BLACK BRECHT E SE BRECHT FOSSE NEGRO? VOLTA EM CARTAZ NO GALPÃO DO FOLIAS

Peça, que tem direção de Eugênio Lima e dramaturgia de Dione Carlos, é livremente
inspirada na peça O Julgamento de Luculus, de Bertolt Brecht.


Uma imagem contendo parede, interior

Descrição gerada automaticamente

Black Brecht | Crédito das fotso: Cristina Maranhão


Após temporada no Sesc Pompeia, o espetáculo Black Brecht e se Brecht Fosse Negro? volta em cartaz no dia 23 de maio, às 21h, no Galpão do Folias (R. Ana Cintra, 213, Santa Cecília, SP) com apresentações até 09 de junho, de quinta a domingo.

Perante o Supremo Tribunal do Reino das Sombras apresenta-se Luculus Brasilis, o general civilizador, que precisa prestar contas da sua existência na terra para saber se é digno de adentrar no Reino dos Bem-Aventurados. Sob a presidência do juiz dos Mortos, cinco jurados participam do julgamento: um professor, uma peixeira, um coveiro, uma ama de leite e um não-nascido. Estão sentados em cadeiras altas, sem mãos para segurar nem bocas para comer, e os olhos há muito apagados. Incorruptíveis.

A partir deste enredo a trama da peça foi sendo construída, com início durante a ocupação do Legítima Defesa, no próprio Sesc Pompéia, em novembro de 2017. Em duas imersões abertas ao público (estudos e dramaturgia), foram dez dias de trabalho. Em março de 2018, também na Unidade, foi apresentado ao público mais uma etapa, com um módulo de imersão (encenação).

Em junho de 2018 o projeto Black Brecht: E se Brecht fosse Negro? foi contemplado com o Prêmio Zé Renato de apoio à produção e desenvolvimento da atividade teatral para a cidade de São Paulo. A partir daí, durante nove meses, o grupo Legítima Defesa se debruçou sobre aquilo que começou como uma provocação: e se Brecht fosse Negro? Nesta provocação, qual seria o lugar ocupado pela raça? Sua obra seria lida por uma perspectiva interseccional, unindo classe, raça e gênero? Seria possível construir um espetáculo sobre uma perspectiva afro brasileira diaspórica da obra e dos procedimentos de Brecht?

Para compor o texto de Black Brecht, foram utilizados diversos materiais - escrituras coletivas, dramaturgias sonoras, gestos, outras imersões públicas, exposições e diversas intervenções urbanas.

“A assertividade na lida com o público é dado recorrente desde “Em Legítima Defesa”. Em “A Missão em Fragmentos”, também não eram poucas as cenas de diálogos entre atores no meio da plateia. O corpo-a-corpo é elemento fundamental na concepção cênica de Eugênio Lima, que dirige as encenações, mesmo quando a ação se concentra no palco.”
(Amilton de Azevedo para o Ruína Acessa)
Sobre o Legítima Defesa

O Legítima Defesa é um coletivo de artistas/atores/atrizes de ação poética, portanto política, da imagem da "negritude", seus desdobramentos sociais históricos e seus reflexos na construção da "persona negra" no âmbito das linguagens artísticas. Constituindo desta forma um diálogo com outras vozes poéticas que tenham a reflexão e representação da "negritude" como tema e pesquisa.
Este ato de guerrilha estética surge da impossibilidade, surge da restrição, surge da necessidade de defender a existência, a vida e a poética. Surge do ato de ter voz.

Ser invisibilizado é desaparecer, desaparecer é perder o passado e interditar o futuro, portanto não é uma opção.

Formado em 2015, o coletivo apresentou a performance poético-política "Em legítima defesa" na Mostra internacional de Teatro de São Paulo de 2016. Em 2017, estreou o espetáculo "A missão em fragmentos – 12 cenas de descolonização em legítima defesa" na programação da Mostra internacional de Teatro. Tem em sua bagagem uma série de Intervenções Urbanas.  Atualmente, finaliza o processo da pesquisa "Black Brecht – e se Brecht fosse negro?", projeto contemplado pelo Prêmio Zé Renato 2018.

