Teatro de rua ocupa o bairro de São
Miguel Paulista com 14 espetáculos e intervenções poéticas na 11ª edição da
Mostra realizada pelo Buraco d’Oráculo. Cultura, arte e diversão ao ar livre!
Nos dias 23, 24 e 25 de
novembro e 1º e 2 de dezembro, acontece na zona leste de São Paulo a XI
Mostra de Teatro de São Miguel Paulista com apresentações na Praça
Fortunato da Silveira (popularmente conhecida como Praça do
Morumbizinho, na Vila Jacuí) e Praça Guanambi (Parque Cruzeiro
do Sul), ambas localizadas bairro que dá nome à mostra.
A programação (grátis) é
diversificada, compondo um painel do teatro de rua nacional ao reunir grupos do
nordeste, sul e sudeste, incluindo companhias da capital, região metropolitana
e interior paulista. A programação traz ainda participação de artistas
populares da região - Andrio
Cândidoe Rafael Carnevalli - que, entre um
espetáculo e outro, fazem intervenções poéticas, seja declamando ou lançando
livros. O ator e palhaço J.E. Ticofaz as mediações durante os
eventos.
Na Praça Fortunato da
Silveira, localizada na Vila Jacuí, região próxima ao centro
do bairro de São Miguel, apresentam-se os grupos paulistanos Teatro de
Rocokóz (Lovistore às Avessas), Arte Negus (Ambulante), Cia.
Paulicéia & Cia. do Miolo (Relampião), Nativos
Terra Rasgada (O Grande Pequeno Circo do Berinjela), Núcleo
Teatral Opereta (Almas Peregrinas) e Cia. Novos Atores (Lisístrata-S).
Completando a programação, Cia1Péde2(Ao Divagar se Vai Longe e
de Bicicleta Mais Ainda), de Campinas (SP); Arte e Riso (Meu
Nome é Zé), de Umarizal (RN); e Grupo Teatro de Caretas(Final
de Tarde) de Fortaleza (CE).
A Praça Guanambi recebe
o segundo final de semana da programação com os grupos: Exercito Contra
Nada (El General), Brava Companhia (Show do
Pimpão) e Teatro Contadores de Mentira (Rito
Anti-carnificina), de São Paulo, além do grupo gaúcho Ritornelo (Faixa
de Graça), do capixaba Circo Teatro Capixaba (Palhaços:
Patifes ou Herois?) e, fechando a Mostra, o pernambucano Grupo
de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel (Polo Marginal –
Opereta de Rua).
Idealizada e realizada pelo
grupo O Buraco d’Oráculo, desde 2002, a
Mostra chega à sua décima primeira edição como uma atividade do projeto Buraco
20 Anos: da (r)existência na rua à poesia em cena, contemplado pela 32ª
Edição do Programa de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. O projeto
celebra duas décadas de atuação do grupo com a realização de diversas
atividades, entre circulação, pesquisa, atividades formativas e a XI Mostra de
Teatro de São Miguel Paulista.
SERVIÇO / PROGRAMAÇÃO
Local 1: Praça Fortunato da
Silveira (ou Morumbizinho)
Vila Jacuí. São Miguel Paulista.
SP/SP (em frente à Universidade Cruzeiro do Sul).
De 23 a 25 de novembro
Sexta e sábado (16h, 17h30 e 19h) e
domingo (15h, 17h e 18h).
Grátis (espetáculos ao ar
livre). Recomendação: Livre.
Local 2: Praça Guanambi
Parque Cruzeiro do Sul. São Miguel
Paulista. SP/SP (altura do nº 7500 da Av. São Miguel, próximo ao hospital
Independência).
