, tudo isso é muito relevante para mim.
Carrego muitas memórias dessas linguagens na minha construção de música. Então,
eu me vejo na responsabilidade de devolver isso, de tentar fazer grandes obras,
com grandes capas e grandes músicas. As novidades nos esperam”.
A
apresentação conta com interpretação na Língua Brasileira de Sinais (Libras
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