50 ANOS DE AI5 - INTERVENÇÃO ARTÍSTICA

Figura 1 Grupo Estudo de Cena em intervenção na Avenida Paulista em 1º de abril de 2017, menção ao sangue de negros, negras e população pobre das periferias que continua a sofrer com a violência de Estado.


Mães de Maio, Comitê Memória Verdade e Justiça, Comissão de familiares de mortos e desaparecidos políticos,
Coletivo Merlino, Companhias de Teatro da Cidade de São Paulo, Paulinho Tó, Cabaré Feminista,
Bloco das Pombagira, Banda Anhangabaíba, Arrastão dos Blocos, Slam da Guilhermina e
muitos outros no CORDÃO DA MENTIRA 2018 no dia 13 de dezembro





Resistir ocupando o esquecimento com memória - 50 Anos do AI5. Ato no dia 13 de dezembro - na emblemática Rua Maria Antonia - levará para o espaço urbano as intervenções artísticas e falas de pessoas representativas de movimentos sociais ligados à luta de direitos humanos e ex-presos políticos da ditadura

O Cordão da Mentira é um bloco carnavalesco de intervenção estética e política formado por sambistas, grupos de teatro, coletivos culturais e artísticos, militantes e movimentos sociais, desfila pelas ruas de São Paulo desde 2012 denunciando a verdade sobre a mentira do nosso passado que não passa. Ocupamos as ruas para lembrar o sangue derramado por nossos tombados de ontem e hoje. Nossa antiguidade histórica de violência e opressão se repõe e nossos mortos clamam por serem escutados.


Neste ano, o Cordão estará na rua, num ato simbólico, na lateral do prédio da Maria Antônia, em 13 de dezembro de 2018, dia em que, há 50 anos atrás foi assinado o Ato Institucional nº 5. O AI5 institucionalizou os crimes de Estado da ditadura civil-militar dando ao regime uma série de poderes para reprimir seus opositores como: fechar o Congresso Nacional e outros legislativos, cassar mandatos eletivos, suspender por dez anos os direitos políticos de qualquer cidadão, intervir em Estados e municípios, decretar confisco de bens por enriquecimento ilícito e suspender o direito de habeas corpus para crimes politicos, além do recrudescimento da censura nas universidades e no campo artístico.
Neste momento em que nosso país ameaça regredir 50 anos e voltar aos tempos da ditadura civil-militar, que gente nossa começa a tombar pelas ruas assassinados pela covardia da extrema direita, convidamos a todos para dizer mais uma vez em alto e bom som: Não aceitamos mais ditaduras, genocídios e torturas em nome de uma elite assassina. Não compactuaremos com regimes de exceção. Não aceitaremos mais um novo regime de autocracia racista, machista a condenar o nosso povo à miséria e ignorância. Quem não encara seus fantasmas volta sempre a ser assombrado por eles. Muitos tombaram antes de nós, tombaram por não temerem sonhar com um mundo de justiça e igualdade social. E esta coragem que nos precede, nos inspira. Por isso, marcaremos presença dia 13 de dezembro e iremos disputar esta narrativa histórica. Há ainda muita poesia por ser escrita, muitos sambas a serem compostos e dançados. Nossos inimigos trazem com brados a noite, mas nossa aurora virá.


Contaremos com presença de movimentos sociais e coletivos artísticos: Mães de Maio, Comitê Memória Verdade e Justiça, Comissão de familiares de mortos e desaparecidos politicos, Coletivo Merlino, Companhias de Teatro da cidade de São Paulo, Paulinho Tó, Cabaré Feminista, Bloco das Pombagira, Banda Anhangabaíba, Arrastão dos Blocos, Slam da Guilhermina, entre outros.




Ato dia 13 de Dezembro de 2018 (quinta-feira)
50 anos do AI 5 – Resistir ocupando o esquecimento com memória.
Pelo Fim do Terrorismo do Estado

Concentração: às 17h00. Início 18h.
Rua Maria Antônia, 258, Vila Buarque, São Paulo, SP.




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