Dias 1º e 2 de dezembro
Sábado (às 15h, 17h e 18h) e domingo
(às 15h, 16h30 e 18h)
Grátis (espetáculos ao ar
livre). Recomendação: Livre
INFORMAÇÕES – XI Mostra
de Teatro de São Miguel Paulista
Tel: (11) 98152-4483 / (11)
99565-2507. buracodoraculo@gmail.com
Praça Fortunato da Silveira -
Morumbizinho
· 23 de novembro -
Sexta-feira
16h - Teatro de Rocokóz (São
Paulo/SP) – Lovistore às Avessas (50 min)
17h30 - Arte
Negus (São Paulo/SP) - Ambulante (50 min)
19h – Cia1Péde2 (Campinas/SP)
– Ao Divagar se Vai Longe e de Bicicleta Mais Ainda (40
min)
· 24 de novembro -
Sábado
16h – Cia. Paulicéia e Cia.
do Miolo (São Paulo/SP) – Relampião (60 min)
17h30 - Nativos
Terra Rasgada (Sorocaba/SP) – O Grande Pequeno Circo do
Berinjela (40 min)
19h - Cia. Arte e Riso (Umarizal/RN)
– Meu Nome é Zé (70 min)
· 25 de novembro -
Domingo
15h – Cia. Novos
Atores (Pindamonhangaba/SP) – Lisístrata-S (60
min)
17h – Grupo Teatro
de Caretas (Fortaleza/CE) – Final de Tarde (50
min)
18h - Núcleo
Teatral Opereta (Poá/SP) – Almas Peregrinas (40
min)
Praça Guanambi
· 1º de dezembro -
Sábado
15h - Circo
Teatro Capixaba (Divino de São Lourenço/ES): Palhaços:
Patifes ou Heróis? (50 min)
17h - Exercito Contra
Nada (São Paulo/SP): El General (50 min)
18h - Contadores
de Mentira (Suzano/SP): Rito Anti-carnificina (40
min)
· 2 de dezembro -
Domingo
15h - Grupo
Ritornelo (Passo Fundo/RS): Faixa de Graça (50
min)
16h30 - Brava
Cia. (São Paulo/SP): Show do Pimpão (50 min)
18h - Grupo de
Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel (Recife /PE): Polo
Marginal – Opereta de Rua (50 min)
SOBRE OS ESPETÁCULOS
Lovistore às Avessas - com Teatro
de Rocokóz (23/11, às 16h) - Um
casal de brincantes abre a roda e convidam o público a se divertir com novos
pontos de vista sobre os mitos "Adão e Eva" e "Eros e
Psiquê". Ficha técnica - Roteiro e direção:
Carlos e Cileia Biaggioli. Elenco: Carlos e Cileia Biaggioli. Produção e realização:
Teatro de Rocokóz.
Ambulante - com Arte
Negus (23/11, às 17h30) - Duas
pessoas diante da desafiadora rotina no universo do ‘ganha e perde’, onde só o
mais esperto sobrevive. Para isso é preciso sonhar, ser criativo, portar-se
como um sujeito matreiro, como um cowboy, um monge e encantar cobras e dragões.
Figura e Ououou são vendedores ambulantes que perderam muito na vida e não
querem perder a possibilidade de sonhar. Um é ex-paraquedista militar, o outro
é herdeiro de uma longa e distinta linhagem de mascates. São opostos que se
complementam, e vendem as histórias dos produtos de sua barraca ambulante,
pedindo apenas alguns poucos minutos da vida dos fregueses para que possam
sobreviver em suas próprias. Ficha técnica - Texto: Augusto
Figliaggi e Elaine Guarani. Direção: Abel Saavedra. Elenco: Augusto Figliaggi e
Elaine Guarani. Figurino: Raquel Saldívia e Magê Blanques. Cenário e adereços:
Abel Saavedra, Raquel Saldívia, Elaine Guarani e Augusto Figliaggi. Cenotécnica
e sonoplastia: Rafael Barros e Umberto Lima. Preparação musical: Estela
Ceregatti. Trilha de abertura (Venham Ver): Augusto Figliaggi e Elaine
Guarani. Fotógrafo: Rosan Chaves. Música (Segundo Quarto): Estela
Ceregatti.
Foto: Fábio Zambom |
Ao Devagar se Vai Longe e de
Bicicleta Mais Ainda - Com Cia1Péde2 (24/11,
às 19h) - Em busca de um lugar perfeito ao encontro de um
amor nem tão perfeito assim, entre malas, malabarismos e o público, Camomila e
Quindim descobrem tudo o que sempre esteve ali, bem debaixo de seus narizes
vermelhos... Eles se amam e adoram andar de bicicleta. Ficha técnica -
Idealização, atuação e produção: Cia1Péde2.
