Lançamento do Livro “Intolerância Religiosa no Brasil – Relatório e Balanço”




                                        Ivanir dos Santos / Foto : Daivson Santos

Fonte: Rozangêla Silva 

Alusivo ao dia 21 de janeiro – Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, o livro é de interesse nacional, é inédito e vem e bilíngue. A intolerância religiosa continua fazendo vítimas. Nos últimos anos a CCIR vem chamando à razão da sociedade para o perigo de uma ditadura religiosa em um país como o Brasil, que é diversificado, repleto de crenças e laico.

O livro trás o resultado de uma pesquisa cientifica minuciosa. Os pesquisadores participantes da Comissão de Combate à Intolerância / CCIR, do Centro de Articulação das Populações Marginalizadas / CEAP e do Laboratório de História das Experiências Religiosas da UFRJ, apresentam de forma bastante elucidativa os dados levantados em órgãos, que focados na questão da intolerância Religiosa fazem ponte com a sociedade, como a Secretaria de Direitos Humanos, o Centro de Promoção da Liberdade Religiosa e Direitos Humanos e a própria Comissão de Combate à intolerância Religiosa.

O livro apresenta uma análise dos dados levantados, com três artigos acadêmicos, trazendo problemas e sugestões de como lidar com as questões da intolerância religiosa. A obra apresenta um Plano Nacional de Combate a Intolerância Religiosa com atuação eficaz para garantia dos Direitos Humanos, com propostas práticas para a efetiva ação pública, visando à plena liberdade de culto na sociedade brasileira.

“O livro é um dos maiores trabalhos interdisciplinares com foco na Intolerância religiosa. Com dados consistentes, demonstram como a intolerância religiosa cresce de acordo com o desconhecimento e preconceito das pessoas. A intolerância religiosa, o racismo e o preconceito são um dos maiores fenômenos sociais brasileiros”, afirma o interlocutor da CCIR, o Babalawô Ivanir dos Santos.

O lançamento do livro é consequência da parceria frutífera entre os diversos grupos religiosos participantes da CCIR, em prol do diálogo e da tolerância entre religiões.

A pesquisa está pautada em documentos recebidos, registros de 2010, até dezembro de 2015, encaminhados a CCIR com o objetivo de mostrar a intolerância religiosa como um processo histórico no Brasil e no mundo. Para isso, foram selecionados casos obtidos em registros administrativos, narrativas, depoimentos, entrevistas, notícias e mídias impressa e virtual. As unidades espaciais vão desde a escala local, municipal, estadual, regional e nacional.

“Esperamos que o material abordado no livro possa servir de material didático e instrutivo na sociedade. A opção de publicação, também em inglês permitirá a sua utilização nos centros de pesquisas e educacionais fora do Brasil, possibilitando assim um intenso fluxo e intercambio acadêmico de experiências de pesquisas sobre o tema fora dos centros acadêmicos”, atesta Ivanir.




A CCIR apresenta nessa obra mais que dados e perspectivas sobre a Intolerância Religiosa no Brasil, ela fornece um modelo de efetiva ação de diálogo inter-religioso, de fraternidade e respeito entre religiosos das mais variadas tradições.

“Os dados apontam que mais de 50% dos casos de intolerância religiosa no país são praticas contra as culturas e religiosidades afro-brasileiras. Aliando a esses dados para o processo de invisibilidade das culturas e religiosidades negras no país, que tinha como máxima branquear toda a sua população, temos que ponderar que precisam ser interpretados, também, sobre as práticas do racismo à brasileira”.

A quinta, dia 19, contará com diversas ações na ABI, com presença de líderes religiosos, noite de autógrafos, apresentação de diversos segmentos culturais com coral, rezas, atabaques, cantorias e afins. Aberta ao público. As atividades acontecem das 19h às 22h.

Canja do grupo Awuré – A companhia musical é um grupo especializado em interpretar as rezas e os cânticos sagrados de matriz africana, reeditados em uma linguagem musical contemporânea e, comprometidos com os elementos estéticos e míticos presentes na tradição africano-brasileira. Idealizado e dirigido pela maestrina Tânia Amorim, a Awuré Companhia Musical divulga um dos aspectos mais significantes da cultura negra brasileira na diáspora, a música sacra de matriz africana.


Mio Vacite - Presidente da União Cigana do Brasil, também marca presença tocando o hino cigano no violino. Mio é fundador do grupo MIO VACITE E O ENCANTO CIGANO.



Dani Flomin


Apresentação do pequeno Dani Flomin, representante da comunidade judaica, no repertório “Osse Shalom”, “Adon Olam”, “Yerushalayim Shel Zahav”, entre outros.

Apresentação dos ogãs Luis Fernando Barros, Fernando Barros e Alexandre Bahia. Tocando atabaques e cantando música inter religiosas, da umbanda, candomblé, evangélica e católicas. Grupo do movimento "Intra-Religioso” de União Afro – MIRUA.


O cantor londrino Alex Boyé, em passagem pelo Brasil, dará canja no formato mais tradicional: a capela. O músico que é mórmon, é mundialmente conhecido, tem sucesso em mais de quinze países, tendo vendido meio milhão de CDs, com o estilo African Gospel, já se apresentou ao lado de grupos como Bryan Adams, George Michael, Simon Garfunkel, entre outros.

Além de outros segmentos religiosos confirmaram presença como Terreiro Pai Benedito de Angola – Umbanda, Koinonia, Fierj, entre outros. Assim como apoiadores como FENEB.

Sarau intercultural inter-religioso 
Dia 19 (quinta) de janeiro
ABI
EndereçoR. Araújo Porto Alegre, 71 - Centro
9º andar
Entrada Franca
Das19h ás 22h
Pode receber até 500 pessoas

Livro: Intolerância Religiosa no Brasil – Relatório e Balanço
Ano 2017
152 páginas
Edição Bilíngue - português e inglês
Kline Editora
Organizadores: Babalowô Ivanir do Santos / Maria das Graças O. Nascimento / Juliana B. Cavalcanti / Vítor Almeida
R$: 70,00 

Comentários