Mostra Excêntrica traz o melhor da cultura LGBT em filmes, exposições, shows, performances e debates
Fonte : Lau Francisco
Programação traz
espetáculos consagrados como
“Cartas à Madame Satã” e
show com Rico Dalasam
A Mostra Excêntrica, um dos
maiores eventos de difusão da cultura LGBT+ em São Paulo, acontece de 02 a 27
de Outubro de 2018, na Oficina Cultural Alfredo Volpi (Rua Américo Salvador
Novelli, 416 – Itaquera, zona leste de São Paulo). De
caráter multilinguagem e inteiramente gratuita, a programação da Mostra traz
apresentações teatrais, exibição de filmes, exposição fotográfica, shows
musicais, performances, oficinas e debates.
Desde a primeira edição o principal objetivo do evento é promover o
diálogo sobre questões da população LGBT+,
provocando debates e questionamentos sobre Corpo, Sexualidade,
Identidades e Arte. O financiamento é do Programa de Valorização de Iniciativas
Culturais da secretária de cultura da cidade de São Paulo – VAI.
“Excêntrico, para nós, refere-se a
aquele que incomoda, que está a margem, fora do padrão ou de um centro”,
explica Rodrigo Mar, integrante do Coletivo Sankofa e um dos organizadores.
Essa edição será realizada na Oficina Cultural Alfredo Volpi, na região de
Itaquera, privilegiando um espaço que proporcione maior aproximação e formação
de público.
PROGRAMAÇÃO
02/10
19hs - Coquetel de Abertura
19hs – Abertura da Exposição “Novas Mitologias” de
Bruno Marcitelli e Acervo do Museu da Diversidade Sexual
O artista Bruno Marcitelli apresenta uma
coleção de imagens inspiradas em pinturas clássicas. Recriadas sob a
perspectiva da contemporaneidade, corpos gays, negros, trans e periféricos
clamam para si o protagonismo das narrativas e reconfiguram de modo crítico e
criativo a própria História da Arte.
Duração: tempo da mostra
Classificação Indicativa: livre
20hs - Roda de Conversa - “Disputas de narrativas e resistências na
Arte”
Com Erica Malunguinho
(Aparelha Luzia) e Jefferson Mateus (Museu da Diversidade Sexual).
Duração: 1h30
Classificação Indicativa: 14 anos
03/10
20hs - “Meninos também amam” dir. Rafael Guerche
Ser jovem, negro,
LGBT e morar na periferia de uma grande metrópole: costurar esses marcadores
sociais é o que faz o espetáculo teatral Picumã: asas de passarinho preto. O
espetáculo é um depoimento poético que narra a história de Catatau, jovem que
vivencia no corpo e na alma as dores do racismo e da homofobia.
Duração: 60 minutos
Classificação Indicativa: 12 anos
06/10
17hs – Roda de Conversa -
“Espaços de referência e resistências na cidade”
Com Franklin Félix
(Psicólogo e Militante), Bruno Oliveira (Casa Um) e Ana Caroline (Centro de
Cidadania LGBTI Laura Vermont).
Duração: 1h30
Classificação Indicativa: 14 anos
19hs - Pocket Show com Monna
Brutal
“9/11”, álbum de lançamento
da Monna Brutal, nessa sua nova fase da carreira, que veio para trazer enigma,
gerar questionamentos. São músicas que falam sobre a força da
transfeminilidade, a luta das bichas afeminadas. Exalta a força ancestral de
Satã, a qual as bichas-trans-pretas, como escória dessa sociedade, são lançadas
para marginalidade, para a obscuridade e precariedade da vida. Monna encarna a
voz das oprimidas pelo sistema patriarcal de gênero, evocando o poder das
derrotadas e transformando cada lágrima em gasolina, para mandar versos
incendiados de conteúdo que desvendam o sistema opressor contra corpos
marginais, colocando vergonha e cobrando vingança por todo sangue derramado.
Resistência é a palavra que define esse som.
Duração: 30 minutos
Classificação Indicativa: livre
10/10
20hs - Espetáculo “Dama da Noite”
com Luiz Fernando de Almeida
O ator Luiz Fernando
Almeida vive Dama da Noite na adaptação do conto de Caio Fernando Abreu. Com
direção de Andre Leahun, o monologo fala sobre um ser humano que vê o mundo e
não sente-se inserido no que vê. Amor, Sexo, Solidão, AIDS, são alguns dos
temas discutidos pela personagem.
Duração: 60 minutos
Classificação Indicativa: 18 anos
17/10
20hs – Espetáculo “Cartas a Madame Satã ou me desespero sem notícias
suas” - Os Crespos
Fragmento do espetáculo “Cartas a
Madame Satã, ou me desespero se notícias suas” da Cia Os Crespos. Em um quarto
um homem negro se relaciona com a mítica figura de Madame Satã, interpretado
por Sidney Santiago.