Relampião / Iarlei Rangel / Foto: Divulgação |
Relampião - com Cia
Paulicéia & Cia. Do Miolo (24/11, às 16h) - A
Cia. do Miolo e a Cia. Paulicéia revisitam as historias de Lampião - O Mito do
Cangaço para aproximá-las das questões cotidianas atuais. Para mostrar o que há
de comum entre a luta do cangaço e as lutas pela vida na contemporaneidade, os
grupos apostam em uma caatinga de concreto, em múltiplos ‘Lampiões e Marias
Bonitas’, revelados pela dramaturgia do espetáculo. Ficha técnica -
Direção: Alexandre Kavanji. Direção de atores: Renata Lemes. Dramaturgia:
Solange Dias. Direção musical: Charles Raszl. Atores: Aysha Nascimento, Dudu
Oliveira, Edi Cardoso, Flávio Rodrigues, Harley Nóbrega, Val Ribeiro e Marcos
di Ferreira. Músicos: Fabrício Cardial e Glauber Coimbra. Figurino, adereços e
ambientação: Luiz Augusto dos Santos. Preparação corporal: Alício Amaral e
Juliana Pardo (Cia. Mundu Rodá). Maquiagem: Guto Togniazzolo. Oficina de
interpretação: Ednaldo Freire. Artesão: Luiz Paulino da Cunha. Fotos: Rhadamés
Camponato Sant’Anna. Sonorização e técnico de áudio: Gabriel Kavanji. Produção
executiva: Rafael Procópio. Produção geral: Iarlei Rangel.
O Grande Pequeno Circo do Berinjela - com Nativos
Terra Rasgada (24/11, às 17h30) - O
palhaço Berinjela resolve criar seu próprio circo, mas, como se encontra
sozinho, ele percebe que não precisa de uma grande lona ou picadeiro. E então,
com uma pequenina estrutura, Berinjela representa todos os números de seu
grande pequeno espetáculo, mostrando que mesmo com poucos artifícios é possível
alimentar a magia do circo. Ficha técnica - Direção
e atuação: Samir Jaime. Produção: Grupo Teatral Nativos Terra Rasgada. Figurino: Natalia
Campos (Natywynx). Design gráfico: Samir Jaime. Caricaturas: Carva
Studios.
Meu Nome é Zé - com Cia.
Arte e Riso (24/11, às 19h) - A
história se passa em pleno pleito eleitoral quando políticos lutam para chegar
ao poder, utilizando diversas artimanhas - como conchavo político, promessas
enganosas, compra de votos, perseguições e assassinatos - na busca pela
vitória. De forma cômica, satírica e escrachada, a companhia faz das histórias
de ‘politicagem’ das cidades do interior um recorte do mundo. Neste trabalho,
dão voz às figuras marginalizadas da sociedade, por meio de um bêbado que vive
nas ruas junto aos cachorros. Ele analisa os fatos expostos a partir de sua
vida de embriaguez, fazendo o público refletir sobre quem realmente vive
embriagado e na cegueira. A montagem tem como referências estéticas o teatro
épico de Bertolt de Brecht e elementos da cultura popular nordestina e da arte
circense. Ficha técnica - Texto: Joelson de
Souto. Direção: Emanuel Coringa. Atores: Emanuel Coringa, Jardeu Amorim,
Leonardo Alves, Victor Miranda, Widenny Duarte, Deyvid Augusto e Diego Moura.
Musicalização: Joelson de Souto. Canções: Joelson de Souto, Junio Santos e Ray
Lima. Figurino: Cleydson Catarina. Maquiagem: Cia. Arte e Riso.
Iluminação: Thaennia Ferreira. Concepção cenográfica: Cia. Arte e Riso e Cleydson
Catarina. Arte cenográfica: Noel Filho e Andrade. Design gráfico: Jalison
Design. Apoio visual: Rodrigo Fernandes. Fotos: Ricardo Pereira.