Ficha técnica
Direção: Eugênio Lima
Dramaturgia: Dione Carlos
Intervenção Dramatúrgica: Legítima Defesa
Elenco: Eugênio Lima, Walter Balthazar, Luz Ribeiro, Jhonas Araújo, Palomaris Mathias, Tatiana Rodrigues Ribeiro, Fernando Lufer, Luiz Felipe Lucas, Luan Charles, Marcial Macome e Gilberto Costa.
Coprodução: Associação Cultural Núcleo Corpo Rastreado e Umbabarauma Produções Artísticas
Produção Executiva: Iramaia Gongora e Gabi Gonçalves
Assistência de Direção: Iramaia Gongora
Assistência de Produção: Thaís Souza
Direção Musical: Eugênio Lima e Neo Muyanga
Música: Luan Charles, Eugênio Lima, Neo Muyanga, Roberta Estrela D’Alva, Dropê Selva, Suyá Nascimento, Atila F. Silva, Everton Martins, Danilo Rocha, Thiago Bernardes e Pedro Teixeira
Cenário: Renato Bolelli
Iluminação: Matheus Brant
Fotografia: Cristina Maranhão
Vídeointervenção: Bianca Turner
Vídeodocumentário e Filme: Ana Júlia Travia
Trilha do Filme: letra Azagaia, voz Roberta Estrela D’alva, música Eugenio Lima
Figurino: Claudia Schapira
Direção de gesto: Luaa Gabanini
Preparação Corporal e Coreografia: Luaa Gabanini e Iramaia Gongora
Spoken Word e Preparação Vocal: Roberta Estrela D'Alva
Danças Urbanas Africanas: Mister Prav
Direção de Arte Gráfica: Jader Rosa 
Design: Juliana Aguiar e Renan Magalhães -Estúdio Lumine
Operador de Som: João de Souza Neto, Clevinho Souza e Vivi Santana
Cenotécnico: Wander Wagner da Silva  
Dançarinas: Regina Santos e Malu Avelar
Intérpretes de Libras: Érika Mota, Thalita Passos, Luana Manine e Carol Martins
Costureira: Cleusa Amaro da Silva Barbosa
Gravação, Edição, Mixagem e Masterização: Rodrigo Locaut
Imagem de Vídeo: Sabotage: "Respeito É Pra Quem Tem"- Tatiana Lohmann
Fotografia Baobá: Daniel Lima
Estandarte: Renato Caetano
Agradecimentos à Zózimo Bulbul (in memorian), Biza Vianna pela cessão das imagens e a equipe do Centro Afrocarioca de Cinema Zózimo Bulbul




SERVIÇO:
Black Brecht e se Brecht Fosse Negro?
De 23 de maio a 09 de junho de 2019, quinta a sábado, às 21h, domingo, às 19h.
Galpão do Folias – Espaço Reinaldo Maia
R. Ana Cintra, 213 - Santa Cecília – SP (Metrô Santa Cecília)
Classificação indicativa: Não recomendado para menores de 18 anos.
Duração: 90 minutos aproximadamente | Capacidade: 74 lugares
Ingressos: R$ 20 (inteira)/ R$ 10 (*meia)
*Estudantes, professores da rede pública de ensino, aposentados e pessoas com mais de 60 anos, classe artística e moradores da região com comprovante.
Informações e reservas: (11) 3361.2223 - As reservas ficam garantidas em nossa bilheteria até 30 minutos antes do início do espetáculo.

A venda online é limitada e os ingressos também serão vendidos em nossa bilheteria que abre com 2h de antecedência.

Acesso para pessoas com mobilidade reduzida.
Estacionamento conveniado.

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