TEATRO GRÁTIS na Ocupação Artística Canhoba

O Buraco d’Oráculo leva projeto de residência
ao bairro Perus com o Grupo Pandora de Teatro


o Cuzcuz Fedegoso / Foto : Carlos Goff


Em maio, a Circulação - Residência do grupo O Buraco d’Oráculo chega ao bairro Perus, zona norte paulistana, numa parceria com o Grupo Pandora de Teatro. Os espetáculos sãogratuitos e acontecem entre os dias 4 e 12/5 (sábados e domingos), no Teatro e na Praça da Ocupação Artística Canhoba, local de atuação do Pandora.

A programação é formada por quatros espetáculos: O Buraco d’Oráculo apresenta O Encantamento da Rabeca (dia 4/5), O Cuscuz Fedegoso (dia 5/5) e Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro! (dia 12/5); já o Grupo Pandora encena sua recente montagem Comum (dia 11/5).

A Circulação - Residência é parte do projeto Buraco 20 Anos: da (R)existência na Rua à Poesia em Cena, contemplado pela 32ª Edição do Programa de Fomento ao Teatro Para a Cidade de São Paulo. Teve início em outubro de 2018, no Parque São Rafael junto ao Grupo Rosas Periféricas; em fevereiro de 2019, aportou em Cidade Tiradentes com o Circo Teatro Palombar, ambos na zona leste. O objetivo do Buraco d’Oráculo com esta iniciativa é promover uma circulação de teatro de rua a partir do próprio repertório em territórios de companhias parceiras e, juntos, comandarem um período de programação local.

O Encantamento de Rebeca / Foto : Sheila Signatário 


Programação – Maio/2019

4 de maio. Sábado, às 19h
Espetáculo: O Encantamento da Rabeca
Com: O Buraco d’Oráculo
Local: Ocupação Artística Canhoba (Teatro)

Sinopse: O Encantamento da rabeca conta histórias de transformações vividas por mulheres brincantes - que cantam, tocam, dançam, usam bonecos e máscaras com intuito de revelar o protagonismo, a fragilidade, a força e a resistência dessas mulheres em terreno originalmente masculino.

Ficha técnica - Direção: Lu Coelho. Texto: Lu Coelho com colaboração de Pablo Dantas e Cleydson Catarina. Elenco: Lu Coelho e Nataly Oliveira.
Duração: 50 min. Classificação: Livre.

5 de maio. Domingo, às 16h
Espetáculo: O Cuscuz Fedegoso
Com: O Buraco d’Oráculo
Local: Ocupação Artística Canhoba (Praça)

Sinopse: Entre os quitutes vendidos por Dona Maria está um cuscuz feito com fedegoso, um matinho cheiroso, mas que não faz lá muito sucesso. Um belo dia, ela oferece a iguaria a um pedinte que, para não pagar pelo alimento, finge passar mal.

Ficha técnica - Direção: Elizete Gomes. Texto: Edson Paulo. Elenco: Lu Coelho, Mizael Alves, Nataly Oliveira e Edson Paulo.
Duração: 50 min. Classificação: 14 anos.

11 de maio. Sábado, às 19h
Espetáculo: Comum
Com: Grupo Pandora de Teatro
Local: Ocupação Artística Canhoba (Teatro)


Pelas Ordens do Rei / Foto : Carlos Goff


Sinopse: A peça conta três histórias ligadas à descoberta de uma vala comum clandestina criada no período da ditadura militar brasileira: a busca de um filho por informações de seus pais desaparecidos políticos; o dilema de dois coveiros encarregados da criação de uma vala; uma jovem estudante que se aproxima do ativismo político. 1970 e 1990 são épocas distintas que se entrelaçam nos fragmentos das histórias e evidenciam causas e consequências. Inspirado na história da vala comum do Cemitério Dom Bosco, no bairro de Perus, São Paulo/SP.

Ficha técnica – Texto e direção: Lucas Vitorino. Elenco: Filipe Pereira, Rodolfo Vetore, Rodrigo Vicente, Thalita Duarte e Wellington Candido. Design de luz e música: Elves Ferreira. Operação de luz: Caroline Alves. Edição de vídeo: Filipe Dias. Figurino: Thais Kaori. Cenografia: Lucas Vitorino e Thalita Duarte. Cenotecnia: Eprom Eventos e Luis Fernando Soares. Operação de vídeo: Lucas Vitorino. Treinamento corporal: Rodrigo Vicente e Rodolfo Vetore. Preparação corpo e voz: Paula Klein. Produção: Caroline Alves e Thalita Duarte.
Duração: 110 min. Classificação: 12 anos.