Lisístrata-S - com Cia
Novos Atores (25/11, às 15h) – A peça questiona o lugar
da mulher: casa cuidando de seus filhos? Nos prazeres
da cama? A Grécia está em guerra e Lisístrata reúne as mulheres e propõe uma
greve de sexo até que os homens assinem o acordo de paz. A Cia. Novos Atores
toma para si esse enredo de Aristófanes e
cria Lisístrata-S, uma mulher em muitas mulheres. Lisístrata e suas
companheiras mostram que a luta feminina é bem maior e que lugar de mulher, é
onde ela desejar. Ficha técnica - Direção: Victor Narezi.
Dramaturgia: Ana Roxo e Victor Narezi. Cenário, figurino e adereços: A Cia.
Sonoplastia: Sérgio Camacho Júnior. Operação de som: Maurício Folter.
Maquiagem: Victor Narezi e Tumaki Aruanã. Elenco: Nilza Mayer, Tumaki Aruanã,
Rafael Gomes de Andrade, Rafaella Alencar, Ciça de Oliveira, Victor Narezi e
Sérgio Camacho Júnior. Elenco de apoio: Suzana Esper.
Final de Tarde - com Grupo Teatro
de Caretas (25/11, às 17h) - O espetáculo traz uma
experiência diferente de teatro de rua, tanto na relação entre ator e público
como na relação com a cidade. Esta é, além de cenário, a própria dramaturgia
de Final da Tarde, cuja atuação cênica é baseada no detalhe da
interpretação, onde proximidade e intimidade entre transeuntes e atores são os
elementos centrais. Um aspecto importante é que os transeuntes não são
previamente informados da peça, não há palco nem formalidades do início ao fim.
A história de uma mãe, seu filho e seu marido no dia a dia da cidade invade a
praça, e o enredo se desenrola no instante real do cotidiano. Ficha técnica - Direção e
dramaturgia: André Carreira. Assistente de direção: Lara Matos. Oficina de voz:
Ernani Maletta (UFMG). Oficina de atuação: Miguel Rubio (Yuyachkani Peru). Elenco: Vanéssia
Gomes (Whildislane), Non Sobrinho (Manuel e Ofélia), Vera Araújo (Dalila e
Policial) e Rafael Lopes (fotógrafo). Assistência de cena: Rebeka Lúcio,
Juliana Santana e Isabele Teixeira.Figurino: Jacqueline Brito. Projeto cenográfico:
Diego Brito. Cenografia (cadeira): Cleomir Alencar.
Almas Peregrinas - com Núcleo
Teatral Opereta (25/11, às 18h) - Partindo do livro Pedro
Páramo, do mexicano Juan Rulfo, acrescido de várias referências, em
especial do Discurso sobre a Servidão Voluntária, de Étienne de La
Boétie, o Núcleo Teatral Opereta apresenta a livre adaptação, Almas
Peregrinas que conta as várias histórias de uma cidade-fantasma, que
são despertadas com a chegada de Juan, o único filho legítimo de Rubão Barros,
um forasteiro que se revela um filho da terra. O espetáculo propõe uma reflexão
sobre a relação do opressor com o oprimido, partindo do ponto de vista do
segundo. O contexto é uma realidade fantástica, na qual a inércia e
culpabilidade faz o povo sofrer e revolver seus pecados em um círculo vicioso
sem possibilidade de perdão. Ficha técnica -
Dramaturgia: Camila Rafael. Direção: Ailton Ferreira.
Elenco: Anderson Borges, Camila Rafael, Dora Nunes, Edson Guilherme, Jhony
Uriel, Marco Senna, Patty Nascimento e Priscila Klesse. Assistência de
direção: Priscila Klesse. Cenografia: Marco Senna e grupo.
Figurino: Pâmella Carmo e grupo. Direção musical: Fílipi Lima.
Músicos: Fílipi Lima e Kelvin Lucas. Músicas: Camila Rafael, Fílipi
Lima e Silas Xavier. Maquiagem: Priscila Klesse e grupo. Fotografia e
projeto gráfico: Giulia Martins. Iluminação e op. de luz e
som: Taciano Holanda. Coreografias: Isabela Lanute.
Vídeo: Giulia Martins e Taciano Holanda.
