Fonte: Carlos Romero / Assessoria de Imprensa
As inscrições para o 7º Prêmio estarão
abertas a partir desta segunda-feira 03
de novembro de 2014 a 31 de março de 2015, através do site WWW.ceert.org.br. Além de premiação em dinheiro, os
selecionados serão contemplados com cursos de formação e notebooks.
Texto: Dep. Comunicação CEERT / Fotos: Preta Jóia
A noite da última quarta-feira foi o
marco de lançamento do 7º Prêmio Educar
para Igualdade Racial e de Gênero. Uma iniciativa do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e
Desigualdades (CEERT), em correalização com a Fundação Vale e apoio de parceiros.
O SESC Belenzinho
foi o anfitrião para receber a direção do CEERT, a representante da Fundação
Vale e demais envolvidos com a temática negra e da educação. Convidados que
terminaram a noite em alto astral ao som de Arlindo Cruz que presenteou a todos
com o show Herança Popular.
O Mestre de
Cerimônias da festividade, Dr. Daniel Teixeira, Advogado e Coordenador de
Projetos do CEERT, explicou aos presentes sobre a realização da premiação.
“Para nós é um orgulho sempre chamar a atenção para este tema, pois
muitos professores de forma heroica e até sem a instituição deles dar uma
estrutura, adotam práticas que promovem a educação para a igualdade racial”,
ressaltou Daniel, que ainda relatou um dos cases que mostram
como o CEERT se empenha pela promoção da igualdade racial, para além da
realização da premiação.
Cida Bento
Dr. Daniel Teixeira (Mestre de Cerimônias)
Ms. Prof. Antônio
Carlos (Billy) Malachias, Coordenador
“O CEERT sugeriu ao Ministério
Público uma investigação no interior de São Paulo quanto a aplicabilidade da
Lei de Diretrizes e Bases 10.639 (obrigatoriedade da temática afro-brasileira nos currículos do ensino fundamental e médio),
que resultou no Termo de Ajustamento de Conduta em São Carlos onde vai ocorrer
uma formação para diversos professores”.
O Diretor Regional do SESC, Danilo de
Miranda falou sobre parceria com o CEERT.
“O SESC tem orgulho de participar de
maneira efusiva deste prêmio que considera especial, por ressaltar o caráter
importantíssimo da educação. Elemento vital da transformação de uma sociedade”,
disse Miranda.
Realizado pela
primeira vez em 2002, o Prêmio Educar para a Igualdade Racial e de Gênero
constituiu um acervo de mais de 2.300 práticas pedagógicas e de gestão
desenvolvidas nas cinco regiões administrativas do país. Com o apoio da Fundação Vale os selecionados receberão além da premiação
em dinheiro, cursos de formação e notebooks.
“Em nome da Fundação Vale registro
que estamos muito honrados em participar pela primeira vez deste prêmio. A
parceria tem início num momento particularmente especial quando a questão do
gênero e a participação quilombola são incluídas”, observou Andreia Prestes,
Analista de Responsabilidade Social da Fundação Vale.
Como destacou a
representante da Fundação Vale, nesta 7ª edição o prêmio mantém os objetivos
iniciais de identificar, difundir, reconhecer e apoiar boas práticas
pedagógicas e de gestão escolar que promovam, reconheçam e valorizam a
diversidade étnico-racial nas escolas. Mas, além disso, traz duas inovações: a
incorporação da abordagem de gênero com foco na valorização da mulher, em
especial africanas, afro-brasileiras, quilombolas e indígenas, e da educação
escolar quilombola.
Estes dois aspectos
foram destacados nas falas do Ms. Prof. Antônio Carlos (Billy) Malachias, Coordenador desta
7ª edição do prêmio e Gisele Santos, responsável por implementar a questão
do gênero.
“Estas mudanças são um grande
desafio. São de ordem conceitual e prática. Incorporamos ao nome do prêmio o
termo ‘gênero’, porque estamos introduzindo uma premiação especial para as
abordagens neste aspecto. Com isso estamos construindo um caminho para uma
premiação também afirmativa. A segunda novidade é a premiação específica para a
educação escolar quilombola”, explicou Billy.
“Este é um momento muito importante
para a equipe do CEERT. Ao longo destes anos muitas ações foram premiadas, mas
estas novidades são um passo importantíssimo que deve ser valorizado. Em
diferentes etapas do ensino eu observei que pouco se conhece quanto as mulheres
negras que contribuíram para a construção do nosso país. Então para suprir
estas lacunas este viés será trabalhado para que num futuro próximo nossos
jovens possam conhecer sobre as mulheres que fizeram e fazem parte da nossa
história”, vislumbra Gisele.