12 de maio. Domingo, às 16h
Espetáculo: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro!
Com: O Buraco d’Oráculo
Local: Ocupação Artística Canhoba (Praça)

Sinopse: Pelas Ordens do Rei Que Pede Socorro! é uma intervenção teatral que utiliza a poesia como forma dramatúrgica. Baseando nos princípios da “cenopoesia” em que imagens, gestos, canções e palavras se misturam para completar um todo. O Buraco d’Oráculo leva à cena um recorte de poemas por meio de cenas fragmentadas que transitam entre o cômico e o dramático com leveza poética, mas também de forma contundente, tocando em temas do nosso cotidiano e de nossa sociedade.

Ficha técnica - Texto: Ray Lima. Direção: Elizete Gomes. Elenco: Luiza Galavotti, Lu Coelho, Mizael Alves, Nataly Oliveira e Edson Paulo.
Duração: 50 min. Classificação: 14 anos.

Serviço

Teatro de rua: Circulação - Residência
Dias 4, 5, 11 e 12 de maio
Horários: Sábado, às 19h, e domingo, às 16h
Grátis. Livre.
Ocupação Artística Canhoba
Rua Canhoba, 299, Vila Fanton - Perus (próximo à caixa d’água)

Informações / Circulação - Residência: (11) 98152-4483


Os grupos

O Buraco d’Oráculo - O grupo nasceu, em 1998, resultado do trabalho do Núcleo de Teatro de Rua, da Oficina Cultural Amacio Mazzaropi, que, hoje, se encontra com as portas fechadas, deixando uma lacuna nas ações de fomento à cultura por parte do poder público. O trabalho do grupo é calcado em três pontos estético/políticos: a rua, local fundamental para promover o encontro direto com o publico; a cultura popular, fonte inspiradora; e o cômico, destacando-se a farsa e as relações com o denominado “realismo grotesco”. O Buraco d’Oráculo optou pelo popular e pela rua como determinação e alvo de crítica. Com seus trabalhos o grupo encontrou um público diferente daquele que frequenta as tradicionais salas de espetáculos, e começou a desenvolver projetos de forma descentralizada, buscando democratizar o acesso ao fazer teatral, e promover uma reflexão sobre o mesmo. Por isso, desde 2002, atua na zona leste da cidade de São Paulo, sobretudo na região de São Miguel Paulista, sendo a Praça do Casarão seu principal ponto de atuação, desde 2004. O Buraco d’Oráculo já produziu 11 espetáculos que são protagonizados por pessoas comuns e que estão à margem da sociedade. Dessa forma busca discutir o homem urbano e seus problemas.

Grupo Pandora de Teatro - Em 2019, o Grupo Pandora de Teatro comemora 15 anos de trabalho de pesquisa e criação teatral no bairro de Perus. Fundado em julho de 2004, a partir do Projeto Teatro Vocacional da Secretaria de Cultura do Município de São Paulo, desenvolve trabalho de pesquisa e criação, fortalecendo parcerias com polos culturais e artistas da região. Realizou as montagens: O Senhor Puntilla e Seu Criado Matti, criação coletiva a partir do texto de Bertold Brecht (2004); A Igreja do Diabo, adaptação do texto homônimo de Machado de Assis (2005); Tietê, Tietê, criação coletiva a partir do texto de Alcides Nogueira (2006); Jesus-Homem, de Plinio Marcos, direção de Lucas Vitorino (2006); A Revolta dos Perus, criação coletiva sobre a história do bairro Perus (2007); Canibais Vegetarianos Devoram Planta Carnívora, criação coletiva com dramaturgia de Vince Vinnus, direção de Lucas Vitorino (2012); Relicário de Concreto, criação coletiva com dramaturgia de Vince Vinnus, direção de Lucas Vitorino (2013); Jesus-Homem, criação coletiva inspirada no original de Plínio Marcos, direção de Lucas Vitorino (2015); Ricardo III Não Terá Lugar ou Cenas da Vida de Meierhold, de Matéi Visniec, direção de Lucas Vitorino (2015); Nomes para Furacões (2017) e Comum (2018), ambos com texto e direção de Lucas Vitorino.


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