Palhaços: Patifes ou Heróis? - com Circo
Teatro Capixaba (1/12, às 15h) - Três paspalhos se revezam em números e truques em
uma alusão clara aos shows de variedades e cabarés. A cada número, vão
revelando, por meio de erros toscos, o segredo de cada truque, até que,
pressionados pelo público, buscam realizar um número realmente arriscado. Resta
saber qual dos três será o escolhido. Ficha técnica -
Dramaturgia coletiva. Atuação: Flávio Gomes (Xipoca), Thiago Araújo (pindaíba)
e William Rodrigues (Xenxen). Figurino: Flávio Gomes, Thiago Araújo e William
Rodrigues. Coordenação e produção: William Rodrigues. Canções: o grupo.
El General – com Exercito
Contra Nada (1/12, às 17h) - O enredo mostra um palhaço que entra em apuros quando percebe
que é hora do show. Até que dentro, diante da fantasia, se diante da vida que
finda, ele mergulha na própria imaginação e descobre a possibilidade de
transformar-se no que quiser. Quem surge é El General, um soldado perdido,
talvez dos tempos de Philip Astley, quando esse capitão transformou seu
exército em circo. Assim, surge o Exército Contra Nada, em homenagem as pessoas
que defenderam a liberdade e àquelas que transformaram seu potencial de guerra
em potência de vida. O palhaço transforma. Transforma o problema em diversão.
Junta o poder de encontrar ânimo nas adversidades com a capacidade de reagir a
elas e viver com prazer. A peça mostra que, com muito pouco, somos capazes de
celebrar as diferenças e fazer com que cada momento seja único e
imprevisível. Ficha técnica - Direção e
atuação: Rafael de Barros. Operação de som: Augusto Figliaggi. Filmagens: Hélio
Pisca, Kauê Beltrame Neves e Renan Perobelli. Direção de imagem: Renan
Perobelli. Produção: Rafael de Barros.
Rito Anti-carnificina - com Teatro
Contadores de Mentira (1/12, às 18h) – O espetáculo é um rito onde
se reúnem brincantes de diversas origens. Eles trazem a diversidade e celebram
este encontro onde todos têm a missão de festejar em comunhão, de mãos dadas
para bailar em comemoração à pluralidade. Ficha técnica - Criação
coletiva. Direção: Cleiton Pereira. Elenco: Alessandro Silva, Cleiton Pereira,
Daniele Santana, Kaique Costa, Matheus Borges, Narany Mireya, Pamella Carmo,
Samuel Vital, Silas Xavier e Vanessa Oliveira.
Foto: Diogo Zanatta |
Faixa de Graça - com Grupo
Ritornelo (2/12, às 15h) - O espetáculo Faixa de
Graça leva para a rua os palhaços Canela e Eustáquio que, desgarrados
no mundo, partem na busca de uma nova terra. Caminhando e tombando, tornando a
tombar, decidem fundar um novo país. Por meio do olhar ingênuo e transgressor
do palhaço, a dupla procura por uma nova realidade onde alegria, brincadeira e
felicidade sejam elementos fundamentais na construção desse novo
território. Ficha técnica - Palhaços:
Miraldi Junior (Canela) e Guto Pasini (Eustáquio). Dramaturgia e encenação:
Richard Riguetti. Figurinos e adereços: Bethinha Mânica e Glória Fauth. Criação
de texto: Miraldi Junior. Comunicação: Ana Paula Martini. Assistência de
produção: Guto Pasini e Miraldi Junior. Parceria: Grupo Off-Sina. Realização:
Grupo Ritornelo de Teatro. Música: Desgarrados (de
Mario Barbará). Violão: Giancarlo Rota.
