Última quarta dia 14 de novembro, o Exmo. Sr. Procurador-Geral de
Justiça Interino do Estado do Rio de Janeiro, Ricardo Ribeiro Martins, recebeu um
grupo de religiosos no gabinete, no Centro do
Rio. Solicitada pelo interlocutor da CCIR/Comissão de Combate à
Intolerância Religiosa - Ivanir dos Santos, que veio acompanhado dos advogados Hédio
Silva Jr. e Dr Antonio Basilio Filho, além do Baba
Tadeu de Oxossi, que vieram exclusivamente de São Paulo, para audiência.
"Não podemos permitir que nossa crenças ultrapassem o direito
religioso do outro. A fé, o modo de culto, ou de expressar a religiosidade. A
intolerância, a falta de alteridade e humanidade com outro, que crê e é
diferente, são os grandes entraves para a construção de uma sociedade plural
onde o respeito e a tolerância possam prevalecer", afirmou o Prof. Dr.
Babalawô Ivanir dos Santos.
Presentes também dirigentes umbandistas da “Tenda de Umbanda
Ogum Megê”, entre outros representantes religiosos. A reunião contou
também com Roberta Rosa - ADHM/MPRJ (Assistente da Assessoria de
Direitos Humanos e Minorias).
"Temos que nos preocupar com a causa, o sentimento de tristeza é
grande", alegou o advogado Hédio da Silva Jr. Que pretende mover ação penal
pela prática de perturbação de culto, intolerância religiosa e formação de
quadrilha.
Sobre o caso: ocorrido no dia 2 de novembro, no Cemitério de
Maruí Grande, bairro de Barreto, Niterói-RJ. No feriado de Finados, adeptos e
praticantes das religiões afro foram impedidos de praticar suas atividades
religiosas dentro do cemitério, por um grupo de denominação evangélica. O ato
de intolerância religiosa foi testemunhado por diversas pessoas que,
horrorizadas, pediram ajuda da Guarda Municipal.
"Muito bom para o povo de santo, e nós babalorixas ficamos muito
satisfeitos pelo babalawô Ivanir, em está se oferecendo como apoio aos
terreiros de Niterói", acrescentou Babalorixa Cristiano D Oxosse, da Tenda
Espírita Pai Joaquim d' Angola.
O Procurador-Geral de Justiça, Ricardo Ribeiro Martins, se
comprometeu em agilizar e dar atenção para a investigação, e já iria encaminhar
o caso para 6ª Procuradoria de Investigação Penal de Niterói da 2ª Central
de Inquéritos. "Isso não é só uma intolerância religiosa, é racista também",
alegou.
"Foi muito produtivo o diálogo, muito satisfeito com a
união de todos nós nessa única bandeira, fomos muito bem recebido pelo
ministério público', atestou o dirigente Allan Hansen Rosa
de Souza, da Tenda de Umbanda Ogum Megê.
crédito das fotos: Byron
Prujansky/CODCOM-MPRJ
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