Duração: 35 minutos
Classificação Indicativa: 14 anos
19/10
19hs – Performance teatral “#2017-445”
do Coletivo Bixa Pare
A performance expõe o
revoltante fato de termos 445 mortes registradas por LGBTfobia no ano de 2017.
445 vidas registradas apenas no ano de 2017. 445 vidas que foram interrompidas
apenas por expressarem suas condições neste mundo. São estouros que alertam a
nossa existência no país que mais mata a população
Duração: 45 minutos
Classificação Indicativa: livre
20hs – Cinema: “Economicamente
Gay”, de Adri Ona
"Economicamente Gay" é um documentário de 2011 produzido e idealizado por Adri Ona, jovem
residente do bairro Jd. São Luiz, periferia de São Paulo. No curta-metragem
investiga-se a questão da homossexualidade na periferia, a descoberta, a
discriminação e o preconceito por uma população que, muitas vezes, tem seus
primeiros contatos em relação a essa temática através do que as mídias, no
geral, expõem. Frente à representação dos gays de classe média/alta, as demais
identidades gênero dissidentes não são tão comumente retratadas nas pautas e
grades de programação midiáticas e é essa "escolha" que o
documentário cutuca, investigando na rua os efeitos da "representatividade
escolhida a dedo".
Duração: 30 minutos
Classificação Indicativa: livre
24/10
20hs – Espetáculo: “Gotas
de Codeína” com Luiz Fernando de Almeida
Gotas de Codeína conta a
história de Cesar, um homem comum, que aparenta estar contente com a vida que
leva, mas que no fundo está profundamente deprimido. A peça revela intimidades
de um homem casado que vive atrás de máscaras, sem coragem de assumir seu verdadeiro
“Eu”. Cesar, como tantos outros, já não suporta mais continuar e pensa em
acabar com a própria vida.
A plateia é convidada a
vivenciar juntos, alguns momentos cotidianos do personagem, enquanto refletem
sobre questões como amor, família, sexualidade e felicidade.
Até que ponto podemos fugir
do que realmente somos? Vale a pena viver uma vida pela metade?
Duração: 50 minutos
Classificação Indicativa: 18 anos
27/10
15hs – Performances
Drag
A cultura drag ganha destaque nessa edição da
mostra com ALEXIA TWISTER, LAVINIA STORM, SASHA ZIMMER e AKIRA WERNECK. Com
muito brilho e bateção de cabelo essas divas colocam as monas, manas e manos
para dançar.
Duração: 60 minutos
Classificação Indicativa: livre
16h30 – “Pátria Amada” da CiA dXs TeRrOrIsTaS
Pátria Amada é um atentado
poético inicialmente projetado para a 21º Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo
em parceria com o coletivo Diretores de Cena Brasil. Na tentativa de lavar uma
bandeira de sangue, os terroristas poéticos são marcados do mesmo vermelho que
tinge o país que mais mata a população LGBT no mundo. Essa violência rodeada de
um festejo que celebra, luta, mas também ignora as forças que estão em jogo nas
periferias, onde o glamour é sentenciado, o glitternão brilha e as cores são
desbotadas. Para aqueles em que o armário ainda é front de sobrevivência...
Duração: 40 minutos
Classificação Indicativa: livre
19hs – Baile Helipa LGBT+
Helipa LGBT+ é o rolê chave
das manas da quebrada na região da zona leste que pretende democratizar os
fluxos para o público LGBT+ e, ao mesmo tempo, descentralizar as baladas gays
de São Paulo. “As manas não precisam ir para o centro. É uma mistura de funk,
brega-funk, pop, tribal house e outros bate-cabelos.
Duração: 60 minutos
Classificação Indicativa: livre
20hs – Pocket Show com Rico
Dalasam
Rico Dalasam desafia a
noção de normalidade na música e nas questões de gênero, inaugurando a cena
quer rap do Brasil aos 25 anos de idade. No fim de 2014, após já ter
trabalhado como cabeleireiro e editor de moda, ingressou no rap nacional,
tornando-se uma das principais apostas da música nacional contemporânea.
Lançou, em 2015, seu primeiro trabalho, o EP Modo Diverso, reunindo 6 músicas autorais que narram suas
experiências de vida enquanto jovem, negro e gay, morador da periferia da
Grande São Paulo. Rico percorreu um longo caminho, construído novas narrativas
até lançar seu primeiro álbum Orgunga
,onde conta seus melhores orgulhos .
Duração: 30 minutos
Classificação Indicativa: livre
MOSTRA EXCÊNTRICA - De 02 á
27 de outubro – Gratuito
PROGRAMAÇÃO SUJEITA À
LOTAÇÃO
Oficina Cultural Alfredo Volpi
Rua Américo Salvador Novelli, 416 - Itaquera, São Paulo
(11) 2205-5180
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