Delegação brasileira participa da Jornada Científica África Brasil, em Burkina Faso






A delegação brasileira, composta por intelectuais negro e religiosos de matriz africanas, coordenada pelo Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos, participou nessa quarta - dia 27, da Journee Scientifique Afrique-Bresil organizada pelo Comité International Joseph Ki-Zerbp pour L’Afrique et as Diaspora (CIJKAD) - que tem como Presidente Moumini Tiegnan e Vice-Precidente o Professor Lazare Ki-Zerbo. Em em parceria com o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), do Rio de Janeiro, o evento aconteceu no Autorité du LIPTAKO-GOURMA, em Ouagadoudou, capital de Burkina Faso.

Contou a participação representantes religiosos, intelectuais africanos e ativistas de movimentos sociais de Ouagadougou. Assim, com o tema Religion, Identités, Sécurité et Démocratie a Jornada fomentou debates sobre intolerâncias religiosa, poesia afro-brasileira, educação antirracismo e segurança nacional. 
Ivanir dos Santos de Mamadou Jerbo 



Para Ivanir dos Santos, que participou como convidado de honra da mesa de abertura, palestrando sobre Intolerância Religiosa no Brasil Contemporâneo. 
"A jornada é uma resposta aos novos desafios posto diante da forte onda de racismo, intolerância e xenofobia que vem se acirrando nas relações globais". segundo Ivanir, que ainda completou "Foi construída sob várias mãos negras africanas e afro-brasileiras, é o ponto de encontro das duas pontas do atlântico. Pontas essas que se unem contra todas as formas de discriminação, faltam de equidade, respeito e tolerância".

O Babalawô ainda pontua que "O intuito do evento é, também, fortalecer projetos afro-diaspóricos que possam evidenciar não só as identidades negras que durante séculos foram silenciadas". 
Saindo da linha das análises sobre os desafios frentes a intolerâncias religiosa e o racismo, a Jornada também contou com brevíssimas análises sobre o pensamento de Joseph Ki-Zerbo e a Lei 10.639 no Brasil, apresentada pela doutoranda em História Comparada da UFRJ - Mestra Mariana Gino. Que vem desenvolvendo pesquisa de doutorado sobre o pensamento intelectual e politico de Joseph Ki-Zerbo, onde pontuou que "A Lei 10.639 é a base do pensamento de Joseph Ki-Zerbo,  na medida em que a lei fomenta uma possibilidade de reescrita da historias abro-brasileira a partir das experiências dos sujeitos negro e não, apenas, sobre a ótica do colonizador".
Além dos palestrantes, presentes Jacques D'Adesky, Elé Semog, Thomas Quedraogo, Iman Alidou Ilboudo, entre outros que abrilhantaram o ciclo de palestras, ressaltando a qualidade dos argumentos e ponderações. Destaque especial com a presença de Mamaduo Zerbo, amigo de Joseph Ki-Zerbo, que foi dar uma conferida no colóquio. 

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