Para divulgar e inserir a educação
quilombola na premiação uma agenda com visitas a diversas cidades e estados
brasileiros terá início na próxima semana. Maranhão,
Pará, Belém, Brasília, Santarém, Ilha de Marajó e inclusive os
Jogos Quilombolas serão contemplados. Além disso, Gisele Santos estará em Salvador, nos dias 5 e 6 de novembro,
no lançamento das Diretrizes
Curriculares Estaduais da Educação Escolar Quilombola.
Representando o
Poder Público marcaram presença Marilane
Frasão, que representou o Secretário Municipal de Promoção da Igualdade
Racial; a Profª
Cleuza Repulho, Presidenta da UNDIME (União Nacional dos Dirigentes
Municipais de Educação) e o Prof. Thiago
Thobias, Diretor da SECADI (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão) do MEC (Ministério da Educação) e da Diretoria de Políticas de Educação do Campo, Indígena e para as
Relações Étnico-Raciais
“Este é um prêmio que tem a
finalidade de impulsionar o governo para as práticas de igualdade racial. Um
prêmio necessário porque impulsiona o direcionamento das políticas e o
desenvolvimento do professor que trabalha estas práticas no seu dia a dia”,
disse Marilane,
“Em nome da UNDIME que representa os
Secretários Municipais de Educação e como Secretária de Educação em São
Bernardo do Campo eu agradeço ao convite e como paulista digo que me envergonho
de coisas que têm acontecido nos últimos dias. Que possamos neste momento de
preconceito eleitoral com um prêmio como este dar conta de trabalhar em sala de
aula esta questão da diversidade”, acredita
Cleuza.
“Minha avó tem uma frase que diz: ‘Falar
ajuda, mas o exemplo arrasta’. O exemplo é este ensinar para o Brasil como deve
ser feito. O Desafio é grande, é difícil, mas precisa ser feito. Desejo
sucesso”, disse Tobias.
A jornalista Rejane Romano, Dr. Daniel Teixeira, Dra. Cristiane Linhares, e o assessor de imprensa Carlos Romero
O CEERT é uma
organização não-governamental, apartidária e sem fins lucrativos, criado em
1990. A doutora em Psicologia e Coordenadora Executiva do CEERT Profª Dra. Maria Aparecida da Silva Bento, uma das idealizadoras do
prêmio. Falou sobre a importância desta iniciativa.
“É um desafio muito grande trabalhar
e tocar o prêmio. Nestes anos todos por vezes pensamos em desistir. Mas sempre
vemos que vale a pena. Porque os professores estão trazendo novos conteúdos, o
espaço da escola fica mais acolhedor para as crianças negras... Então tomamos
fôlego e seguimos. É importante reconhecer professores que por iniciativa
própria têm trazido informações tão importantes para nossos alunos, têm
civilizado o nosso povo, porque não trabalhar este tema é uma incivilidade”, “É
um desafio muito grande trabalhar e tocar o prêmio”.
Um vídeo com depoimento de
professores que participaram de edições anteriores foi apresentado à plateia
que na sequencia acompanhou de forma esfuziante o show do sambista Arlindo
Cruz.
Um vídeo com depoimento de professores que participaram de edições
anteriores foi apresentado a plateia que na sequencia acompanhou de forma
esfuziante o show do sambista Arlindo Cruz.
“Fazer o show num evento como este é
diferente. Porque além deste público amar as músicas que eu canto, eles
entendem muito mais o que eu expresso em certas músicas. Sabem do porquê da
nossa luta e a necessidade da nossa preservação. Do que aprendemos e herdamos.
Este meu show se chama Herança Popular, onde eu sou ao mesmo
tempo herdeiro e autor de uma herança que vou deixar com meu trabalho para que
novos artistas surjam e acima de tudo novos cidadão negros lutem pelos nossas
causas”, disse Arlindo.
Sobre a Fundação
Vale
Com uma trajetória que soma 46 anos de atividades,
atualmente a Fundação Vale está direcionada a ações e programas sociais
estruturantes, que tenham efetividade a longo prazo e contribuam para o
desenvolvimento sustentável dos territórios. A área de Educação tem como
foco a melhoria da qualidade da educação nas redes públicas municipais, a
inclusão de pessoas que, por diversas questões, abandonaram a escola regular, e
a valorização da diversidade étnico-racial.
Essa galera curtiu o evento com direiro ao show de Arlindo Cruz e ainda ganhou toalhinhas com as iniciais do artista, promoção do Blog Preta Jóia News.
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