Show do Pimpão - com Brava
Companhia (2/12, às 16h30) - Show do Pimpão é uma intervenção cênica (ou
cínica) situada em uma localidade qualquer da periferia do capitalismo, onde
três miseráveis artistas se juntam para tentar arrecadar algum numerário que
lhes garanta a refeição do dia. Em tempos de crise, fazer graça com a própria
desgraça foi a alternativa que lhes restou como forma de sobrevivência. E se o
show não lhes rende o suficiente para comer, ao menos o barulho das risadas do
público ajuda a abafar o ronco dos seus estômagos vazios, enquanto tentam
esquecer a própria desnutrição. Seria trágico, se não fosse cômico. Ficha
técnica - Criação: Brava
Companhia. Direção e Dramaturgia Ademir de Almeida.Direção Musical Joel
Carozzi. Atores: Fábio Resende, Max Raimundo e Márcio Rodrigues. Figurino: Cris
Lima, Márcio Rodrigues e Rafaela Carneiro. Cenário: Joel Carozzi, Márcio
Rodrigues e Sérgio Carozzi. Design gráfico: Ademir de Almeida. Fotos: Fábio
Hirata e Fernando Solidade. Produção: Kátia Alves.
Polo Marginal - Opereta de Rua - com Grupo
de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel (2/12, às 18h) - Opereta de rua, o
espetáculo Polo Marginal conta a história de um grupo de
saltimbancos que decidem aportar no centro da cidade, trazendo a força da
poesia e da música como forma de provocar as pessoas com relação à sensibilidade
e a emoção presente em cada um. Com poemas fortes e lancinantes, o espetáculo
propõe uma radiografia dos problemas observados nos grandes centros urbanos. No
início, os personagens falam da relação do homem com o mar, os rios, a
atmosfera do cotidiano, o cheiro do mangue, de vida. No segundo momento, usando
versos ora livres ora rimados, eles declaram sua paixão pela poesia,
dramatizando em espaços abertos, em monólogos que falam das temáticas da poesia
como solidão, tristeza, fugacidade. Fechando a história, mostram o homem
contemporâneo com suas angústias, seus medos, por meio de uma procissão. Ficha
técnica - Da obra do poeta Marco Polo Guimarães. Roteiro e encenação: Carlos
Salles (in memoriam). Direção artística e assistência de direção: Rodrigo
Torres. Direção musical: Walgrene Agra. Elenco: Anderson Porcino, Chico Vieira,
Erico Barreto, Franklin Moura (Buda), Roberta Lúcia, Rodrigo Torres, Sandro
Sant’na e Walgrene Agra. Designer gráfico: Java Araújo. Figurino e adereços: Gê
Domingues (in memoriam). Maquiagem: o grupo. Contrarregra: Josi Rodrigues.
Assistência de produção: Josi Rodrigues. Produção executiva: Walgrene Agra.
Coordenação de produção: Rodrigo Torres. Produção: Grupo de Teatro de Rua
Loucos e Oprimidos da Maciel.
J. E. Tico (mestre de
cerônia) - O ator, bonequeiro e palhaço. Teve sua estreia durante a 2ª
Edição da Mostra de Teatro de São Miguel Paulista, em 2004. Sempre esteve
presente na programação fazendo breves intervenções inspiradas nos brinquedos
populares.
Andrio Cândido (intervenção) - Ator, poeta,
escritor e produtor. Formado em Historia (Universidade Guarulhos) e Técnicas em
Artes do Palco (Senac), Andrio Cândido é artista da periferia de São Paulo que
dialoga com múltiplas linguagens. Fundou o projeto Filhos de Ururaí, com o qual
realiza intervenções poéticas nos vagões de trens da CPTM e Metrô. Atualmente,
circula pela cidade exibindo o filme Um Salve Doutor, além de
realizar formações, palestras e rodas de conversa sobre produção cultural
periférica, literatura & cultura negra e divulgar seu primeiro livro de
poesias, Dente de Leão.
Rafael Carnevalli (intervenção) - Escritor, poeta,
professor e oficineiro. Nascido e criado em São Miguel Paulista, atua nos
movimentos culturais, desde 2012, mesmo ano em que fundou o grupo de
intervenções poéticas Hospício Cultural que, hoje, é um grupo literário no
Facebook com mais de 12 mil membros. Em março de 2013, junto com outros
artistas da região, iniciou o Movimento Aliança da Praça (MAP) que realiza
mensalmente o tradicional Sarau da Praça, na histórica Praça do Forró.
Ministra a oficina Ensino Di Verso, que dialoga com a literatura e expressão
corporal. Autor dos livros Amador, Amadorzine e Maloca,
publicados de forma independente.
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