MULHER NEGRA: SEUS CABELOS VOLTANDO AO NATURAL






Fonte: MSN

Maeling Tapp se lembra do momento, há três anos, quando ela viu sua mãe e irmãs usando seus cabelos encaracolados em seu estado natural, e decidiu que ela, também, iria parar de passar pastas cáusticas em seu couro capilar para queimar suas próprias mechas similares em um estado de alisamento.

“Infelizmente, após alguns meses eu alisei meus cabelos novamente porque eu simplesmente não sabia o que estava fazendo”, diz Tapp, candidata a doutorado em ciências materiais e engenharia na Georgia Tech.

“Voltando ao natural” é o termo usado por muitas mulheres afro-americanas que decidem parar de processar quimicamente – o famoso relaxamento capilar – seus cabelos. É um procedimento que pode ser cheio de confusão, erros e, às vezes, doloroso, como mostrou o documentário 'Good Hair’, de Chris Rock, de 2009.

Muitas mulheres que possuem cabelos afro não os veem em seu estado natural desde a infância. E mesmo algumas habituadas com a textura de suas tranças sem tratamento não se sentem confortáveis ao tentarem ajeitar os cabelos de maneira que achem apropriadas para elas ou de acordo com a moda. Descobrir qual dos incontáveis produtos e ferramentas de cuidados para cabelos no mercado poderiam funcionar torna a empreitada ainda mais assustadora.

Cansadas de visitas caras e demoradas aos salões, muitas 'naturais’ em potencial estão em busca do YouTube para inspiração, instrução e outras pessoas que tenham feito as pazes com suas madeixas encaracoladas.

Tapp diz que assistir a vídeos do site a inspirou a empunhar ela mesma uma câmera para criar o canal Natural Chica no YouTube. “Eu pensei: 'Por que eu simplesmente não documento a minha própria jornada para ajudar a registrar o que tem funcionado para mim?'”, diz ela. Ela espera que outros possam aprender com isso. “Eu queria contribuir para o poço de informações que existe lá fora”, comenta Tapp.

O projeto também está modestamente somando à sua própria riqueza pessoal. O blog correspondente ao canal, NaturalChica.com, atrai visualizações de página suficientes para que ela consiga vender espaços publicitários: mais dinheiro, ela diz, do que ganharia numa típica rotina de trabalho-estudo ganhando salário mínimo.

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