A TALENTOSA CÉLLIA NASCIMENTO ESTARÁ NA VERSÃO BRASILEIRA DE " A COR PÚRPURA"





Por: Preta  Jóia
Fotos: Céllia Nascimento

Negra, linda, talentosa...um vozeirão e uma simpatia contagiante, essa é Céllia Nascimento,
atriz e cantora, a quem convidei para falar um pouco de sua vida e carreira, para que mais
pessoas conheçam e possam se deliciar com suas músicas, voz e performances.
E agora uma das atrizes do elenco negro magistral ( Adriana Lessa, Vanessa Jackson, Leila Cordeiro ...e muito mais )  de "  A Cor Púrpura"  (romance de Alice Walker - que virou filme premiado dirigido por Steven Spielberg) que será encenada no Brasil, produzida por Luciano Szafir.


Preta: Quem é Céllia Nascimento ?
Céllia:  Céllia Nascimento é uma mulher guerreira e cheia de sonhos que ainda acredita  no poder do amor de Deus sobre o ser Humano, que pode sim mudar o rumo dessa história de dor e fracasso da humanidade para o renascer de um novo conto : Sem violência, sem drogas, sem armas .Onde a saúde, educação e cultura sejam prioridades na vida das pessoas e que tenham o respeito que merecem .


Preta: Quando tomou gosto pela música?
 Céllia: A musica sempre esteve muito presente em minha vida, desde menina com minha mãe sempre cantarolando cantigas que lembrava da sua adolescência na Bahia e meu pai aprendendo a tocar violão sozinho e cantando  musicas de Cartola , Jair de Oliveira, Roberto Carlos e outros artistas .Fui crescendo e gostando cada vez mais de musica e cantando sempre para me distrair ou assoviando as musicas  que chegavam aos meus ouvidos.


Preta: Quanto ao seu estilo, tem algum (a)  artista que te influenciou?
 Céllia: Como disse na pergunta anterior na minha infância ouvia muito Cartola, Roberto Carlos, Jair de Oliveira, Ângela Maria , Althemar Dutra e muitos outros artistas, o que me deixaram com um gosto musical eclético. Foi na minha adolescência que a influência de alguns artistas foram muito importantes para minha formação musical: Elis Regina, Tim Maia, Michael Jackson, Diana Ross, foram artistas que conseguiram entrar na minha alma musical e ficar até hoje, então meu canto tem muita influência desses artistas fantásticos.

 Preta: Tem CDs gravados?
Céllia: Sim tenho gravados 3 CDs e 1 DVD
O 1º CD  intitulado Caminhos
O 2º CD Momento Circular Acústico
 O 3º CD e 1º DVD Momento Circular ao vivo


Preta: E seu lado atriz? Surgiu quando?
 Céllia: Na verdade  na escola por volta dos 08 anos de idade eu  participava de eventos das aulas de (Educação Artistica)e normalmente montava o roteiro da história e era uma das protagonistas  da peça .... (risos) , mais a atriz se revelou em mim quando decidi fazer um curso de teatro para descobrir no que mais me enquadrava na área artÍstica, porque a arte sempre esteve muito presente na minha vida. Aos 14 anos participei como manequim de um concurso de beleza de cidade x cidade em São Paulo por acidente, a concorrente não apareceu a tempo e eu era a única negra em todo o recinto  por isso acabaram me jogando na fogueira, alguns anos depois surgiu na minha cidade natal Guarulhos o primeiro concurso de Rainha Negra , com incentivo dos amigos e parentes resolvi me inscrever e fiquei na terceira colocação e ainda levei o Miss Simpatia, logo depois fui convidada a fazer parte da equipe de manequins e modelos da Griff Country do cantor Sérgio Reis, e por esse rumo as coisas foram acontecendo sem que percebesse o quanto era essencial a arte na minha vida até que cheguei ao teatro onde também me descobri cantora.

Preta: Quais foram os seus trabalhos como atriz?

