Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro é lançada em Salvador durante o NordesteLAB

Com afiliados em 10 estados brasileiros, associação busca inserção e fortalecimento de profissionais negros no setor
Fonte: Amanda Julieta
Após lançamento em São Paulo em 2016, a Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro (APAN) lançará sua sede baiana no dia 02 de junho, durante a realização do NordesteLab. O evento acontecerá no Teatro do Goethe-Institut de Salvador, às 15h30, com entrada gratuita.
Com sede em São Paulo, Salvador e Rio de Janeiro, além de afiliados em 10 estados brasileiros, a associação, segundo Viviane, tem como principal objetivo a reivindicação de reparação à população negra, através da construção de caminhos e estratégias para garantia, inserção e fortalecimento dos profissionais negros no audiovisual, em diálogo com agentes e parceiros indispensáveis ao setor. “É necessário que, no momento em que o setor audiovisual no mundo se dispõe a crescer o bolo econômico sobre histórias e subjetividades negras, os profissionais negros façam parte desse processo de forma autônoma e participativa”, diz.
Para a presidente, garantir a presença da APAN nessas cidades se fez necessário para contribuir com a dissolução da hegemonia do eixo Rio-São Paulo na utilização da maior parte dos recursos destinados ao setor audiovisual. “O NordesteLab é uma das ações que admiramos e visamos formular e construir em conjunto estratégias que fortaleçam o cinema negro nordestino. Portanto, realizar o lançamento da APAN-Nordeste durante o NordestLab é um presente”, comemora Viviane.
David Aynan, membro do conselho fiscal da associação, acredita que este é o momento certo para o lançamento da filial baiana. “O NordesteLab se firma no cenário regional e nacional como um dos mais importantes espaços de aproximação entre os produtores, realizadores e os principais players do mercado. Por isso a APAN, em sua regional Bahia, acredita ser este o melhor espaço para realizar sua apresentação ao mercado”, explica.
A APAN no NordesteLab - A Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro marcará presença no NordesteLab na próxima quinta-feira (01), às 09h30, com a mesa “Mulheres no Audiovisual - em busca da paridade de gênero”. As discussões sobre a presença feminina no cinema terão a participação de Débora Ivanov (Ancine), Milene Evangelista (Fundarpe), Malu Andrade (Mulheres no Audiovisual Brasil), Dênia Cruz (Trinca Audiovisual/ABD-RN) e Thamires Santos Vieira (Tela Preta/APAN-BA), mediadas por Daniela Fernandes.
No dia 02 de junho, a programação contará com a mesa  “Cinema Negro: Conexões na Diáspora”, com a presença do ator Antonio Pitanga, em cartaz com o documentário “Pitanga”, e das cineastas Urânia Munzanzu, Stella Zimmerman, Jamile Coelho e Viviane Ferreira, presidente da APAN.
Sobre a APAN - As primeiras conversas para a criação da Associação dxs Profissionais do Audiovisual Negro começaram no ano de 2013, durante o "VI Encontro de Cinema Negro: Brasil, África, América Latina e Caribe - Zózimo Bulbul", realizado pelo Centro Afrocarioca de Cinema na cidade do Rio de Janeiro, e se concretizou em 2016. A APAN é uma instituição de fomento, valorização e divulgação de realizações audiovisuais protagonizadas por negras e negros, de todas as regiões do Brasil, e dedica-se ao fortalecimento da relação entre profissionais negros e o mercado audiovisual.  
Trazendo como pilares estruturantes de sua formação, constituição e política a defesa de uma perspectiva inclusiva, com atenção ao recorte racial,  em relação a todos os elos da cadeia produtiva audiovisual, sendo eles a concepção, produção, distribuição e exibição. Neste sentido, a APAN representa estes interesses perante órgãos públicos, fundações, instituições, ONGs e iniciativas privadas no Brasil e no Mundo.
Quando: 02 de junho (sexta-feira), às 15h30
Onde: Teatro do Goethe-Institut de Salvador
Quanto: Gratuito - sujeito à lotação do espaço

Amanda Julieta
Assessora de Comunicação
71 99339-3658 | 3102-4012


Outros depoimentos
"O cinema reflete as relações operantes de poder no mundo. Falar das Mulheres negras e suas vivências compartilhadas no audiovisual, colocando em questão a pratica e os atravessadores estruturais que refletem essa participação no cenário nacional” - Thamires Santos Vieira, realizadora audiovisual.

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