Fonte: Lau Francisco
Proposta é elucidar ligações ancestrais entre as diferentes
regiões onde acontece o espetáculo e o
bairro do Capão Redondo
O espetáculo OUTRAS PORTAS, OUTRAS PONTES, da Cia.
Sansacroma, foi primeiramente concebido nas ruas do Capão Redondo, extremo sul
da cidade, em 2013, porém, tornou-se itinerante pela própria essência da peça.
Toca em assuntos como: o apartheid “gentil” existente no Brasil, negros
operários tratados com sub-cidadãos, espaços físicos gerando separação social.
Os movimentos coreográficos do espetáculo mostram em forma de dança e texto
como esta separação torna-se indignação e é transformada em material poético,
explorando questões como herança cultural e identidade do brasileiro. As próximas apresentações acontecem nos
dias 06, 07 e 08 de junho (Casa de Teatro Maria José de Carvalho – Heliópolis),
dia 14 de junho (Instituto Pombas Urbanas) e dias 04, 05 e 06 de julho (Arsenal
da Esperança – Sede da Cia. Estável). O espetáculo tem apoio da 15º Edição do Programa do Fomento à Dança e a
entrada para todas as apresentação é GRATUITA.
Com
direção artística de Gal Martins (Prêmio
Denilto Gomes 2013 na categoria Difusão da Dança, concedido pela Cooperativa
Paulista de Dança), direção coreográfica de Yaskara Manzini, e trilha sonora composta
pelo multi instrumentista Cláudio Miranda, da banda Poesia Samba Soul e os
músicos Zinho Trindade e MC Gaspar, “Outras
portas, outras pontes” abarca dois momentos: uma caminhada cênica na rua e
a segunda parte do espetáculo nas dependências de um teatro ou espaço cultural. O processo de OUTRAS
PORTAS, OUTRAS PONTES abrange desde o
resgate da ancestralidade africano-nordestina até o olhar sensível sobre as
questões político-estéticas que permeiam a cultura periférica, dialogando
diretamente com a pesquisa estética atual que a Cia vem desenvolvendo a cerca de dois anos que Gal
Martins nomeia de: “Dança
da Indignação”.
Nesse processo, as indignações identificadas partiram
principalmente dos espaços urbanos e comuns aos próprios bailarinos, moradores
de regiões periféricas da cidade, lugares onde emergem causas e bandeiras
sociais, políticas e poéticas. Segundo Martins, é na rua que essas indignações
brotam, e onde as pessoas têm a possibilidade de gritar e expurgá-las. A
itinerância do espetáculo surge da necessidade de traçar uma trajetória
dramaturgia da história do bairro do Capão Redondo, mas principalmente como
essa história dissipa e dialoga com a questão do Apartheid social, fazendo assim
uma relação com o Apartheid da Africa do Sul, local e situação de onde surge a
lenda do pássaro que dá nome a Cia – Sansakroma - , uma
espécie de gavião que protegia as crianças sul africanas nos massacres
provocados pelo Apartheid.
Durante preparação bailarinos
fazeram aulas de Parkour
Os
bailarinos da Cia. Sansacroma participaram de uma
preparação corporal com técnicas de Parkour, uma
atividade cujo princípio é mover-se de um ponto a outro o mais rápido e
eficientemente possível, usando principalmente as habilidades do corpo humano.
Criado para ajudar a superar obstáculos de qualquer natureza no ambiente
circundante — desde galhos e pedras até grades e paredes de concreto. O
objetivo foi explorar a arquitetura dos lugares com mais possibilidades cênicas
e coreográficas onde o espetáculo estiver, já que na primeira parte do
espetáculo o elenco realiza uma caminhada cênica nas ruas, sempre acompanhada
pelo público.
FICHA
TÉCNICA
Direção
Artística e Concepção:
Gal Martins Direção Coreográfica: Yáskara Manzini Interpretes Criadores: Rafael Edgar, Daise Gabrieli, Djalma Moura,
Renato Alves, Bárbara Santos e Thiago Silva Participação Especial: Luamim Martins Preparação Corporal: Bruno Peixoto, Edson Fernandes, Robson
Lourenço, Valéria Mattos e Yáskara Manzini Ensaiador:
Thiago Silva Trilha Sonora: Cláudio
Miranda, Zinho Trindade e Mc Gaspar Projeto
de Luz e operação: Alex Guimarães Operação
de Som: Bruno Feliciano Figurino e
Adereços: Mariana Farcetta Direção
de Produção: Selene Marinho Produção: Radar Cultural Coordenação do Projeto de Aproximação com o
Público: Valéria Ribeiro Estagiárias::
Tamisa Betina e Ciça Coutinho
Serviço
Espetáculo: “Outras portas, outras pontes”
Dias
06, 07 e 08 de junho - Casa de Teatro Maria José de Carvalho – Rua Silvia Bueno,
1533 – Ipiranga – Sexta e sábado às 20h e domingo às 19h
Dia 14
de junho de 2014, às 19h – Instituto Pombas Urbanas – Av. dos Metalúrgicos,
2100 – Cidade Tirandendes
Dias
04, 05 e 06 de julho – Arsenal da Esperança – Sede da Estável Cia. de Teatro – Rua
Dr. Almeida Lima, 900 (próx. Estação Bresser/Mooca do Metrô)
Sexta e
sábado às 20h e domingo às 19h
Duranção:
90 minutos
Classificação
etária: 14 anos
ENTRADA
FRANCA
Assistam cenas do espetáculo
Comentários
Postar um comentário