 Céllia: Fui Chica da Silva no filme Laços eternos de Wilson Rodrigues, Rainha Afro no espetáculo Raízes de Ketu sob direção de Marcio Telles, Prostituta de estrada no Curta metragem de Fernando Coimbra vencedor do Festival de curtas de Curitiba, Libertas e a Terra em Os Sertões dirigido por Zé Celso Martinez Correa considerado um dos melhores Diretores de teatro do mundo, Mãe do Sol em Cipriano e Chantalan dirigido por Marcelo Drumond, A Deusa Dourada Buda Bundo em Taniko sob direção Zé Celso, Agáve em Bacantes  direção Zé Celso, Carmem Costa , Ruth de Souza e Tosca em Cacilda Becker direção de Zé Celso e Marcelo Drumond, Pomba Gira em Os Bandidos Direção Zé Celso,  Diótima no espetáculo O Banquete de Platão direção Zé Celso e  mais uma vez como Chica da Silva no Show da Chica pela Escola de Samba Nenê de Vila Matilde que também foi o enredo do desfile de 2011 onde a escola voltou a fazer parte do grupo especial das escolas de Samba de São Paulo, além de participar de alguns programas de reconstituições de histórias em programas do SBT.

 Preta: Como se sentiu a ser selecionada para o elenco da peça "A Cor Púrpura"?
 Céllia: Ser selecionada para o elenco da Montagem A Cor Púrpura no Brasil é de grande importância para minha carreira,  pois é um trabalho que veio para me trazer maturidade artista e me dar a oportunidade de trabalhar com pessoas que admiro e respeito muito por sua trajetória artística além de ser dirigida cênica e musicalmente por pessoas de tamanha competência e muito mais é um espetáculo negro com vozes e interpretações de artistas maravilhosos. É Broadway.

   Preta: Você já tem papel definido? Os ensaios ja começaram? E a estreia já tem data programada? E local?
 Céllia: Serei a Solista das church ladies, os ensaios começam no final desse semestre  e a estreia esta programada para primeiro semestre de 2013.

 Preta:  Me conta, como foi o lance no "Altas Horas"?  E a repercurssão?
Céllia: Bem o que aconteceu no Altas Horas foi uma brincadeira, durante o intervalo do primeiro bloco do programa uma das artistas que participaria da entrevista se atrasou e por isso o Serginho perguntou a plateia quem sabia e gostaria de cantar , nesse momento pessoas como Graça Cunha , Nanny Soul, Érica Cardial e outras amigas começaram a me apontar e chamar por meu nome foi quando Serginho perguntou você canta ? respondi sim canto, ele pediu que eu fosse até o palco e cantasse , quando lá cheguei perguntou meu nome e com quem estava disse que era convidada da Graça Cunha vocalista da Banda Altas Horas que é minha amiga, ele brincou e disse que se eu cantasse bem teria que pintar o cabelo de loiro foi onde tive a ideia de cantar Olhos Coloridos, foi muito divertido fui acompanhada por toda a Banda , a plateia se divertiu junto comigo e respondiam com coral e aplausos , a repercussão foi muito grande todos queriam saber quando, e se a gravação iria ao ar e o vídeo teve muitos acessos foi muito bom acabei conquistando mais fãs e apresentando meu trabalho em um palco diferente e especial, quando parei de cantar ele disse :Você é ótima.Valeu a pena foi uma linda experiência quero mais, muito mais.


 
 Preta: E planos para o futuro?

 Céllia: Já estou trabalhando  na escolha do repertório para meu novo álbum , quero lançar o novo disco até meados de 2013,também me articulando junto a produtora para gravação do meu primeiro Vídeo Clipe que fica pronto ainda esse ano se Deus quiser e ele quer, além de esperar ansiosa a estreia de A Cor Púrpura no Brasil em 2013.

Preta:  Você já se sentiu discriminada por ser negra?
 Céllia: Sim claro por ser mulher e negra, desde a infância e adolescência  na escola, no trabalho até mesmo em festas, mais graças a Deus tive uma educação iluminada e meus pais sempre me disseram que eu tinha um lugar na sociedade e que não era sombra,  nem tapete de ninguém, por esses motivos passei pelos obstáculos com firmeza e elegância , mostrando para todos quem sou e a que vim .



 Preta: Céllia, agradeço por ter dispensado um pouquinho de seu tempo para responder às minhas perguntas e te desejo que continue sua carreira com muita luz, realizações...sucesso !

 Minha querida Preta Jóia ...agradeço muito a você por me convidar a falar um pouco da minha vida e contar parte da minha história,    sei que com  isso você abre margem para que eu conquiste ainda mais fãs , sei também das suas batalhas mais também sei que a vitória é certa porque somos merecedoras, aproveito para agradecer aos meus fãs que acompanham com muito carinho meu trabalho e deixar o site a disposição de todos http://www.cellianascimento.com/, procuro fazer o melhor sempre por eles.






















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